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Por: Fernando Soares Rodrigues

Vinte anos após o Plano Real, a inflação continua dominando as atenções. Quem quer pelo menos preservar o poder de compra do dinheiro no mercado financeiro continua com o mesmo desafio de duas décadas atrás, e pouco conhecido da geração pós-1994. Após aquele ano, o plano econômico colocou a disparada dos preços sob controle no governo Fernando Henrique Cardoso e possibilitou a ascensão da nova classe média nos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff.

Nesta virada do primeiro para o segundo semestre de 2014, é justamente o consumo exacerbado da nova classe média que ajuda a pressionar a inflação ao lado da longa estiagem, piora da administração das contas públicas pelo governo federal e menor credibilidade na eficácia da política monetária do Banco Central (BC). Um ano após a retomada dos reajustes da taxa Selic (os juros básicos da economia), a inflação insiste em continuar elevadíssima.

 

O boletim Focus do BC passou a apontar na segunda quinzena de abril passado, a expectativa de inflação próxima do teto da meta de 6,5% em 12 meses e com tendência de alta. O pior é que esse percentual médio é superado em larga escala pela alta do setor alimentos – próxima dos 9% ao ano. As recentes correções nas tarifas de energia elétrica associadas às expectativas de novos reajustes no próximo ano, as defasagens dos valores nos preços de passagens de ônibus, combustíveis e outras tarifas públicas ainda indicam que mais inflação virá pela frente.

Nas tradicionais cadernetas de poupança, o máximo que se consegue é preservar o dinheiro parcialmente diante dessa alta generalizada dos preços muito elevada em padrões internacionais. Ao se buscar outras opções como os fundos de investimentos financeiros DI (os que acompanham a alta dos juros), os de renda fixa, os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs), letras do Tesouro Direto e outras opções muito aconselhadas pelos analistas de plantão é preciso tomar cuidados redobrados com a cobrança de elevadas taxas de administração pelos bancos, oferecimento de taxas muito inferiores aos percentuais máximos do Certificados de Depósito Interfinanceiros (CDIs) e a incidência das alíquotas exorbitantes do Imposto de Renda nas aplicações por prazo inferior a dois anos.

No Tesouro Direto, poucos analistas alertam sobre a possibilidade de perdas caso o investidor saque o dinheiro antes dos prazo do vencimento do título, o que ocorre com muita frequência. Nesses saques antecipados, o investidor fica sujeito à marcação a valor de mercado to título e em muitos casos abaixo dos seus valores de face, quando ocorrem saques maciços por parte de grandes investidores nacionais e estrangeiros.

Temores e escândalos

No mercado acionário, a expectativa de grandes oscilações é grande diante da realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil e dos debates eleitorais. O mercado continua temendo o excessos durante as manifestações que deverão ocorrer e já não aposta mais na reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Outros fatores e escândalos abalam o mercado acionário. A má gestão na Petrobras evidenciada com os gastos da quase US$ 2 bilhões com a compra da refinaria de Passadena, nos EUA, que gerou prejuízos contábeis de US$ 500 milhões no balanço da estatal brasileira do petróleo infelizmente não é um caso isolado.

O pior é que não só os repre-sentantes do setor público no conselho de administração da estatal, mas também algumas “vestais” do setor privado apro-vavam os gastos exorbitantes sem maiores análises.

A forte perda de valor de mercado da Petrobras cria uma clima desfavorável no mercado que deve ser um pouco minimizado quando o peso da ação da estatal diminuir na formação do índice Bovespa. As ações dos principais bancos privados com as do Itaú e Bradesco passam a ter maior peso.

E como vem ocorrendo há anos no Brasil, um grande escândalo vai apagando a memória do anterior. Pouco se fala no Mensalão após os escândalos na administração da Petrobras.

É possível vencer a inflação elevada ao se aplicar no mercado acionário, desde que ocorra um acompanhamento constante dos preços das principais ações. Ao contrário do que diziam até pouco tempo, alguns dirigentes da bolsa paulista, é possível ganhar dinheiro com ações no curtíssimo (day trade) e curto prazo. E nem sempre é possível ganhar no médio e longo prazos.

Balanços na internet

Assinantes de grandes jornais especializados em economia têm uma observação. Não entendem como após quase vinte anos da internet no Brasil, as grandes empresas de capital aberto continuam sendo obrigadas a publicar volumosos balanços em papel jornal. Bastaria a publicação dos destaques dos balanços em no máximo uma página junto com o alerta sobre o texto completo com os gráficos, pareceres técnicos, etc., nos sites das companhias.

Algumas companhias não dis-tribuem há muito tempo relatórios impressos para seus acionistas ou nas apresentações da Apimec. Simplesmente alertam sobre os balanços em seus sites ou os entregam em pen-drives.

 

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