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Considerada a “Bélgica brasileira” por muitos apreciadores e especialistas em cerveja pela técnica e qualidade das suas bebidas, além da criatividade das receitas dos seus cervejeiros, Minas Gerais teve, em março passado, mais uma vez confirmada essa fama no I Concurso Brasileiro da Cerveja, realizado em paralelo ao festival promovido anualmente em Blumenau, Santa Catarina.

A Wäls Pilsen ficou com a medalha de ouro na categoria Pilsner Bohemian-Style, recebendo a maior pontuação entre todas as concorrentes, inclusive as de outros estilos, e por isso foi considerada “a Cerveja do Ano” por um júri de vinte especialistas nessa bebida, cinco deles internacionais. Entre os produtores, a paranaense Bodebrown acumulou 11 dos prêmios distribuídos no concurso e ficou com o título de “Cervejaria do Ano”.

No total, em teste às cegas, com base nos critérios de avaliação da Brewers Association, foram analisadas 215 amostras, divididas em 68 categorias e produzidas por 42 cervejarias de sete estados brasileiros. Uma das juradas, a jornalista e sommelier de cervejas Fabiana Arreguy destaca a “excelente organização técnica do evento e a dificuldade de selecionar as melhores bebidas concorrentes, considerando a qualidade alcançada pelo setor brasileiro de cervejas especiais”.

Tiago Carneiro, um dos proprietários da Wäls Cervejas Especiais, diz que “a receita da Wäls Pilsen é a tradicional desse estilo, mas o diferencial está na qualidade do malte alemão e do lúpulo tcheco utilizados e no processo de fabricação desenvolvido pela empresa, considerado por nós um ‘segredo industrial’. Foi surpresa uma pilsen ter se sobressaído às outras inscritas no concurso de Blumenau, por ser o estilo mais comum de cerveja.”

É exatamente por isso que a premiação da Wäls Pilsen deve ser muito valorizada, pois, a qualidade de uma representante desse estilo é determinada por detalhes bastante sutis, o que a faz, na verdade, ser uma das mais difíceis de obter o reconhecimento dos especialistas e apreciadores de cerveja em comparação, por exemplo, com uma India Pale Ale, Porter, Stout ou outras de sabor e aroma mais pronunciados. Quem começa a produzir cerveja, dificilmente o faz com a pilsen.

Todas as cervejarias mineiras participantes do concurso nacional de cervejas foram premiadas, recebendo as seguintes distinções (Cerveja, Estilo, Produtor):

 

Ouro

— Bravo (Wood And Barrel Aged Beer/Cervejaria Três Lobos)

— Falke Ouro Preto (German-Style Schwarzbier/Microcervejaria Falke Bier)

— Wäls Brut (Specialty Beer/Wäls Cervejas Especiais)

— Wäls Pilsen (Bohemian-Style Pilsner/Wäls Cervejas Especiais)

— Wäls Trippel (Belgian-Style Tripel/Wäls Cervejas Especiais)

 

Prata

— Backer Brown (Chocolate Beer/Cervejaria Três Lobos)

— Backer Pale Ale (English-Style Mild Ale/Cervejaria Três Lobos)

— Exterminador de Trigo (Herb And Spice Beer/Cervejaria Três Lobos)

— Vivre pour Vivre (Fruit Bier/Microcervejaria Falke Bier)

— Wäls Witte (Belgian-Style Witbier/Wäls Cervejas Especiais)

 

Bronze

— Capitão Senra (American-Style Amber Lager/Cervejaria Três Lobos)

— Saison De Caipira (French And Belgian-Style Saison/Wäls Cervejas Especiais)

— Wäls Quadruppel (Belgian-Style Dark Strong Ale, Wäls Cervejas Especiais)

 

 

Qualidade na bebida, atualização nas normas

Mesmo com a nítida evolução de qualidade das bebidas produzidas no Brasil, especialmente no segmento das especiais, o setor cervejeiro ainda carece de uma regulamentação que acompanhe a altura o seu nível de desenvolvimento.

Foi com essa finalidade que diversos produtores artesanais regulamentados, representantes das grandes cervejarias (AmBev, Brasil Kirin e Heineken), homebrewers, além de fornecedores de insumos e equipamentos para indústrias, participaram de um fórum de discussões organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

São, ainda, encontros iniciais para ouvir o pessoal cervejeiro e elaborar documento sugerindo alterações das regras vigentes. A partir daí, o MAPA analisará as propostas e as registrará em documento a ser submetido a uma consulta pública a partir da qual, caso aprovada e compatibilizada com as regras do Mercosul, se tornará lei. Mas isso é algo ainda para, no mínimo, cinco anos.

 

Uma boa pedida

Uma boa pedida é apreciar duas boas cervejas do mesmo estilo, comparando as suas características e percebendo como podem ser apreciados diferentes tipos de qualidade. Por exemplo, degustando a Wäls Pilsen, campeã brasileira, e a tradicional tcheca Pilsner Urquell, considerada a melhor do mundo na sua categoria.

Genericamente, como está no rótulo, a Wäls Pilsen é uma puro malte, com três tipos de lúpulos exóticos e fermento especial, aparência dourada, espuma aveludada e duradoura. Os aromas herbal e floral são bem marcantes e sentidos logo no princípio, agradando a quem gosta de uma bebida equilibrada, mas bem lupulada.

Segundo o cervejólogo e beer sommelier Rodrigo Lemos, as qualidades da Wäls Pilsen se devem à sua “boa base de maltes e muito aroma de lúpulo Saaz, resultado do processo de duplo dry hopping (*) empregado pelo fabricante. Já a Urquell, como em geral as cervejas tchecas do seu estilo, tem a característica de presença notável do malte pilsen no começo e amargor do lúpulo mais para o final”.

Um cerveja tipo pilsen quando consumida o mais próximo possível da data de sua fabricação, para não evitando a oxidação e caramelização excessivas, que afetam tanto o sabor quanto o aroma. Esses processos decorrem, em geral, de condições inadequadas de temperatura e transporte. Mas, vale conferir, pois tanto Wäls quanto Urquell proporcionam satisfação garantida.

 

 

 

 

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