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Balanço apresentado pela entidade aponta crescimento de 2,53% do PIB nacional e de 3,3% no estado


A FIEMG espera a retomada econômica de Minas Gerais e do Brasil em 2019. Segundo o balanço anual apresentado nesta sexta-feira, 21/12, na sede da Federação, em Belo Horizonte, a expectativa é o que o PIB do país cresça cerca de 2,53%, enquanto a produção industrial no Brasil alcance crescimento de 3,02%. Já em Minas, o PIB deve avançar 3,3%, enquanto a produção industrial no estado pode subir 5,1% no próximo ano.

O ano de 2018 foi marcado pela frustração em relação ao crescimento econômico. A expectativa era de que este ano a alta na economia girasse, em torno de, 2,7% do PIB. Entretanto, esse número não deve passar de, entre 1,3% e 1,5%.


Segundo o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, o aumento da incerteza impediu maior expansão do investimento em 2018. “Tivemos uma série de fatores que contribuíram para o desempenho abaixo do previsto. O primeiro foi a greve de caminhoneiros, que teve um efeito grave na economia. Outro ponto importante foi a eleição, que acentuou a indefinição de um cenário de retomada e a desacelerou a aprovação de reformas estruturais,” disse.  


O cenário internacional também influenciou o desempenho abaixo do esperado da economia. “Outros fatores como tensões comerciais externas, crise econômica em parceiros comerciais, além da redução de liquidez em mercado globais contribuíram para o cenário de queda da retomada,” apontou Roscoe.


Perspectivas para 2019

A expectativa de alta para as economias mineira e brasileira em 2019 devem ser acompanhadas por uma série de reformas. “A manutenção da política monetária estimulativa (Selic a 6,50% a.a.), juntamente com a retomada do investimento agregado são consistentes com crescimento do PIB brasileiro da ordem de 2,53%. As projeções possuem viés de alta, que será confirmado mediante aprovação de reformas estruturais, tais como a da Previdência,” comentou o presidente da FIEMG, Flávio Roscoe.


Ainda segundo o empresário, a retomada econômica no estado é essencial e deve ser ancorada em dois pontos – melhora do ambiente de negócios e das questões ambientais no estado. “É imprescindível que haja um melhor ambiente de negócios, que traga mais estímulo para investimentos, mas isso só será possível quando, principalmente, forem retirados o entraves gerados pelo licenciamento ambiental em Minas Gerais, uma vez que temos alguns dos parâmetros mais rigorosos e burocráticos do mundo no estado”, enfatizou.

Além disso, a taxa de desemprego no país deve cair para o intervalo entre 10,0% e 11,0%.


Setores

Alguns segmentos da indústria apresentam boas perspectivas para 2019, como o setor alimentício, que apresenta expectativa de crescimento de 4,0%, a indústria automotiva, que tende a crescer 3,5%; além de máquinas e equipamentos com crescimento esperado de 6,2%; construção civil, com 3,2% de alta e indústria extrativa que tende a subir em 7,8%. A expectativa desses setores se deve à melhora das condições de crédito, da renda real e retomada do mercado trabalho, melhora dos níveis de confiança e aumento dos investimentos, facilitação das condições de crédito imobiliário, além da estabilidade do crescimento chinês.


Defesa do Sistema S

O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, demonstrou preocupação com as recentes falas do futuro ministro da economia do governo eleito, Paulo Guedes, a respeito de cortes entre 30% e 50% do Sistema S, composto por nove entidades ligadas aos setores produtivos brasileiros – comércio, agropecuária, transportes, micro/pequenas empresas e indústria. Formado pelo SESI, SENAI, SESC, SENAC, SEST, SENAT, SESCOOP (cooperativismo), SENAR e SEBRAE, o Sistema S atua prioritariamente nas áreas da educação básica, ensino profissionalizante, saúde e segurança do trabalho e qualidade de vida do trabalhador brasileiro, em todas as regiões do país.


Segundo Roscoe, mais de 73 milhões de brasileiros tiveram sua formação ou foram beneficiados apenas pelas instituições do sistema ligadas à indústria – SESI e SENAI. “Mesmo com todo este acervo de realizações, o Sistema S acaba de se transformar em alvo de ameaças que colocam em risco a sua própria existência. É fato que precisamos reduzir a carga de impostos, mas não se pode fazê-lo cometendo equívocos e atrapalhando o que vem dando certo. O ideal é que sejam atacados os problemas estruturais do Brasil, como a burocracia do serviço público e a ineficiência do Estado”.


SENAI – Financiado e mantido com recursos das empresas industriais, o SENAI é um dos cinco maiores complexos de educação profissional do mundo e o maior da América Latina. Desde 1942, formou mais de 73 milhões de trabalhadores em todo o país e, apenas em 2017, realizou 2,3 milhões de matrículas. Em Minas Gerais, são 78 unidades em 63 municípios, o que significa dizer que estamos presentes em todas as regiões do estado. Atualmente,  prepara quase 100 mil estudantes para a indústria mineira e brasileira. Somente neste ano, o SENAI-MG formou mais de 55 mil trabalhadores.


SESI – Em 2017, foram cerca de 1,6 milhão de matrículas em educação básica regular, educação continuada e educação de jovens e adultos a trabalhadores e dependentes. Mais de 50 mil indústrias foram atendidas com programas de segurança e saúde no trabalho que beneficiaram 4 milhões de pessoas. Em Minas Gerais, o SESI mantém 38 escolas, com mais de 15 mil alunos. No Enem 2017, as escolas SESI-MG se posicionaram entre as de melhor desempenho no país. O SESI-MG também oferece à sociedade cinco centros de cultura, cinco galerias de arte, oito teatros e o Museu de Artes e Ofícios, na capital mineira. Este ano foram atendidos mais de 600 mil espectadores, especialmente trabalhadores da indústria, seus familiares e as comunidades das quais fazem parte. Na área da Saúde e Segurança do Trabalho, o SESI-MG opera 12 unidades, com 448 mil atendimentos este ano.


Corte – Com a possibilidade de corte de 30%, em todo o país, serão perdidas anualmente 1,1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes do SENAI e serão fechadas 162 escolas de formação profissional. Serão extintas 498 mil vagas para alunos do ensino básico e na educação de jovens e adultos do SESI, que teria que encerrar as atividades em 155 escolas. Será necessário demitir 18,4 mil trabalhadores do SESI e do SENAI (a maioria educadores). E serão cancelados atendimentos em saúde para 1,2 milhão de pessoas.

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