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Por: Raimundo Couto

 

Dependendo da aceitação Captur pode ser nacionalizado e fabricado no Paraná, em 2015

 

O segmento dos veículos utilitários esportivos, compactos, que tem na aparência o maior apelo, ganhou consistência no Brasil como em poucos países no mundo. Uma grande responsável por este feito é a Ford, que há uma década lançou o EcoSport, um jipinho com “pinta” de off-road, com posição de dirigir elevada e que caiu nas graças do consumidor, tornando-se uma coqueluche na marca do oval azul. E com o mercado crescendo, suas rivais não querem ficar de fora desta disputa e estão municiando de produtos esta seara. A General Motors prepara o Traxx e a Volkswagen o Taigun, mas enquanto os americanos e alemães ainda estão na fase de planejamento e sem nenhuma informação confirmada sobre quando estes novos carros chegam ao Brasil, a Renault saiu na frente, marcando, inclusive, data para chegada de seu Captur, o representante francês para tentar minar a hegemonia do Eco, que acaba de ser totalmente repaginado e vem demostrando, em números de vendas, que é longo e sustentado o futuro deste tipo de proposta. Segundo o fabricante, a previsão para o desembarque do Captur nas ruas brasileiras está agendada para o começo de 2014, com grandes chances para os que apostarem no mês de março como período mais provável. E esta previsão deve se confirmar porque a Renault não quer perder tempo.

 

Imagem é tudo

A montadora do losango tem direito a uma cota de importação de 9.600 unidades anuais usando as prerrogativas do programa Inovar-Auto, que prevê a dispensa do pagamento da sobretaxa de 30 pontos no IPI. Primeiramente importado e com previsão de ser nacionalizado em 2016, o Captur tem tudo para agradar ao consumidor brasileiro, aparência moderna, bom espaço interno, motor e câmbio da atual geração, onde estão presentes o “downsizing” (motores menores, porém potentes) e a transmissão de dupla embreagem, que permite trocas suaves e sem trancos. Nossa reportagem teve a oportunidade de experimentar a novidade francesa pelos arredores de Paris e pelas qualidades demonstradas neste primeiro contato, é possível afirmar com boa dose de convicção que havendo competitividade em preço com o grande rival EcoSport, o Captur vai dar trabalho ao atual “dono do pedaço”.

 

Elevar a imagem da Renault no Brasil

A chegada do Captur, ainda como um produto importado, por enquanto, significa muito mais que uma estratégia de marketing independente, onde o foco está na conquista de novos consumidores em um segmento ainda não explorado. Hoje, a gama Renault comercializada no Brasil e que tem DNA francês, se limita ao desatualizado compacto Clio e ao sedan médio Fluence, os demais, Logan, Sandero e Duster são modelos nascidos a partir de plataformas da Dacia, braço romeno da Renault. Por isto, o Captur chega para agregar valor à imagem da marca, que pode, com está ação, estar dando os primeiros passos para uma guinada onde em um futuro próximo os produtos vendidos por aqui sejam mais franceses (Renault) e menos romenos (Dacia).

 

Posicionamento

Dentro da estratégia da Renault, o Captur chega ao Brasil se posicionando acima do Duster, que tem seu preço máximo de venda, na alta gama de oferta do produto, com valor em torno dos R$ 65.000. Não pode, também, se isolar muito do que é pedido pela Ford para o EcoSport mais completo, por aqui desta forma perde o contexto da concorrência direta. A expectativa é que o jipinho francês desembarque aqui custando cerca de R$ 70.000 em sua versão de entrada. Aliás, como um importado, a variação de modelos deve se limitar mais às cores do que propriamente a pacotes de conteúdo. Em relação ao motor será oferecido a Renault faz mistério. Mas tem duas boas opções. A primeira deveria ser a mais racional, contudo, por enquanto, no Brasil, a ideia de um propulsor de baixa capacidade volumétrica poderá causar preconceito, ainda que infundado. Este motor tem 900 centímetros cúbicos de cilindrada, 90 cavalos de potência e torque de 13,8 kgfm a 2.500 rpm. Moderno, de 03 cilindros, está alinhado com que há der mais eficiente em economia e emissões. Porém, como dissemos, pode ser que esbarre em resistência quanto a tanto modernismo. A transmissão terá câmbio manual de cinco marchas. Outra opção e a mais provável é o propulsor de 1.2 litros, com 19,4 kgfm de torque, entregues aos 2 mil giros, com os tradicionais 04 cilindros e 120 cavalos utiliza câmbio automatizado de dupla embreagem EDC e seis marchas. Oferecido em três versões, Wave, Live e Energy, já no pacote de apresentação vem bem completo. Fora os tradicionais trio elétrico e ar-condicionado estão presentes o rádio com CD/USB/MP3, além de controle de estabilidade, controle de cruzeiro, airbags e luzes diurnas de led. A versão acima adiciona um sistema de som mais refinado, além de revestimento em couro do volante – que recebe controles do som. Na topo de gama há um sistema de infoentretenimento com tela de sete polegadas sensível ao toque, comando de voz, ar-condicionado digital, rodas de liga leve de 17 polegadas. Além disso, oferece a possibilidade de personalização, com apliques no teto e nas caixas dos retrovisores em cores diferentes do restante da carroceria. E se encaixa no conceito de SUV urbano, com muito mais atributos de conforto para a cidade do que capacidade para encarar terrenos com obstáculos que exigem atributos para o fora de estrada.

 

Para terminar

O Captur mede 4,12 metros de comprimento, 1,77 metros de largura e 1,67 de altura. A capacidade do porta-malas é de 455 litros. As diversas configurações do banco traseiro, no entanto, permitem uma ampliação para até 1.200 litros. Há a possibilidade ainda de reconfigurar o assento traseiro para gerar mais espaço para os ocupantes. Com auxílio de um ajuste de trilho para o banco, a área para as pernas ganha até 226 milímetros. A versão testada por Carro & Cia, em Paris e adjacências foi a topo da linha que custa 15.950 euros, o equivalente a R$ 42 mil. Se a primeira impressão é a que fica, voltamos com a certeza que o Captur vai dar trabalho ao carro da Ford. Entre as observações colhidas em um teste drive de cerca de 300 km, a posição de dirigir conquista o motorista antes da primeira acelerada. Boa ergonomia e sensação de segurança, sem contar o amplo espaço envidraçado, que possibilita visualizar todo o cenário. A precisão da direção também é uma sensação imediata e permite mudanças rápidas de traçado, com grande auxílio da suspensão dianteira. Dentro do Captur a sensação é de estar dentro de um sedã de segmentos superiores. A lembrança de que se trata de um utilitário vem apenas pelo olhar de cima para os outros carros no caminho. Com conforto viajam quatro adultos, ainda assim o cinto de três pontos e encosto de cabeça está a postos. Um espaço escondido sob o fundo falso do compartimento aumenta a capacidade de carga e o estepe é acoplado embaixo da carroceria. Central multimídia R-Link herdada do Clio oferece excelente visualização e facilita o controle da vida a bordo. Sistema Star Stop, que desliga o motor nas paradas e aciona novamente assim que o freio de pé é acionado e porta-luvas com uma bem bolada abertura que lembra uma gaveta mostram diferencias que o francesinho é, além de prático, moderno e funcional, também bastante descolado.

 

 

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