Sergio Rogerio de Castro
Sergio Rogerio de Castro
Sergio Rogerio de Castro

Existirá um só candidato representando o pensamento do equilíbrio entre as convicções fugazes, apaixonadas, da direita e da esquerda? É a vontade de muitos, arriscaria até a dizer que da maioria dos eleitores brasileiros. Quem torce pelo surgimento de um bom candidato de centro, que reúna todas as forças políticas à exceção das extremas direita e esquerda? A maioria dos eleitores brasileiros, acredito! Mas por quê? Pergunta infantil, mas precisa ser escrita, falada, divulgada, comunicada urgentemente antes que esta opção deixe de existir pelo aparecimento de inúmeras candidaturas. Muitos candidatos, representando um mesmo conjunto de crenças e de planejamento, costumam explicar facilmente a vitória do egoísmo, da arrogância e da vaidade, as derrotas de maiorias divididas. Infelizmente já vi este filme várias vezes, em todo tipo de pleito para o Executivo: prefeito, governador, presidente da república. Não gostaria de ver em 2022.

Estou preocupado com a próxima eleição para a Presidência da República. Não interessa ao país uma divisão entre extremistas de direita e de esquerda. A polarização gera calor, divisão, balbúrdia, atraso ou desenvolvimento tímido, desemprego, pobreza e muitas outras consequências indesejáveis. Precisamos de luz, união, cooperação, otimismo do povo, geração de empregos e de distribuição de riquezas.

Temos até boas opções colocadas de um bom candidato das forças políticas de centro. Pessoalmente tenho minhas preferências, mas o importante mesmo é que haja um só candidato, que reúna todos os que rejeitam os extremistas e a divisão do país. Este é o primeiro passo do roteiro da vitória.

Será que vamos conseguir? É muito difícil, bem sei, mas vale a pena tentarmos. É muito desejável, inteligente, necessário, melhor para o Brasil e para todos os brasileiros. Por quê não direcionarmos todos os nossos esforços para convencer outros eleitores dessa nossa crença? Por quê não conversarmos com nossa família, com nossos amigos, com nossos colegas de trabalho, com nossos companheiros de associações e conhecidos políticos sobre essa nossa preocupação? Por quê não ventilarmos mais incisivamente os nomes que entendemos poder representar essa união das forças políticas moderadas, com possibilidades boas de sucesso eleitoral? Por quê não nos valermos da nossa capacidade de influenciar pessoas para conseguirmos mais votos para essa opção de um só candidato de centro, equilibrado, que declare explicitamente sua intenção de não se reeleger?

Trata-se de um sonho? Não, não se trata de um sonho! É algo factível, plausível. Basta que os egos e as vaidades sejam controladas e que o amor pela pátria seja maior do que o orgulho envolvido na disputa para ocupar o cargo mais importante da República, exibir, vaidoso, a imponente e bonita faixa presidencial brasileira.

*Engenheiro, empreendedor, conselheiro da Escola de Associativismo; Ex-Senador pelo Espírito Santo e ex-Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo.

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