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Por Francisco Câmpera*


À medida que se aproxima a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, crescem os ataques contra filho do presidente Jair Bolsonaro. Parte da mídia aumenta o tom e dá espaço para acusações exageradas e sem provas, como a que aponta Flávio aliado a milicianos que mataram a vereadora do Psol, Marielle Franco.

Neste caso é irônico, pois foi um ex-militante do Psol, Adélio Bispo, quem tentou matar o então candidato Jair Bolsonaro. Uma linha de investigação da Polícia Federal suspeita que organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), ligados a partidos de esquerda, estariam por trás do crime.

Estratégia

É velha a estratégia de atacar o outro contra o que é acusado. Também estão aproveitando o caso de Flávio para favorecer Renan Calheiros na disputa pela Presidência do Senado. A oposição e a mídia estendem o assunto e esquecem o valioso debate das eleições no Congresso, como o voto secreto e investigações de corrupção da Justiça contra Renan.

É fácil de mostrar o exagero contra o senador eleito e deputado estadual Flávio Bolsonaro. Durante semanas ele foi acusado pela maior parte da mídia sobre as investigações suspeitas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Porém, os maiores investigados não eram lembrados, como o gabinete campeão das movimentações financeiras suspeitas do presidente da Assembleia, André Ceciliano, do PT, com 49 milhões de reais. Diante da repercussão negativa nas redes sociais, a mídia começou a citar os outros deputados estaduais. Uma funcionária do petista movimentou em suas contas pelo menos quatro vezes mais do que o assessor de Flávio.

Outro fato evidente da desproporção da cobertura do caso de Flávio aconteceu no dia da divulgação no site do BNDES das informações do banco, escondidas durante os anos petistas. Um verdadeiro escândalo e uma situação de Lesa-Pátria que boa parte da mídia deixou em segundo plano. Os 50 maiores tomadores de empréstimos receberam a juros subsidiados quase 500 bilhões de Reais, entre os quais empresas corruptas como Odebrecht e JBS Friboi. Ditaduras como Cuba, Venezuela, Angola e países sem capacidade de pagamento levaram outros bilhões para construir infraestrutura de ponta. Cuba, por exemplo, construiu com o nosso dinheiro, um porto moderno, administrado agora pela China, enquanto o Porto de Santos agoniza com navios esperando semanas para descarregar. Ainda foram divulgados investimentos bilionários em empresas falidas e envolvidas em escândalos. No total foram quase um trilhão de reais com juros pelo menos três vezes abaixo do mercado, com carência de anos para começar a pagar. Porém, o destaque foi Flávio Bolsonaro com a suspeita inicial de movimentação de 1,2 milhão de Reais.

Omissão

Curioso é que os órgãos de controle do Estado do Rio de Janeiro e do Governo Federal, como o Coaf, que informou as movimentações dos deputados estaduais e de Flávio, nunca descobriram a farra da roubalheira dos anos do PT e MDB, que levou o Brasil à maior crise econômica da história da República e ao desemprego recorde.

Portanto, o exagero e a manipulação são claros. Óbvio que Flávio Bolsonaro tem muito a explicar. Ele cometeu um erro básico de comunicação, quando não exigiu que o seu assessor se apresentasse às autoridades para se justificar, quando o caso veio à tona no ano passado. Isso deu margem a especulações e o caso está virando uma bola de neve. O próprio presidente Jair Bolsonaro, declarou em Davos, no Fórum Econômico Mundial, “que se o filho errou, terá que pagar”.

O fato é que parte da mídia aproveitou a situação para tentar enquadrar o Governo Bolsonaro e eleger Renan Calheiros Presidente do Senado. A oposição entrou no jogo para apoiá-lo, ganhar espaço e dar margem a sua narrativa de eterna vítima.

Setor falido

A maioria dos grupos de comunicação no Brasil está quebrada. Os grandes grupos estão acostumados com o dinheiro fácil da publicidade oficial. Somente do Governo Federal nos anos petistas chegou a gastar num ano mais de 3 bilhões de reais, entre publicidade, patrocínio e eventos. Outros tantos bilhões entram nesta conta ao somar as verbas estaduais e municipais. Sem contar com os empréstimos subsidiados, multas perdoadas, e impostos não pagos, entre outras artimanhas.

A comunicação é a área mais fechada do Brasil. Enquanto os estrangeiros podem comprar terras, companhias aéreas, explorar minério, ouro, petróleo, para ser dono de algum meio de comunicação só se for pessoa física e brasileiro nato. Os critérios de distribuição de verbas são relativos e imprecisos e há leis para favorecer determinados grupos como os BVs (Bonificações por Volume).

Mais do que as gordas verbas de publicidade, há muito mais em jogo. Grandes grupos econômicos não querem mudanças que reduzam os seus ganhos ilícitos e fáceis. Na política Renan Calheiros representa grupos dos investigados pelos escândalos de corrupção. O Objetivo deles é manter o Foro Privilegiado e acabar com operações como a da Lava Jato.

A suspeita sobre Flávio Bolsonaro é o desvio de parte de salários de funcionários, uma prática ilegal cometida pela maioria dos parlamentares no Brasil, desde vereadores senadores. Portanto, nada está provado até agora. Se ele errou, mesmo que seja um valor pequeno diante das centenas de bilhões roubados nos últimos anos, deve responder por isso.

O que está por trás desse jogo é a trama pela eleição de Renan Calheiros à Presidência do Senado, com o objetivo de enfraquecer e enquadrar o Governo Bolsonaro. Mudar o Brasil pra valer vai depender do Congresso Nacional. Rodrigo Maia, que tenta a reeleição na Câmara, se comprometeu com estas mudanças, mas para concretizá-los vai depender também do Senado.

Certo ou errado, Flávio foi o alvo perfeito para este momento de disputa de poder. Ele caiu como uma luva no meio do furacão. Mudar o Brasil não vai ser fácil, está em curso uma verdadeira guerra entre os velhos donos do poder e o novo governo.

 

*Jornalista e comentarista da Rádio Tupi Rio e Super Rádio São Paulo.


 

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