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A economia seguiu em recuperação em 2017, deixando para trás a recessão. O crescimento de 1% no ano equivale a um crescimento per capita de 0,2%, o que, aliado ao fato de que boa parte do crescimento ocorreu na absorção doméstica, contribui para a melhora do sentimento da sociedade. Claro, ainda há muito o que percorrer até recuperarmos a perda de produto testemunhada ao longo da recessão – mas, deixamos o pior para trás e as perspectivas para 2018 são alvissareiras: inflação e juros baixos, crescimento do crédito, aumento do emprego, tudo retroalimentando a recuperação da economia e lentamente gerando uma percepção mais positiva e expansão da confiança.

Sobre 2017: do lado da oferta, tivemos crescimento tanto da agropecuária como dos serviços, sendo que a indústria ficou estável (apesar da recuperação da indústria de transformação e extrativa mineral, a construção civil em queda acabou anulando o resultado). Do lado da demanda, melhora marcante do consumo das famílias (alta de 1,0%) e a menor taxa de retração dos investimentos (-1,8%), sendo que no último trimestre tivemos a primeira alta interanual dos investimentos (3,8%) desde o primeiro trimestre de 2014. No ano, todavia, a participação dos investimentos no PIB foi a menor desde 1999.

Em 2018, devemos ter uma queda da agropecuária em 2018 (pelo menos é o que sinalizam os primeiros prognósticos), que será compensada pela retomada do crescimento na indústria e dos serviços, conforme o movimento iniciado no segundo semestre de 2017.

ANÁLISE DA OFERTA

A Agropecuária teve alta de 6,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2016. Os produtos agrícolas com safras mais significativa se que registraram estimativa de crescimento na produção anual foram o fumo (29,0%) e a laranja (8,2%).

A Indústria cresceu 2,7%, puxada pela Indústria de transformação, que teve alta de 6,0%. A Construção caiu 1,6% no volume do valor adicionado, o décimo quinto trimestre consecutivo de queda. Indústrias extrativas também teve queda (-0,1%). Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos apresentou estabilidade (0,0%).

Serviços subiu 1,7%, com destaque para as atividades de Transporte, armazenagem e correio (4,4%), Comércio – atacadista e varejista (4,4%), Atividades imobiliárias (2,1%) e Informação e comunicação (1,5%), Outras atividades de serviços (1,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,3%).

O melhor desempenho dos serviços deve-se tanto à recuperação da massa salarial real (expansão da população ocupada e aumento real de renda por queda de inflação) quanto à retomada incipiente do crédito a PF, beneficiada ainda pela devolução dos recursos do FGTS.

ANÁLISE DA DEMANDA NO TRIMESTRE

Entre os componentes da demanda interna, houve elevações na Despesa de consumo das famílias (2,6%) e na Formação bruta de capital fixo (3,8%), que teve a primeira alta depois de 14 trimestres consecutivos de queda. A Despesa de consumo do governo caiu 0,4%. No setor externo, as Exportações de bens e serviços subiram 9,1%, o quatro trimestre consecutivo de alta, enquanto as Importações de bens e serviços avançaram 8,1%.

Importa notar, por último, que em 2015 e 2016 tivemos uma grande retração da absorção doméstica (-6,6 pp e -5,1 pp, respecitvamente), o que agrava a percepção da recessão por parte da população e a sensação de angústia. Na comparação interanual, a absorção doméstica passou ao terreno positivo no terceiro trimestre e persistiu nele no quarto trimestre, com contribuição importante de 2,0 pp para a expansão de 2,1%, enquanto o setor externo foi responsável pelo 0,1 pp restante. O crescimento da absorção doméstica contribui para a percepção de melhora do ambiente econômico e deve se intensificar ao longo de 2018.

O PIB em 2017 totalizou R$ 6.559,9 bilhões. A taxa de investimento no ano de 2017 foi de 15,6% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (16,1%). A taxa de poupança foi de 14,8% em 2017 (ante 13,9% no ano anterior).

A taxa de investimento no quarto trimestre de 2017 foi de 15,6% do PIB, pouco acima do observado no terceiro trimestre (15,5%). É a primeira vez que esta razão não cai nesta base de comparação desde o 1º trimestre de 2014.

Considerando-se a Formação Bruta de Capital Fixo, a tendência de queda da participação parece ter se interrompido. Todavia, a FBCF deve ter uma retomada gradual e demorar ainda muito a voltar a patamares mais elevados, compatíveis com um crescimento potencial mais elevado.

PERSPECTIVAS

Como vimos enfatizando, 2017 foi um ano de melhora gradual da atividade econômica, que terá continuidade em 2018. O ritmo de 2,1% visto no último trimestre de 2017 deve perdurar ao longo de 2018, começando com alta de 2,4% no primeiro trimestre (alta de 0,9% na margem, dessazonalizada). No ano, o crescimento esperado é de 2,8%.

Estatísticas à parte, a mensagem trazida por este e por outros indicadores de atividade econômica recentemente divulgados é de que a recessão ficou para trás, que a inflação baixa e a queda de juros começam a impactar positivamente o consumo e a atividade, beneficiada ainda pela melhora progressiva do mercado de trabalho. Após amargarmos dois anos de feroz recessão, finalmente temos tempos mais amenos nos esperam adiante.

 

 

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