Mais de 800 jovens de todo o Brasil participarão, entre 3 e 6 de setembro, em Belo Horizonte, do torneio nacional de educação profissional. Trata-se da oitava edição da Olimpíada do Conhecimento que, este ano, reunirá os melhores jovens qualificados em 58 ocupações técnicas ligadas à indústria, ao setor de serviços e à agropecuária (veja lista ao final). Os competidores saíram de cursos profissionalizantes das escolas do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e dos Institutos Federais de Tecnologia – esses últimos, pela primeira vez, farão parte das provas. Entre os participantes, 45 são jovens com deficiência que competirão em quatro modalidades e 88 se preparam para torneios internacionais de educação profissional. Outros 210 disputam medalhas no festival de robótica. Durante os quatro dias, os competidores realizarão tarefas semelhantes às que enfrentariam em situações reais do dia a dia do mundo do trabalho. Seu desempenho estabelece o padrão de excelência das práticas das 58 ocupações e serve para avaliar a formação técnica oferecida pelas instituições de educação. Esses indicadores mostram o grau de domínio dos técnicos das novas tendências tecnológicas utilizadas pelo setor produtivo e mudanças nos perfis profissionais, além de orientar a atualização dos currículos nas escolas. “Isso faz com que a Olimpíada avalie não apenas os próprios competidores, mas o ensino técnico que estamos oferecendo nas principais instituições do Brasil”, afirma o diretor- geral do Senai, Rafael Lucchesi. SELEÇÃO DOS MELHORES Realizada a cada dois anos, a Olimpíada do Conhecimento ocupará 105 mil metros quadrados do Expominas, onde serão instaladas 900 toneladas de equipamentos, incluindo duas turbinas de avião, um helicóptero, seis estações geodésicas e um ambiente no qual ficarão 16 novilhas preparadas para insemina- Edição 2014 da Olimpíada do Conhecimento, a ser realizada em Belo Horizonte no mês de setembro, bate recorde de participantes ção artificial. Além das 6 mil pessoas envolvidas no evento, entre competidores, técnicos, avaliadores e organização, são esperados 300 mil visitantes no período. “A Olimpíada do Conhecimento é também uma estratégia para valorizar a formação técnica oferecida no Brasil. Nesses dias, estudantes e trabalhadores podem conhecer as oportunidades que têm para entrar no mercado de trabalho de forma mais qualificada”, destaca Lucchesi. Para participar da competição, os estudantes, com menos de 21 anos de idade, devem ter, no mínimo, 400 horas em cursos de aprendizagem ouqualificação industrial, ou formação técnica de nível médio na área. A Olimpíada do Conhecimento tem início nas escolas do Senai, quando professores identificam alunos de destaque e os convidam para treinar para os torneios locais. A etapa estadual é a fase classificatória para a nacional. Nesse processo, os competidores chegam a se dedicar oito horas diárias durante meses para alcançarem os melhores resultados. O mais bem colocado em cada uma das modalidades da fase nacional deste ano concorre a uma vaga para a competição mundial, a World- Skills Competition, que, em 2015, será realizada em São Paulo. Na edição de 2013, em Leipzig (Alemanha), o Brasil conquistou 12 medalhas. No ranking dos 53 países que participaram do torneio, ficou em quinto lugar em número de medalhas, com 52 pontos, atrás de Coreia (89), Suíça (73), Taiwan (65), Japão (56). A participação na etapa nacional se amplia a cada ano. Os 800 inscritos neste ano representam número quase sete vezes maior que os da primeira edição da Olimpíada, realizada em 2001, em Brasília, quando participaram 111 estudantes. A variedade de ocupações profissionais do torneio também aumentou: passou de 26, em 2001, para 58, em 2014.
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