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Por José Aparecido Ribeiro* 

A madrugada desta quinta feira (20) foi de tensão no Aeroporto Internacional Presidente Tancredo Neves em Confins. À 1h43m o trem de pouso do Boeing Triple Seven (777) da LATAM, voo LA8084 que decolou de São Paulo, 0h30 Aeroporto de Guarulhos e tinha a cidade de Londres como destino, tocou o solo mineiro na única pista que o aeroporto possui. Exceto os bombeiros, foram detectadas várias falhas, incluindo a comunicação e a falta de preparo para uma evacuação sobre a pista utilizando os slides do avião por escadas.

O pouso forçado foi necessário devido a uma pane elétrica que obrigou o piloto a buscar o aeroporto mais próximo. A brigada de incêndio foi acionada, mas não havia se quer um rádio de mão VHF para comunicar com o piloto. Os brigadistas agiram com rapidez, foram eficientes e evitaram uma tragédia monumental. O Boeing Triple Seven (777) é certificado para pousos e decolagens (em limite de peso) para pistas de 3.500 mts, de acordo com Maarten VanSluys, que é diretor e vice-presidente fundador da AFVV447 (Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 447 da Air France).

Maarten tornou-se um estudioso e especialista no assunto após acidente que vitimou sua irmã em 31 de maio de 2009 na queda do Airbus 767 da Air France no meio do Oceano Atlântico. Ele conta que a pista do Aeroporto de Confins tem 3.000 mts, mas 600 mts, não são homologados. “A frenagem aerodinâmica não seria o bastante e isso “fritou” os freios hidráulicos fazendo os tambores de óleo entrar em combustão e consequentemente estourar os pneus do Boeing da LATAM”. Não fosse a pericia do comandante e área de rolagem a vida dos mais de 300 ocupantes estivesse comprometida, afirmou Maarten.

A mecânica do fato remete a uma pane elétrica nas baterias primárias do Triple Seven (Boeing 777). O equipamento tem redundâncias e nesta situação o sistema secundário é acionado e neutraliza-se o problema. Mas quando o voo está sobre o continente à recomendação é alternar para o aeroporto mais próximo e efetuar o pouso. Foi o que fez o comandante do Voo LA8084 ao buscar refugio em Confins. O aeroporto cumpriu todos os protocolos de segurança, mas um piloto entrevistado e que preferiu manter-se anônimo disse que se fosse um voo comandado por piloto que não domina o português, a probabilidade de uma tragédia poderia ter sido maior.

Talvez devido ao ponto da pista onde a aeronave tocou o solo à frenagem tenha sido abrupta (relação peso x comprimento da pista) e isso "fritou" os freios mecânicos e o trem de pouso, estourando os doze pneus do Boeing. Vale relembrar a coincidência fatídica de datas. Há exatos um ano (dia 20 dezembro de 2017) um Boeing 777-200 (mesmo modelo) teve pane elétrica após decolar de Assunção e teve que fazer um pouso de emergência em Curitiba. Bizarracoincidencia também lembrada pelo especialista Maarten Van Sluys.

Esta mudança de rotina fez o aeroporto da Pampulha “ressuscitar” na marra, pois estão ocorrendo vários pousos e decolagens de aeronaves no terminal que virou “bicho papão” para os administradores de Confins, obrigados a admitir que Pampulha é sem sombra de dúvidas o aeroporto alternativo e viável para BH. Curioso é constatar que “naquele terminal internacional não tem macacos hidráulicos para emergências”, comentou em publicação on-line o editor chefe da Revista Exclusive, o empresário Jader Kalid.

Ele lembra também que o Aeroporto Internacional permanecerá fechado para operações até 19h de hoje (20). Os macacos hidráulicos para troca do trem de pouso do Boeing da Latam estão sendo transportados por via terrestre de São Paulo, viagem que deve durar 10 horas no mínimo até Confins. O empresário cita que de acordo com a Infraero o Aeroporto da Pampulha está preparado para receber aeronaves de grande porte. Destaca que este aeroporto tem a certificação da Anac através da Portaria Nº 2.829, permitindo aeronaves da categoria ‘4C’, modelos de aviões autorizados a voar no Brasil e no mundo inteiro.

Pampulha pode receber, sem nenhuma restrição, os Airbus A320 e os Boeings 737. Jader Kalid encerra dizendo que isso derruba um mito de que o aeroporto não é seguro e pode muito bem ser um complemento para as operações diárias de Confins, ajudando a reaquecer a economia da capital, conclui.

*Jornalista – DRT 17.076 – MG

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