Brasil – Série de relatórios analisa os desdobramentos da disputa presidencial dos Estados Unidos

O resultado das eleições presidenciais da maior potência mundial definirá não apenas os rumos internos dos Estados Unidos, mas influenciará de maneira determinante os contornos políticos e econômicos do mundo nos próximos anos.

Quatro meses antes da pandemia, as narrativas de ambas as partes – Donald Trump e Joe Biden – pareciam claras, mas a crise da COVID-19 colocou um desafio extra aos líderes políticos. Hoje, o cenário é incerto. Com tantas variáveis em jogo, pode ser difícil acompanhar os desdobramentos das eleições nos Estados Unidos. Frente a esse cenário, a Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil) está lançando uma série de relatórios analisando a evolução da disputa presidencial americana, em parceria com a Prospectiva Consultoria.

Com interesse especial sobre os efeitos para as relações bilaterais com o Brasil e para as empresas sediadas no país, serão ao total 4 edições do relatório até novembro deste ano, avaliando questões como política comercial, investimentos, cooperação internacional, agronegócio e energias. Na primeira edição, o foco do relatório é o processo de eleição norte-americano, os eventos-chave do pleito e as visões dos candidatos para o comércio internacional e política externo. O download para edição é gratuito e pode ser realizada através deste link.

RELAÇÕES COMERCIAIS BRASIL-ESTADOS UNIDOS

Uma das primeiras conclusões da primeira edição do relatório é que a reeleição de Trump pode favorecer o fechamento de um acordo entre Brasil e Estados Unidos que seja mais amplo. “A vitória de Trump representaria uma continuidade da agenda de aproximação já em curso”, diz Abrão Neto, vice-presidente executivo da Amcham, citando as negociações de simplificação de comércio e de normas regulatórias que vem ocorrendo em entrevista à CNN. Outro fator citado por Neto é a proximidade de Trump com o presidente Jair Bolsonaro, o que também facilitaria o processo.

Uma agenda bilateral mais ambiciosa é um dos objetivos de atuação da Amcham Brasil, entidade que representa mais de 5.000 empresas brasileiras e americanas, que juntas respondem por cerca de 1/3 do PIB brasileiro. “Apesar do crescente intercâmbio comercial e de investimentos entre Brasil e Estados Unidos, e dos esforços de aproximação entre seus governos, a relação econômico-comercial ainda está longe do patamar esperado e possível para as duas maiores economias das Américas. Existe, portanto, um vasto mundo de oportunidades a ser explorado”, avalia a CEO da entidade, Deborah Vieitas. Entre essas possibilidades, a Amcham defende um acordo de livre comércio, acordo de investimento, facilitação de comércio, cooperação regulatória, entre outros.

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