
Combater o estado patrimonialista não é nada fácil. É uma tarefa que vai demandar muito esforço para que a economia brasileira seja menos dependente do estado. E esse é apenas um dos muitos problemas a serem enfrentados no país. O mais urgente deles, a re-forma da Previdência, segundo a defendeu a economis-ta chefe da XP Investimentos, Zeina Lafit,em palestra para empresários e políticos, no Conexão Empresarial, evento promovido pela VB Comunicação, no Espaço V, em Nova Lima.
Zeina Lafitdisse que o Brasil está retomando seu curso após os erros cometidos no governo Dilma Rousseff,que tomou medidas equivocadas, temerárias e irresponsáveis que quebraram o estado, com o ob-jetivo de se reeleger. Até o seu governo o Brasil vinha acompanhando o crescimento mundial, superando, até mesmo as crises na economia global. Agora, para avan-çar, o governo precisa reconhecer os erros, acabar com os ruídos na questão econômica e evoluir na agenda das reformas, pensa a economista. O dinheiro acabou diz ela, e a classe política mesmo estando em baixa, age de forma pragmática. Mesmo porque, o presidente Temer pode não ser popular, mas ninguém saiu às ruas pedindo o seu afastamento.
Latif observa que as mudanças na econômica precisam ser feitas e é necessário acertar, depois de Zeina Laft no Conexão Empresarialtantos equívocos. Para ela, é o que vem acontecendo. A queda na inflaçãoé um sinal importante desta mu-dança de rumos. Ela lembra que o país caminhava para um quadro de estagflação,com todos os indicativos de que havia o risco de uma espiral inflacionária,que ca-minhava para a casa dos 10%, com o dólar chegando a seis reais em 2018 e 2019. Com as mudanças na eco-nomia, a febre do paciente cedeu. O governo entendeu, segundo Zeina Lafit,que a questão fiscalera a causa da crise e estabeleceu uma estratégia com medidas estruturais, com a revisão das políticas públicas imple-mentadas.

Todos os setores, segundo ela, têm apresentado indicadores melhores e a expectativa de se fechar com a taxa Selic próxima de 7% é uma prova da melhora da economia. Otimista, acredita que o pior já passou e prova disso está nas demissões, que tiveram o seu processo interrompido há quatro meses, bem antes do previsto. No ano que vem, a economista chefe da XP Investimentos acredita que o país vai colher os frutos dessas ações. Ela observa que tudo vai depender do processo eleitoral. Mas Zeina Latif acredita que o declí-nio da taxa de desemprego vai ajudar a sociedade a ter mais confiançae dará menos espaço para os candida-tos oportunistas, reforçando a ideia de que não haverá espaço para uma agenda econômica de ruptura.
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