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O Brasil registrou em 2013 a maior fuga de divisas do país durante os últimos 11 anos, desde o último ano do governo Fernando Henrique Cardoso, quando assumiu a presidência Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com o Banco Central do Brasil, a remessa de recursos para o exterior superou a entrada em US$ 12,26 bilhões no ano passado. Em 2002, a perda foi quase semelhante, atingindo cerca de US$ 13 bilhões.

Esse resultado negativo justifica a desvalorização do real ocorrida durante os dois períodos. Em 2013, a desvalorização do real em relação ao dólar norte-americano atingiu 15%. Com o objetivo de segurar a alta cambial, o governo brasileiro injetou no mercado cerca de US$ 100 bilhões através de contratos de câmbio e empréstimos realizados com recursos provenientes das reservas cambiais.

 

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Reservas Cambiais brasileiras encolhem pela 1ª vez em 13 anos

As reservas cambiais do Brasil sofreram uma retração de 0,74% ao final de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior e alcançaram US$ 375,794 bilhões, sendo a primeira queda ocorrida durante os últimos 13 anos. A última vez em que o país contabilizou recuo nas suas reservas em moedas estrangeiras foi em 2000, quando encolheram 9,11% e somavam US$ 33,011 bilhões.

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Em 2013, o Comércio Exterior brasileiro teve o pior desempenho desde 2000

 

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O Brasil registrou, em 2013, o pior resultado no comércio exterior em 13 anos. O superávit de US$ 2,56 bilhões foi 87% inferior ao de 2012 e o menor desde o ano de 2000, quando contabilizou um déficit de US$ 731 milhões.

O desempenho do comércio exterior brasileiro no ano passado refletiu uma combinação de crise nas principais economias do mundo, que afetou a venda de produtos brasileiros, fraca produção de petróleo e derivados e aumento da demanda interna por combustível. O petróleo é um dos principais itens] na pauta de exportação do Brasil. Com a baixa produção em 2013, o país não só deixou de exportar, como também teve de importar mais para atender a uma maior demanda interna.

No acumulado do ano, as exportações totais do Brasil caíram 1% em relação a 2012, enquanto as importações bateram recorde, subindo 6,5%.

Para 2014, as expectativas apontam para o saldo positivo da balança comercial em US$ 8,25 bilhões.

 

 

Indústria brasileira registra déficit comercial recorde em 2013

Segundo informações divulgadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a balança comercial brasileira de produtos industrializados registrou, no ano passado, o pior desempenho de sua história. O déficit da conta dos manufaturados alcançou US$ 105,015 bilhões – resultado decorrente de exportações totalizando US$ 93,090 bilhões e importações de US$ 198,105 bilhões. Em 2012, o déficit de manufaturados havia sido de US$ 94,162 bilhões.

A inversão do saldo, de positivo para negativo, começou a ocorrer a partir do ano de 2007. A forte desvalorização do real em 2013 – de cerca de 15% e o Reintegra – Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras não foram suficientes para melhorar a competitividade da indústria brasileira.

 

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Exportações do Agronegócio atingem quase US$ 100 bilhões em 2013

As exportações do agronegócio alcançaram a cifra de US$ 99,97 bilhões em 2013, subindo 4,3% em relação aos US$ 95,81 exportados em 2012, segundo dados da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SRI/Mapa). As importações cresceram 4%, atingindo US$ 17,06 bilhões. O saldo do comércio exterior do agronegócio foi positivo em US$ 82,91 bilhões.

O principal setor exportador foi o complexo soja (US$ 30,96 bilhões), responsável por 31% das vendas externas. As exportações de soja em grãos alcançaram o valor recorde de US$ 22,81 bilhões, aumentando US$ 5,36 bilhões em relação a 2012. A quantidade exportada passou de 32,9 milhões de toneladas para 42,8 milhões de toneladas, o que representou 52,5% da safra brasileira de soja 2012/2013.

As vendas externas de carnes subiram de US$ 15,74 bilhões em 2012 para US$ 16,80 bilhões em 2013 (+6,8%). A carne bovina se destacou pelo aumento do valor exportado (+15,9%) e atingiu a cifra recorde de US$ 6,66 bilhões em 2013.

Outro recorde histórico foi obtido nas vendas externas de milho, que somaram US$ 6,25 bilhões. O valor representa crescimento de 18,2% em relação ao ano anterior.

