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Por: Jadir Barroso

 

A sucessão do governador Antonio Anastasia começa a se delinear, com o lançamento de três nomes como candidatos dos principais partidos políticos de Minas e o afastamento de muitos nomes apontados como postulantes ao governo de Minas, mas que foram alijados do páreo, mesmo antes de apresentarem suas candidaturas.

Como em política tudo pode mudar da noite para o dia, não será surpresa se o quadro sofrer alterações até a data da realização das convenções partidárias.

Em todos os partidos com reais chances de disputar o Palácio da Liberdade as soluções regionais passam necessariamente por Brasília, porque estão atreladas à sucessão presidencial. Por isso mesmo, as alternativas para a sucessão mineira só serão tidas como definidas se os candidatos conseguirem decolar e ainda mantiverem a chancela dos respectivos diretórios nacionais, como é o caso do PT, PMDB e PSDB.

No PSDB, um nome até há pouco tempo tido como alijado do processo, aparece como provável candidato. Trata-se do ex- -prefeito Pimenta da Veiga, que se encontrava no ostracismo político havia vários anos e sequer morava em Minas. Hoje é o provável nome indicado por Aécio Neves para candidato oficial da coligação que sustenta o governo de Anastasia em Minas. Mas o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB em Minas ainda tenta, na raia três, lançar-se como candidato ao governo de Minas.

No PT, o nome é mesmo o de Fernando Pimentel, ungido pela presidente Dilma Rousseff e tido como uma solução natural no partido, apesar da posição contrária do ex-presidente Lula, pelo que se comenta nas áreas políticas. Este, como não conseguiria emplacar Patrus Ananias, preferiria uma solução não ortodoxa, uma coligação PMDB-PT para apoiar o empresário Josué Gomes da Silva.

Já no PMDB o nome posto é o de Clésio Andrade, depois de fracassadas as tratativas da direção nacional do partido com o PT, para formação de chapas comuns nos estados, visando a dar palanque único à presidente Dilma Rousseff.

Os dirigentes estaduais do PMDB mineiro conseguiram que a direção nacional do partido mudasse as diretrizes estabelecidas anteriormente para as sucessões estaduais, devido às quase incontornáveis divergências regionais com o PT, e aceitasse o lançamento de candidato próprio, no caso, o senador Clésio Andrade, que só entrou para o partido com a condição de ser candidato ao governo de Minas.

Ficou, assim, apesar da filiação ao partido de Josué Gomes da Silva, suspensa temporariamente uma possível coligação PT- -PMDB, com este último indicando o vice de Fernando Pimentel.

Pimentel já posto – A candidatura de Fernando Pimentel pelo PT está posta desde o ano passado, quando houve a disputa pela presidência do partido em Minas. Desde aquela época, Pimentel já manifestava a intenção de ser o candidato do partido, com o apoio da presidente Dilma Rousseff.

Pimentel venceu a disputa com Patrus Ananias pelo controle do partido em Minas, manteve Ananias no ostracismo político e já vem trabalhando há algum tempo a sua candidatura, procurando manter em Minas, em apoio a sua candidatura, o mesmo sistema de forças que sustenta o governo Dilma Rousseff.

Quase que ao mesmo tempo em que Pimenta era lançado em Uberlândia, Fernando Pimentel foi lá, reuniu prefeitos da região e distribuiu máquinas e equipamentos para as prefeituras, “em nome” da presidente Dilma Rousseff.

Pimenta da Veiga – A candidatura de Pimentel da Veiga foi lançada no dia 28 de outubro em encontro político realizado em Uberlândia, com a presença do senador Aécio Neves, do governador Antonio Anastasia e lideranças do partido. Coube ao secretário Nárcio Rodrigues a incumbência de dar o recado aos seus correligionários.

Trazido para Minas e retirado do ostracismo político por Aécio Neves para presidir o Instituto Teotônio Vilela, Pimenta já assumiu a candidatura e costura os acordos políticos, inclusive já tem como provável candidato a vice-governador o deputado Diniz Pinheiro que deixou o PSDB e entrou para o PP a fim de ser candidato.

Marcus Pestana – Não se pode olvidar o nome de Marcus Pestana, que tem amplo domínio dos diretórios municipais do PSDB.

Clésio Andrade – O senador Clésio Andrade, com o aval da direção nacional do PMDB, teve sua candidatura ao governo de Minas lançada oficialmente no dia 25 de outubro, em evento realizado na sede do partido. Presentes membros da direção nacional do partido, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e lideranças regionais e municipais.

Com esta decisão oficial do partido, não poderá mais a direção nacional do PMDB falar em candidatura de Josué Gomes da Silva a governador ou a vice de Fernando Pimentel, como queria, segundo se comenta nos meios políticos, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva

Na mesma reunião, foi lançada a candidatura do ex-ministro Hélio Costa ao Senado.

PSB ainda fora – O PSB, embora já tenha candidato à presidência, pode ficar de fora, já que o prefeito Marcio Lacerda, que seria o candidato natural do partido, dificilmente ficaria contra o seu padrinho político e mentor de suas duas eleições para a Prefeitura, o senador Aécio Neves. E, ainda, teria de concorrer contra Fernando Pimentel, um ex-aliado que também o lançou à prefeitura de BH à sua sucessão.

Águas ainda vão rolar – Embora lançados prematuramente em seus respectivos partidos, Pimenta da Veiga, içado por Aécio Neves, Fernando Pimentel, ungido por Dilma Rousseff, e Clésio Andrade, aceito pela direção nacional do partido, ainda vão enfrentar muitas turbulências até as convenções de seus respectivos partidos. Muita água ainda vai correr debaixo da ponte, nos próximos meses. Marcus Pestana que o diga.

Se os candidatos postos vão conseguir sobreviver até as convenções

só o tempo dirá. Haja fôlego.

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