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“O artigo de José Fernando Aparecido de Oliveira (“Em respeito à memória de Itamar Franco”) publicado na edição anterior de MERCADOCOMUM vai muito além de questões políticas.
Ele nos remete a questões muito próprias do relacionamento humano, como ética, caráter, gratidão e reconhecimento.
Além de tudo, o artigo é claro, objetivo e conciso.
Eu também, quando vi e ouvi o candidato derrotado referir-se à terra arrasada que, ao assumir o Governo de Minas em 2003, herdara de seu antecessor (Itamar Franco) fiquei chocado e manifestei a minha indignação com várias pessoas do meu relacionamento.
Itamar, sim, assumiu o Governo do Estado com os cofres vazios, com 13º de servidores por pagar, com várias categorias de servidores desmotivadas, Copasa e BDMG fragilizados, o controle da Cemig entregue a um grupo estrangeiro e, sobretudo, com um implacável cerco do Governo Federal.
O Governo Itamar Franco recuperou e fortaleceu as instituições públicas, inclusive o setor previdenciário do servidor, submetido a umaprimeira reforma (com reflexos positivos nas contas públicas). Esse esforço, seriedade e determinação (e sem nenhum choque midiático), possibilitou à Copasa implantar a 1ª ETE de BH (Fernando Pimentel era prefeito da capital mineira); ao BDMG voltar a atuar normalmente, cumprindo o seu papel (aliás, como estão os fundos estaduais de desenvolvimento administrados pelo Banco?); à Cemg, resgatada, construir a Usina de Irapé (Vale do Jequitinhonha); a implantação do Projeto Jaíba II; o estímulo à expansão da indústria sucro-alcooleira no Triângulo; a recuperação do Instituto Cândido Tostes etc.
Na política, como destaca José Fernando, Itamar Franco sustentou a candidatura de Aécio para a Presidência da Câmara e, posteriormente, para o Governo do Estado. Além de tudo, nos seus pronunciamentos de campanha Aécio extrapolou e foi além de FHC: creditou o Plano Real ao seu partido (PSDB), que não era o partido de Itamar.
O artigo de José Fernando lava a alma. Parabéns a MercadoComum.” Mauro Santos Ferreira, Economista“Lendo a última edição do Mercado Comum, pude ver, com total transparência dos números oficiais, que o governo do Dr. Itamar Franco à frente do executivo mineiro foi, na medida do possível para a época, um governo positivo e de busca de equilíbrio das contas públicas. Como secretário da Fazenda de então, tinha plena consciência do trabalho feito pelo governador, mas de tanto ler e ouvir o contrário na imprensa e nas propagandas, começava a acreditar que mais poderia ter sido feito e, até mesmo me atribuir pouco sucesso na condução da Secretaria que ocupei nos quatro anos daquele governo.
Assim, é de alma lavada, que agradeço a essa publicação pelo conforto de ver, depois de 12 anos, reconhecido o trabalho do qual me sinto parte integrante, e que presenciei, no dia a dia, ao lado do governador Itamar Franco, um dos homens mais dignos da história desse nosso Pais, tão pobre de verdadeiros homens públicos.” José Augusto Trópia Reis Engenheiro, ex-Secretário da Fazendo de Minas Gerais