A China se destacou entre os países importadores. Foi a primeira vez, em ano fechado, que o país ultrapassou a União Europeia como principal comprador de produtos do agronegócio brasileiro e adquiriu US$ 22,88 bilhões. As vendas subiram US$ 4,91 bilhões em relação a 2012, valor que superou a expansão total das exportações brasileiras do agronegócio em 2013 (US$ 4,15 bilhões).

 

 

Gastos de brasileiros no exterior aumentam 10 vezes nos últimos dez anos

De acordo com o Banco Central , os gastos dos brasileiros no exterior totalizaram US$ 23,125 bilhões em 2013 (de janeiro a novembro) – o que equivale a 1.025% a mais que os gastos ocorridos no mesmo período de 2003. Isso se deve, basicamente, à valorização do real e da elevação da renda dos brasileiros, o que propiciou também na ampliação do número de brasileiros viajando ao exterior, crescendo em ritmo bastante superior ao de estrangeiros vindo ao país. De outro lado, o gasto médio dos brasileiros lá fora aumentou consideravelmente.

Como os gastos de estrangeiros no Brasil não expandiram na mesma proporção, o ano de 2013 deve fechar com um rombo recorde de US$ 18,6 bilhões na conta Turismo.

De acordo com o Ministério do Turismo, em 2012 o número de brasileiros que foi fazer compras nos Estados Unidos alcançou cerca de 1,8 milhão – contra apenas 349 mil em 2003.

Para reduzir esses gastos, o governo brasileiro aumento no dia 18 de dezembro o imposto sobre cheques de viagem, cartões pré-pagos e saques no exterior com cartões de crédito.

 

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Criação de vagas formais de emprego no Brasil cai e saldo é o menor desde 2003

Segundo o CAGED – Cadastro Geral de Empregos, o Brasil criou 1.117.717 empregos formais em 2013, o que representa uma queda de 14,2% na comparação com 2012 – quando foram criados 1.301.842 empregos com carteira assinada.

Trata-se do pior desempenho na geração de vagas desde 2003.

O saldo entre admissões e demissões divulgadas pelo Ministério do Trabalho através do CAGED-Cadastro Geral de Empregados e Desempregados vem caindo desde 2010.

O Ministério do Trabalho atribui a desaceleração do mercado de trabalho ao cenário econômico de 2013.

 

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Bovespa registra o pior desempenho entre as principais bolsas de valores

A bolsa de valores brasileira registrou o pior desempenho entre os principais mercados acionários mundiais em 2013 e o índice Ibovespa – que reúne as ações mais negociadas na BM&FBovespa caiu 15,5%. Já os grandes mercados do mundo, como o americano, tiveram valorizações superiores a 25%. Entre os países desenvolvidos o grande destaque ficou por conta do Japão, que apresentou alta de 55%.

Foram várias as razões que justificam a queda nas cotações das ações brasileiras. Uma delas foi a derrocada da petroleira OGX que, individualmente, foi responsável por cerca de 40% da queda total. Também pesou a questão do impasse do reajuste dos preços dos combustíveis, que afetou os papéis da Petrobras. Do lado da retração da economia da China houve implicação direta nos preços da ações da Vale. E, ainda, teve repercussão desfavorável a perspectiva de rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco.

Este já é o quarto ano consecutivo que o Ibovespa registra descompasso em relação ao comportamento das bolsas americanas, quando a diferença em relação ao S&P 500 negociado na bolsa de Nova York, neste período, alcança cerca de 85% e, apenas em 2013, de 45%.

O Ibovespa chegou a beirar os 75 mil pontos em 2008 – antes da crise financeira mundial, fechando aquele ano com menos de 40 mil em 2009. Obteve, a partir daí, uma recuperação substancial, expandindo 82% e chegando próximo dos 69 mil pontos. Ao final de 2013, fechou com 51.507 pontos.

 

 

Dólar subiu 14,6% e liderou rentabilidade em 2013

O dólar norte-americano liderou os investimentos realizados no Brasil, subindo cerca de 15% em 2013.

O mercado de renda fixa também não registrou resultados positivos e alguns desses fundos chegaram a se desvalorizar 10% no ano. É que a aplicação financeira, voltada principalmente para títulos públicos indexados à inflação, ficou entre os piores investimentos do ano. Na média, renderam 5,26%. Menos que a caderneta de poupança e os fundos DI.

A principal causa para justificar esse mal desempenho das aplicações financeiras foi a forte alta dos juros básicos, a Selic, que saltou de 7,25% em janeiro para 10% ao final do ano.

