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 Por: Jorge Raggi

 
A percepção é a entrada do ver, do sentir, da ação e da avaliação. Uma questão é: estamos vendo, sentindo, agindo e avaliando a realidade? Qual a nossa distância da realidade? Peter Drucker dizia que as pessoas perguntavam continuamente “como é que você vê essas coisas?” E ele respondia: “como é que você não vê?”. Também falava sobre um dos grandes teólogos da Igreja Católica Romana, São Boaventura (século XIII, Itália) que respondeu à pergunta sobre a diferença dele de um dos maiores doutores da Igreja, São Tomás de Aquino: “Tomás é muito mais inteligente e sabe muito mais do que eu, mas se o anjo do senhor aparecer eu o vejo primeiro”. Um aumento da percepção pode alavancar a produtividade. Um tempo importante da vida é dedicado ao trabalho. Se considerarmos a vida madura de 25 – 65 anos, descontarmos o sono noturno, temos 8 horas por dia e 250 dias por ano atingindo 18% da vida só no trabalho. Se incluirmos deslocamentos, viagens, cursos, estudos desde a infância à universidade vai a mais de metade da vida. Todo nosso sonho de aumento de produtividade para poder se transformar em lazer já mostrou ser uma falácia. O que temos feito é tornar o trabalho mais ansioso. A ansiedade – medo de sentir medo – foi exacerbada, modelando a vida da maioria de nós que nos escravizamos em produzir para viver. Existe um temor de não dar conta diante das grandes exigências da vida atual quando na realidade precisamos de muito pouco para viver. Criamos uma divisão psíquica em que Eu escravizo Eu para produzir mais. A grande maioria dos livros de gestão ainda utiliza as ideias de Napoleon Hill que em 1928 apresentou a “A Lei do Triunfo”, revelando 17 leis para o sucesso onde seria criada uma “mente mestre”. Os “casos” são colocados nos textos com persuasão e sedução para apoiar ideias que conduzem ao sucesso. Mas este sucesso não é medido. Um dos caminhos para sair deste círculo é pela percepção de nossa realidade maior. Quando se propõe desenvolver a percepção enfrentamos um problema: é ampla e desorganizada. Não é possível focar com rigidez o desenvolvimento da percepção, pode é ser atribuído um valor social ao foco, aos objetivos – o que é de bom tamanho, mas não é possível desenvolver a percepção sem que cresça a liberdade de ver, sentir, agir e avaliar. Processamos uma grande quantidade de dados continuamente e somente as conclusões são comunicadas ao estado consciente. Percebemos relações, configurações, estimulando todo o nosso ser e a percepção é complementada com o pensamento racional. Encontrar uma pessoa muito perceptiva e com pensamento racional é raro. Mas é possível planejar o desenvolvimento da percepção e avaliar o quanto vai sendo aprendido crescendo a racionalidade. Nossas escolas estão atualmente equipadas para ensinar e medir o conhecimento aprendido em linguagem, matemática, física, química, história, geografia. Podemos ensinar música, artes, para quem tem talento. A gestão também pode ser ensinada e medida a aprendizagem. Começando pela percepção, Konrad Lorenz, em “Os Fundamentos da Etologia”, diz que receber informações não significa necessariamente aprender, mesmo sendo um pré-requisito indispensável de todo o processo de aprendizagem. A aprendizagem é uma modificação adaptativa do comportamento que deve ser incorporada. Nossa capacidade de armazenar grande configurações de dados no estado não – consciente e depois por “intuição”, “inspiração”, “revelação”, descobrir os conteúdos alimentados pode ser estimulada. O método “Estudo de Casos”, conforme detalhado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, é indicado para estudos da natureza e da complexidade que é ser humano. Vários participantes podem estudar casos reais e trocar experiências do que percebe e outro não. Também uma pessoa mais experiente pode somar com seu conhecimento maior da realidade. O estudo precisa no mínimo de um projeto do que se quer pesquisar, tipos de evidencias aceitas, análises das provas, avaliação, características do investigador, e acrescento, o ambiente do investigador – que irá influir muito na pesquisa.

 

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