A corrente de comércio exterior (exportações + importações) de Minas Gerais representou 7,9% do total nacional e atingiu, em 2018, o montante de US$ 33,04 bilhões – praticamente quase o mesmo valor do ano anterior (US$ 32,70 bilhões). O saldo foi positivo em US$ 14,89 bilhões – o que permitiu a Minas manter-se na liderança nacional – porém, muito próxima do Pará, com US$ 14,43 bilhões.
 
Estima-se que a corrente de comércio exterior mineira tenha significado 19,9% do PIB estadual – bem inferior à média brasileira em relação ao PIB nacional, de 22,2% em 2018.  Para os padrões internacionais o Brasil é considerado um dos países mais fechados do mundo e, assim, Minas não foge à regra, sendo mais fechado ainda, o que pouco colabora para a sua expansão econômica e desenvolvimento.
 
De outro lado, as exportações mineiras são pouco diversificadas e concentradas em commodities – o que impede ao Estado obter receita tributária sobre as mesmas, em função da não-incidência de impostos nem o ressarcimento decorrente dessa isenção, como consequência da Lei Kandir. Esta é uma questão crucial que precisa ser bem entendida pelos governantes estaduais.
 
As exportações mineiras representaram 10% do total nacional e totalizaram US$ 23,97 bilhões – registrando uma queda de 5,45% e, com esse resultado, o Estado perdeu a vice-liderança no ranking nacional para o Rio de Janeiro. Em relação às importações houve uma expansão de 23,58% e as mesmas totalizaram US$ 9,07 bilhões e representaram 5% do total nacional.
 

Relativamente às exportações, as vendas ao exterior mantiveram-se concentradas em commodities minerais e agrícolas. Os principais produtos exportados foram minério de ferro, café, ferroligas, soja, celulose, açúcar de cana de açúcar, ouro e carne bovina e representaram cerca de 70% do total. A redução das exportações mineiras em 2018 foi motivada pelo fraco desempenho do minério de ferro e do café. Ambos produtos são os mais importantes da pauta da exportação estadual e, juntos, equivalem a 43% do total.

As exportações de minério de ferro em 2018 somaram US$ 7,29 bilhões – contabilizando uma retração de 16% em relação ao ano anterior. As exportações de café totalizaram US$ 3,21 bilhões – queda de 6,6%.
O aumento das importações se deu praticamente em função aquisição de automóveis das unidades da FCA – Fiat Chrysler Automóveis sediadas no exterior. Os produtos mais relevantes da pauta das importações mineiras foram os veículos, em sua quase totalidade da FCA. Apenas os desembarques de automóveis de passageiros somaram US$ 646,3 milhões – expansão de 522% em relação a 2017.
A China foi o principal parceiro comercial de Minas em 2018, sendo o destino de 29% das suas exportações (a maior parte composta por minérios de ferro e soja) e, também, origem (18%) de tudo que o Estado adquiriu no exterior.
 
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO
* Por Por Carlos Alberto Teixeira de Oliveira  – Economista, Editor-Geral de MercadoComum
 
 
 
 
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