Amin Toufani, reconhecido mundialmente como uma das maiores autoridades em Economia Exponencial fechou a programação da 1ª edição do SingularityU Exponential Finance Brazil na tarde de quarta-feira no WTC Golden Hall, em São Paulo. O estudioso apresentou princípios de como viver de maneira exponencial no atual cenário socioeconômico.
Chairman das áreas de finanças e economia da Singularity University, fundador e CEO do estúdio T Labs, Toufani discorreu durante os dois dias do evento sobre tendências inevitáveis e catalisadores que causarão mudanças estruturais na economia e na maneira como vivemos. A transformação digital está influenciando a vida e a forma de fazer negócios. “A próxima década será a que chamamos de a grande bifurcação, com dois grupos de pessoas: as que pensarão de maneira exponencial e as que ficarão para trás”, alertou.
Outro especialista de renome que compartilhou seu conhecimento com o público foi o austríaco Wolfgang Fengler. Apontado pela revista alemã Der Spiegel como um dos mais virtuosos pensadores de Big Data do mercado europeu, ele garantiu que “há mais dados do que grãos de areia no mundo” e ressaltou “dados são fundamentais para entender como estamos agora e que rumo vamos tomar no futuro”.
O economista-chefe de finanças, competitividade e inovação do Banco Mundial para a Europa e Ásia Central defendeu que o grande desafio, no entanto, é conectar as novas tecnologias às necessidades das empresas e pessoas. Num paralelo com o petróleo, afirmou que os dados só terão valor se extraídos, processados e distribuídos. Para ele, “através dos dados, todo espaço será democratizado”.
Sistemas descentralizados
Um dos destaques do dia, Samantha Radocchia, co-fundadora e diretora da startup Chronicled, especializada em soluções de Blockchain para cadeias logísticas, enriqueceu a programação com suas visões sobre o Open Banking e Banking 4.0.
Radocchia defende que a revolução do Blockchain terá como pilar a descentralização operacional de diferentes cadeias de negócio, sendo o mercado financeiro uma delas. “O futuro do banco é aberto”. E IoT, Big Data, Machine Learning e Robótica serão indispensáveis para que a inovação alcance impacto exponencial. Para a futurista, “em um mundo voltado a grandes volumes de dados, dois fatores serão essenciais para conquistar e garantir a confiança dos usuários: segurança e privacidade”.
João André Calvino, chefe do departamento de regulação do sistema financeiro do Banco Central do Brasil, seguiu a temática falando sobre a regulamentação no setor financeiro, inevitável frente às mudanças determinadas pela tecnologia e inovação. “O que está acontecendo no mercado financeiro é um reflexo do que vem acontecendo com a sociedade, com a informação como ativo mais relevante em todos os processos”.
Temas Variados
Na agenda do dia, um painel sobre as novas fronteiras das tecnologias de pagamento foi mediado por Guilherme Horn, empreendedor serial e um dos fundadores da corretora Ágora. A discussão contou com ricas contribuições de Paula Paschoal, diretora geral do PayPal Brasil, Paulo Cesar Nascimento, gerente sênior de Samsung Pay, Stelleo Tolda, CEO do Mercado Livre, e Fábio Coelho, presidente do Google Brasil e vice-presidente do Google Inc. Para Fábio, “o dinheiro da forma como conhecemos não vai durar muito”.
Em conversa com a jornalista Sandra Boccia, Rodrigo Dantas, fundador da Vindi, startup brasileira especializada em soluções de pagamentos digitais e cobranças recorrentes, abordou a revolução do mercado de pagamento e contou sobre sua experiência no comando da empresa. Em sua apresentação, defendeu que “mais importante que dinheiro é a margem de negócio”.
A inclusão financeira também esteve na pauta e foi o foco da palestra de Renato Meirelles, presidente do Locomotiva Instituto de Pesquisa. Meirelles fez considerações contundentes: “é impossível falar de inclusão sem falar de desigualdade. No Brasil, só existe inclusão porque o País ainda é muito desigual”. O painel ‘Inclusão Financeira com Impacto Social’, moderado por Daniel Izzo, sócio, cofundador e CEO da Vox Capital, deu continuidade ao tema, reunindo os especialistas Monica Saccarelli, CEO da Diin, e Alexander Albuquerque, cofundador do Banco Maré, que comentaram sobre como estão desenvolvendo soluções para incluir pessoas de baixa renda a serviços financeiros.
Cristiano Oliveira, fundador da startup Olivia, falou sobre os pilares para construir o futuro baseado na nova geração de serviços financeiros e o impacto da inteligência artificial no segmento. ”A inteligência artificial é uma tecnologia que nos auxilia a tomar a decisão com poucos dados, porque somos muito ruins em tomar decisão com muitos dados”, argumentou.
Para Reynaldo Gama, CEO da HSM, o saldo não poderia ter sido mais positivo. “Tivemos o prazer de capitanear esse grande evento, ressaltando o papel da Singularity University como referência mundial no estudo de tecnologias exponenciais. É uma grande realização poder contribuir com a disseminação do conhecimento em uma agenda tão rica”.
Sobre a SingularityU Brazil
SingularityU Brazil é uma parceria estratégica entre a HSM e a Singularity University (SU) para entregar versões locais dos programas transformadores da SU para empresários e executivos brasileiros. Localizada em São Paulo, a SingularityU Brazil pretende ajudar as corporações brasileiras e líderes a entender melhor o impacto de tecnologias exponenciais, antecipar tendências e prepará-los para agir. Através de modelos e ferramentas de estratégia, liderança e inovação, a SingularityU Brazil ajudará as empresas a se reinventarem para navegar melhor pelo futuro. Os programas entregarão conteúdo valioso em áreas como inteligência artificial, robótica, biologia digital, medicina, neurociência, fabricação digital, nanotecnologia, redes & sistemas de computação (incluindo computação quântica), realidade virtual e blockchain.
Sobre a HSM
Empresa de experiências educacionais transformadoras e conteúdo de excelência em gestão, organizada como uma plataforma que potencializa a conexão de pessoas e organizações. Para outras informações, acesse www.hsm.com.br