Em relação ao dólar, as perspectivas são de alta. Estima-se que a taxa média para 2014 será de R$ 2,40 e ao final do período, de R$ 2,45.

 

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Ações da Petrobras despencam e empresa perde US$ 34 bilhões em valor de mercado em 2013

Em 2013, a Petrobras foi a empresa brasileira de capital aberto que registrou a maior perda de valor de mercado em termos nominais, contabilizando uma perda de US$ 34,1 bilhões até o dia 27 de dezembro. O valor de mercado da petrolífera passou de US$ 124,7 bilhões no fim de 2012 para US$ 90,6 bilhões, de acordo com a empresa de consultoria Economática.

Se considerada a perda percentual, o destaque em 2013 ficou por conta da OGX, que teve o valor de suas ações despencado para 95,4% no período. A mineradora Vale ficou na segunda posição entre as empresas que registraram maiores perdas nominais de valor de mercado, passando de US$ 105,3 bilhões para US$ 75,1 bilhões. A Ambev e o Bradesco ficaram com a terceira e a quarta posição, com recuo de US$ 15,6 bilhões e US$ 10,9 bilhões, respectivamente, no valor de mercado.

 

 

Maior taxa de juros reais

Brasil consolida liderança no ranking internacional

Após o aumento para 10,5% da taxa básica de juros da economia – Selic pelo COPOM – Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil no dia 15 de janeiro e com isso praticamente voltar aos mesmos níveis do início de mandato de Dilma Rousseff (era de 10,75% quando assumiu o governo, em janeiro de 2011), a taxa de juros real no Brasil consolidou a liderança, mais uma vez, do ranking internacional das mais caras cobradas por todos os países do mundo, atingindo 4,25% – isto é, já descontada a inflação.

A taxa de juros 10,5% é o maior patamar dos dois últimos anos e o último aumento já é a sétima alta seguida da Selic.

A decisão do Banco Central de manter o ritmo de aperto nos juros após o repique inflacionário do final do ano passado, quando a taxa subiu 0,92% em dezembro, considerada a maior alta mensal em dez anos.

 

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As vendas de veículos e comerciais leves no Brasil caíram em 2013 – a primeira queda verificada nos últimos dez anos. No ano passado, o total de automóveis emplacados no país, de acordo com a FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, foi de 3,576 milhões de unidades, o que representa uma retração de 1,61% em relação a 2012, quando somaram 3,634 milhões de veículos.

As vendas totais de 2013 – que incluem também os dados de motocicletas, caminhões e ônibus – chegaram a 5,486 milhões de unidades, registrando uma retração de 2,2% quando comparadas às do ano anterior.

O resultado das vendas no cômputo geral reflete a forte retração da venda de motocicletas, que teve uma queda de 7,44%. O dado de caminhões, impactado por incentivos fiscais do governo, teve alta de 14,4% no mesmo período.

Contando com 762,9 mil veículos vendidos e 21,24% de participação, a Fiat liderou os emplacamentos de veículos e comerciais leves no ano de 2013 no Brasil. A seguir vêem a Volkswagen, com 666,7 mil emplacamentos e 18,64% de participação e a General Motors, com 649,7 mil emplacamentos e fatia de mercado de 18,7%. Em quarto lugar ficou a Ford, com 335 mil emplacamentos em 2013 e 9,4% de participação.

Entre os modelos disponíveis fabricados no país, o Gol voltou a ser o líder, com mais de 255 mil unidades emplacadas, seguido de dois modelos da Fiat, o Uno e o Palio.

Para 2014, a perspectiva mais otimista dos distribuidores de veículos é que o mercado de automóveis e comerciais leves, no máximo, repita o resultado do ano passado.

 

 

Fiat assume controle acionário total da Chrysler

A Fiat italiana assinou acordo, ao final do ano passado, para a compra da parcela restante de 41,46% do capital da montadora norte-americana Chrysler, que se encontra em poder do Veba – fundo fiduciário de saúde do sindicato United Auto Workers (UAW), que reúne os metalúrgicos automotivos dos Estados Unidos. De acordo com o anúncio, o valor do negócio é de US$ 4,35 bilhões e deverá ser concluído até o final de janeiro.

Com essa transação, a Fiat encerra uma disputa pelo controle total da Chrysler.

