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Com apenas dois meses de governo, em seu segundo mandato, a presidenta da República enfrenta um perigoso inferno astral, uma crise político-institucional, uma queda acentuada de popularidade e inúmeras contestações em todas as áreas Às medidas por ela adotadas logo que assumiu o segundo mandato levaram- na a ostentar em muito pouco tempo índices de rejeição jamais experimentados por qualquer de seus antecessores, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.
Esta rejeição tem deixado perplexos tanto auxiliares diretos como dirigentes do seu partido, o PT. Este, ainda sem saber como reverter o quadro e estancar avalanche de reações adversas provocadas pelo desnecessário e desafortunado pacote de maldades que pegou de surpresa o partido e parcela acentuada da população brasileira.
Causas da rejeição Quais as causas de a rejeição popular ao governo Dilma vir tão rápida e avassaladora? Numa análise perfunctória, verifica-se que são muitas e variadas. A principal foi a negação abrupta das diretrizes de governo pregadas durante a campanha eleitoral e voltadas para a melhoria das condições de vida da população, para o combate à inflação e a garantia da inviolabilidade dos direitos trabalhistas e previdenciários, além de muitas outras promessas não cumpridas.
Como explicar que os pacotes de maldades haviam sido mantidos em segredo durante toda na campanha eleitoral? O que foi falado por ela nos debates pela televisão, nas entrevistas à imprensa, nos programas eleitorais, enfim, tudo o que foi divulgado como programa de governo da candidata era pura ficção. Ela simplesmente estava atuando como verdadeira atriz, capaz de fazer inveja a Fernanda Montenegro. Grave, não? Gravíssimo. Como é que o povo brasileiro só ficou sabendo das qualidades de atriz da Dilma depois de fechadas as urnas? Como? Além da corrupção e da inflação que já incomodavam o governo, pesou na rejeição o pacote que aumentou os preços dos combustíveis, as tarifas de energia elétrica, as já altas taxas de juros, que efetuou mudanças na legislação trabalhista e previdenciária e muito mais. Medidas que atingiram indistintamente toda a população, que não as esperava…
Argumentos maquiavélicos Ela ainda usou, nos debates com os outros candidatos, um argumento maquiavélico: Disse que os seus adversários é que iriam editar um pacote de maldades igualzinho ao que ela editou. Assim, repetiu Fernando Collor de Melo. Falseou a verdade por duas vezes. Primeiro, porque prometeu executar um programa de governo voltado para os interesses do povo. Segundo, porque atribuiu aos adversários um programa que de fato era o dela.
Não é incrível que os marqueteiros da presidenta Dilma Rousseff a tenham induzido a representar como atriz numa campanha eleitoral em que a credibilidade e a honestidade de propósitos deveriam ser fundamentais? Sabemos que os marqueteiros vendem ilusões. Mas, na campanha da Dilma, venderam não apenas ilusões, mas também mentiras e quimeras para enganar o povo e ganhar a eleição.
O inferno astral Por força das medidas adotadas até agora, a presidenta Dilma Rousseff está provando, em apena dois meses de mandato, do veneno que ela própria criou. Em pouco tempo, dois meses apenas, este veneno acabou por mergulhá-la em um perigoso inferno astral e vem corroendo as entranhas do seu governo. Se não houver correção de rumos, põe em risco o próprio mandato. É o efeito bumerangue que veio mais depressa do que se esperava.
Ela ainda enfrenta o escândalo da Petrobrás que poderá ser o estopim de uma crise político-institucional gigantesco, já que cada fato novo provoca mais desgaste em um governo já desgastado e em seu partido, o PT, hoje distanciado das velhas pregações em defesa da ética e da moral políticas. Por incrível que pareça, até o PT já está contra várias medidas do pacote.
Desdobramentos Os desdobramentos já aparecem no Congresso Nacional com força expressiva, como aconteceu com a derrota do governo na eleição de Eduardo Cunha para a presidência da Câmara dos Deputados, na formação da nova CPI da Petrobras, na votação do orçamento impositivo e outras matérias que não são do interesse do governo no Legislativo.
Se quiser prolongar seu inferno astral e pagar para ver, a presidenta poderá editar novas maldades, embora as mais contundentes já tenham sido praticadas. Podem vir, mesmo com a população revoltada e insatisfeita. Mas, se quiser fazer uma “mea culpa” e recuar enquanto houver tempo, a presidenta poderá ao menos tentar reparar o abismo que hoje a separa da maioria da população brasileira.
Esperanças perdidas Para onde foram tantas promessas que a presidenta fez na campanha eleitoral? Para as calendas gregas.
De nada adiantaram as vozes de uns poucos gatos pingados que não concordavam com a guinada que deu logo após as eleições, mesmo porque não conheciam o plano secreto que não foi elaborado por Joaquim Levi, que é apenas o seu executor.
Será que o povo perdeu a esperança, diante de tantas medidas que o atingem diretamente? Em alguns segmentos da sociedade existem pessoas que até hoje não acreditam que a presidenta teria sido capaz de uma guinada tão significativa e radical em tão pouco tempo. Nem que ela só esperou o fechamento das urnas para pôr em prática o pacote de maldades.
Será que ainda pode voltar atrás e tentar cumprir pelo menos parte do que prometeu em campanha? Difícil, pois não há como reduzir os preços da gasolina, restabelecer os direitos dos trabalhadores e das viúvas, abaixar as tarifas de energia elétrica, etc. Ela está percorrendo um caminho sem volta, porque as consequências e os estragos já foram feitos. Mas poderá perder mais batalhas no Congresso.
Corrupção que assombra o PT – As novas investigações da Operação Lava Jato preocupam não apenas o governo, mas também os principais interlocutores do PT, principalmente depois que um ex-diretor da Petrobras, em delação premiada, afirmou que nada menos do que 200 milhões de dólares foram desviados da Petrobras para o caixa do PT, desde 2003.
Uma fábula de dinheiro. Certamente deve também preocupar o governo a relação de políticos do PT atingidos pela operação Lava Jato.
O destino de um mandato O destino do mandato de Dilma está irremediavelmente ligado à sua rejeição pelo povo e às conclusões dos inquéritos da policia Federal e do Ministério Público na operação Lava Jato. Como ficará o seu governo, se houver uma grande mobilização popular contra a sua permanência no poder? Existe ainda outro efeito complicador: a presidência da Câmara dos Deputados, hoje ocupada por um político que bateu de frente com Dilma Rousseff para se eleger.
Assim, Eduardo Cunha, se vier a ser proposto um processo de impeachment contra a presidenta, não tomará nenhuma atitude para protegê-la. Pelo contrário, poderá ir à forra para se vingar da interferência dela em assuntos que dizem respeito exclusivamente à Câmara dos Deputados. E tem mais. Os deputados do PMDB poderão divisar a perspectiva de o partido galgar o poder com o impedimento da presidenta, já que o partido detém a vice-presidência da República.
Admite-se, nos meios políticos, que a presidenta está ficando, dia a dia, cada vez mais próxima da operação Lava Jato e isolada politicamente.
O destino de seu governo, desta forma, poderá, no futuro, ser discutido no Congresso. Ela não teria, então, condições de manter fiel ao seu governo a base aliada na Câmara dos Deputados e no Senado para fugir da degola, dada a enrascada em que se meteu.
Se conseguir sair ilesa da operação lava a Jato, se mudar os rumos do seu governo, pode até recuperar a popularidade perdida e salvar o seu mandato. O que parece ser cada dia mais difícil, mas não impossível.
Em política tudo é possível.
Vamos aguardar. 
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