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ÍNDICE DE GINI

O índice de Gini aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e do mais ricos. O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza.Quanto mais próximo de 1, mais desigual. De acordo estudo do FMI-Fundo Monetário Internacional (Inequality in Brazil/A Regional Perspectives), em 2014 o Índice de Gini era de 0,98 e o estado ocupava o 14º lugar entre as unidades federadas.

Esta frase é atribuída a Fernando Antônio Roquette Reis, considerado um dos líderes do estudo intitulado “Diagnóstico da Economia Mineira”, realizado e divulgado pelo BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A., em 1968 – o que permitiu contribuir,
sobremaneira, para que Minas apresentasse um formidável salto econômico à época, ensejando ao Estado assumir, duas décadas após, a posição de 2ª maior economia estadual brasileira.
 
Daquele “I Diagnóstico” resultaram ações concretas e incisivas do próprio BDMG e do governo estadual e que se constituíram de decisiva importância para o então chamado “Milagre Mineiro”, na década de 70,quando o PIB estadual cresceu quase 200%, mais que o PIB brasileiro, também em trajetória excepcional.
 
 
É possível repetir esta formidável experiência dos mineiros? Creio que sim. Mas isso exigirá posturas novas, ousadia e muita determinação.
 
Em 1989, na qualidade de presidente da diretoria executiva do BDMG tive a oportunidade de liderar e divulgar outro importante estudo intitulado “Economia Mineira 1989 – Diagnóstico e Perspectivas”.
 
Vejo que a situação atual se assemelha muito àquela época, eis que o fantasma da estagnação paira novamente sobre a economia do Estado e posiciona Minas com um estado pouco competitivo e entre os de mais baixo nível de crescimento econômico do País.
 

No momento ainda não se vislumbra, pelo menos no horizonte de curto prazo, possibilidade de Minas Gerais reverter o quadro crítico atual de dificuldades com que atravessa e que vem caracterizando a sua economia. E, ao contrário, o quadro tende a se agravar ainda mais.
 
Em primeiro lugar, devido a queda do dinamismo da atividade produtiva nacional, ocorrendo forte retração do PIB-Produto Interno Bruto em 2015 e 2016, período caracterizado como um dos graves de nossa história econômica. Em segundo, pelo fato de que Minas não pode se considerar uma ilha isolada em relação ao resto do país e, por não dispor de políticas macroeconômicas próprias ou autônomas capazes de alterar de forma significativa e de se diferenciar, também, em relação ao país como um todo. A economia mineira é, em boa medida, dependente das variáveis da dimensão econômica nacional, existindo um atrelamento nacional ao desempenho entre ambas.
 
Para reverter a presente situação não poderá ser exigida tarefa exclusiva de um único governo. Haverá de ser um conjunto de medidas avançadas e ousadas incluídas em prazos de execução mais amplos.
 
Com base nos dados já divulgados pelo próprio IBGE e tomando como referência diversos outros indicadores macroeconômicos, alguns deles também já divulgados pela FJP-Fundação João Pinheiro – é possível antever a possibilidade de repetição do fraco desempenho
da economia de Minas Gerais para os próximos anos. Essa perspectiva corrobora e torna ainda mais evidente o declínio da economia local, que tem perdido boa parte de seu dinamismo por múltiplas razões, entre várias, devido ao reduzido valor agregado e pouca diversificação da produção estadual. Cabe ainda destacar que a existência de uma baixa competitividade estadual e de mecanismos ultrapassados de concessão de incentivos fiscais transforma hoje Minas em uma região de pouca atratividade à instalação ou expansão, principalmente, de novas indústrias. Outro fator importante a ser considerado é a pesada carga tributária onerosa à atividade empresarial, tida como uma das elevadas do país, além do desgaste expressivo a que vem sendo submetida a infraestrutura básica estadual – ainda considerados, principalmente, energia e transportes como elementos absolutamente estratégicos.
 
Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil é considerado uma das economias mais fechadas de todo o mundo quando analisada em relação ao desempenho do seu comércio exterior e o PIB nacional. Minas reproduz essa mesma condição e, quando analisado o comércio exterior estadual com o seu próprio PIB local, essa relação muitas vezes é ainda pior.
 
Uma das características marcantes do estado é que, quando a economia nacional vai bem, a economia mineira costuma ir melhor. No entanto, quando a economia nacional fica ruim a de Minas, quase sempre, costuma ficar bem pior.
 
Vale citar que o declínio da atividade econômica de Minas não pode ser considerado um elemento predominante apenas dos últimos governos. Tal fato precisa ser compreendido como um processo e tem sido frequente, desde a introdução do Plano Real, a ocorrência de ciclos de contínua contração da atividade econômica quando comparada, principalmente, à média nacional. E essas circunstâncias têm sido, também, evidenciadas e provocadas por alguns fatores nitidamente endógenos, como a reprimarização, desindustrialização e desmineirização da economia mineira apresentando, como pano de fundo, uma notável perda de poder decisório por parte das maiores empresas aqui estabelecidas.A isso há, ainda, de se acrescentar outros elementos, como aqueles decorrentes dos processos de globalização e de conglomeração empresarial.
 
No entanto, esta situação não pode ser considerada definitiva e duradoura. Impõe-se, assim como ocorreu já várias vezes no passado, reverter o quadro atual mirando-se no formidável futuro que temos em mãos para ser construído.
 
Vale salientar que Minas Gerais dispõe de uma dimensão econômica, geográfica e social comparável à de inúmeros outros estados-nações. O futuro de Minas não poderá ser vislumbrado, e tampouco construído, apartir de uma perspectiva autárquica e autossuficiente.
Apesar de suas dimensões nacionais, a Minas Gerais de amanhã deve ser repensada a partir de sua integração no contexto nacional e internacional.
 
Merece ainda ser mencionado que as condições prevalecentes atualmente para o exercício de uma nova atração de investimentos locais são bastante diferentes das que prevaleciam há 25 ou 50 anos e, nesse sentido, torna-se fundamental a correta análise dos cenários nacional e internacional e que se busque lhes captar as características mais marcantes e as tendências mais prováveis de evolução no futuro próximo.
 

A reversão do quadro de dificuldades porque passa a economia de Minas Gerais exigirá foco e ação em diferentes áreas e atuações, entre as quais cabe questionamento o próprio modelo e concepções relacionadas ao papel e funções do setor público tanto em nível nacional quanto estadual. Isso, porém, não reduziria a importância em se dedicar atenção especial a outras questões, entre várias, como o planejamento de médio e longo prazos centrado no crescimento econômico vigoroso, contínuo, consistente, sustentado e juntamente ao
exercício de outras relevantes ações, tais como:
 
 
 
 
 
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