Em 2009, a montadora italiana anunciou aliança com a Chrysler ao adquirir 20% da americana, que tinha entrado com pedido de concordata em abril do mesmo ano por não conseguir saldar uma dívida com credores. Desde então, a Fiat passou a aumentar sua fatia no capital da Chrysler, com compras de participação, segundo acordo que a empresa assinou, com o Departamento de Tesouro dos Estados Unidos.

Ao adquirir os 20% iniciais do capital da montadora norteamericana, a Fiat conseguiu colocar em prática sua estratégia de aumentar sua participação no mercado americano. Para a Chrysler, o acordo serviu como uma saída para evitar a sua falência, já que eram cada vez mais notórias as suas dificuldades durante os últimos anos.

 

 

A nova derrama do século XXI – governo brasileiro arrecada muito e gasta mal, muito mal

De acordo com o IBPT – Instituto Brasileiro de Pesquisa Tributária, a arrecadação de todos os tributos no Brasil em 2013 poderá bater outro recorde histórico e ter atingido 36,3% do PIB-Produto Interno Bruto. Somente o governo federal, a “descarga tributária” deverá representar 70% do total arrecadado. Na verdade, a conta é muito maior, porque mesmo contando com todos esses recursos, ainda assim o setor público brasileiro não consegue equilibrar o seu orçamento, sofrendo constantes déficits e que, somente em 2013, deverão somar outros 3,0% (nominal). Vale destacar que 1% do PIB equivale a cerca de R$ 47 bilhões.

Veja ao lado a origem e destino dessa montanha de recursos:

 

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Inflação registra recorde mensal em 10 anos

Na safra de final de ano dos vários resultados negativos para a economia brasileira uma das que mais surpreendeu foi a inflação, medida pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que no acumulado de 2013 fechou em 5,91% e, especificamente no mês de dezembro, atingiu 0,92% – considerada a maior alta verificada durante os últimos dez anos. Esses números poderiam ter sido piores por causa do controle de vários preços administrados (energia, combustíveis e transportes urbanos) e teriam levado o IPCA para algo em torno a 6,7%. Contribuíram para que isso não ocorresse a conta de luz que recuou 15,66% no ano passado; as tarifas dos ônibus urbanos que não tiveram reajuste por causa das manifestações e a retenção dos aumentos dos preços de combustíveis.

O efeito do aumento do dólar norte-americano impactou a inflação em 0,70% e os preços dos serviços tiveram uma elevação de 8,72% em 2013.

Mais uma vez o governo brasileiro manteve-se longe do centro da meta para inflação – de 4,5% e os indicativos são de que para os próximos anos dificilmente esta meta será alcançada. Vale mencionar que o Brasil tem sido um dos países campeões em inflação entre todos aqueles que implantaram o sistema de metas para a inflação, além de ser o único a não contar com um banco central independente.

Diante dessa performance será indispensável outras elevações da taxa básica de juros da economia – SELIC, principalmente e já no início deste ano. O mercado financeiro já trabalha com uma expectativa de taxa de 10,5% ao final de 2014. O IPCA para este também está sendo estimado acima de 6,0%, devendo ocorrer o seu pico por volta do mês de junho, quando deverá ultrapassar o teto da meta.

Cabe ressaltar que durante os três primeiros anos do Governo Dilma Rousseff, em nenhum deles o Brasil atingiu a meta de inflação prevista, tendo se aproximado muito do teto máximo previsto.

Apesar de ainda situar-se abaixo dos 6,0% anuais, a inflação brasileira para muitos consumidores parece ser mais elevada e a percepção é que os preços subiram bem mais. Alguns itens cotidianos, como estacionamento de veículos, cafezinho e almoço fora de casa tiveram aumento acima do índice oficial (vide a seguir). A elevação do valor do salário mínimo nacional vigente no ano passado foi de 9,0%.

 

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Estudo divulgado pela Confederação Nacional do Comércio revela que o número de famílias brasileiras endividadas aumentou 7,5 pontos percentuais no ano passado em relação a 2012: 62,5% relataram ter dívidas, incluindo modalidades como cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado e financiamento de carro e de casa. O percentual de famílias com dívidas permaneceu elevado durante todo o ano, alcançando o pico em julho de 2013, quando atingiu 65,2%. Este considerado o segundo maior nível de toda a série histórica, atrás apenas do registrado em fevereiro de 2011.

O número de famílias com contas em atraso permaneceu praticamente estável, perfazendo 21,2% do total e inferior em relação aos anos anteriores. O índice de famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso reduziu-se de 8,8% em 2010 para 6,9% em 2013.

 

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