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Inimá Rodrigues Souza

Foi-se o tempo em que o vinho português tinha como expressão máxima o meio-seco e ligeiramente espumante Mateus Rosé, que, nascido lá pelos idos de 1940, continua sendo a mais conhecida e vitoriosa marca do mercado vinícola mundial. E, também, naturalmente, pelos melhores vinhos fortificados do mundo, o Porto e o Madeira.

Com uma história vinícola milenar, que começou, provavelmente, com os Fenícios – no milênio I a.C. – e seguiu com gregos e romanos, Portugal – com os seus pouco mais de 92 mil quilômetros quadrados, possui uma das maiores áreas de vinhas do mundo, com mais de 220 mil hectares plantados.

Tendo sido o primeiro país do mundo a demarcar regiões vinícolas e a classificar as videiras, Portugal tem 14 regiões demarcadas: Douro, Alentejo, Dão, Bairrada, Tejo, Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Lisboa, Setúbal, Beira Interior, Algarve, Madeira, Távora e as ilhas de Açores.

Essa história foi escrita, predominantemente, pelos vinhos tintos, o que incluía o Vinho Verde, cuja produção, até próximo da década de 1970, era 90%, de tinto. O cultivo sistemático de cepas brancas mudou o vinho.

Todavia, uma revolução em sua viticultura teve origem na década de 1980, quando Portugal passa a produzir tintos de perfil internacional, fazendo destacar-se, principalmente, regiões como o Douro (antes só voltada para o Vinho do Porto), Alentejo, e na – diríamos, requalificação dos vinhos do Dão.

Para tanto, contribuiu a sua entrada na União Europeia, em 1986, o surgimento de novos mercados e expressivos subsídios, além de uma nova mentalidade na produção e na relação com o mercado.

Também não faltaria ao país um extraordinário elenco de variedades de uvas viníferas que ultrapassa a cifra de 300, sendo 250, exclusivas de lá, as chamadas uvas autóctones. Delas, alguns nomes, surgidos dos campesinos, são atestado dessa exclusividade. Por exemplo, Mulata, Esganação, Coração de Galo, Borrado das Moscas, Antão Vaz, Vinhão, Tinta Engomada, Fernão Pires, Pé Comprido, Dona Joaquina, Bastardo, Carão de Moça, Dedo de Dama, Dona Branca, Rabigato etc.

Com toda essa variedade, mais as “estrangeiras” (Chardonnay, Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon, Merlot), Portugal produz, aproximadamente, 600 milhões de litros de vinho, e consome a maior parte dessa produção, fazendo com que o seu consumo per capita seja um dos maiores do mundo.

A nova revolução vinícola do país, que teve início nos últimos anos, é a do vinho branco, e graças ao conjunto conhecimento e tecnologia, aplicados à enologia, vem sendo de surpreendente e inquestionável qualidade a produção desse vinho no país ibérico. Pode-se afirmar que o vinho branco português encontra-se em nível de destaque e reconhecimento internacional, e trazendo para o cenário vitícola mundial, especialmente, cepas até há pouco longe de apreciação ampla, geral e irrestrita, como a Encruzado, Loureiro, Arinto, Cercial, Bical, Viosinho, Gouveio e outras. A Alvarinho, já possui status de prima-donna.

Assim, hoje, a busca por um vinho branco inclui uma agradável e certeira caminhada pelos portugueses, ora pois.

FESTIVAL DO SUPER NOSSO

Tornou-se uma agenda obrigatória no calendário de eventos vinícolas de nossa capital. O seu crescimento é flagrante, em número de pessoas e na quantidade de rótulos, e o espaço Meet, que é amplo, começa a ficar pequeno. Certamente, o planejamento para o próximo levará em consideração a importância que o evento adquiriu no panorama vinícola, não só de Belo Horizonte. Que o seu crescimento seja constante.

SERRA DO CIPÓ

Aquele aprazível e disputado ponto turístico, dono de importante riqueza ambiental, terá em setembro, o seu festival de enologia e gastronomia. Antes programados para o Outono, ele será realizado na Primavera. Portanto, Primavera na Serra.

Tim, tim.

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