Sérgio Frade

Presidente da Solutions Gestão de Seguros

O ano de 2020 marcou profundamente o mercado segurador brasileiro e segue em 2021 com a perspectiva de presença significativa na vida das pessoas e da atividade econômica empresarial.
De fato, podemos considerar que a pandemia está mudando a percepção dos consumidores de seguro. Além de proteger grande quantidade de ativos e vidas no país e participar de todos os setores da economia nacional, a indústria de seguros ajuda a gerenciar riscos, mobiliza poupança e, sobretudo, facilita investimentos estratégicos. Entre setembro de 2019 e de 2020, os prêmios de seguro alcançaram a cifra de R$ 271,3 bilhões, representando um aumento de 3,4% em relação ao período anterior, informou a edição de 15/12 do jornal Valor Econômico, com base em números fornecidos pela CNseg, sem considerar os produtos de saúde e o DPVAT.
Marcou profundamente, como colocado anteriormente, pela sua capacidade de rapidamente ser mobilizado para manter todas as operações de atendimento às demandas de coberturas e recomposição de perdas seguradoras ininterruptos.
Seguradoras, resseguradoras, corretores de seguros, reguladores de sinistros e orgãos reguladores atuaram em perfeita harmonia, condição primordial para atender aos segurados, consumidores de coberturas e serviços securitários. Todos os planos de contingência das seguradoras funcionaram, principalmente o teletrabalho e as plataformas digitais.
Não podemos deixar de ressaltar a importância da atividade de seguro na vida das pessoas, das empresas e na economia. O Mercado de seguros fornece uma escala de produtos e serviços, que tem implicações para o cotidiano das pessoas, das empresas e da economia.
Assistimos ao longo do ano, o crescimento da procura por assistência médica decorrente da contaminação pelo coronavírus. As seguradoras que oferecem o SEGURO SAÚDE atenderam a todos os procedimentos previstos em seus contratos, fornecendo toda as gama de consultas presenciais e de forma (inédita) virtual, exames, diagnósticos e internações possibilitando a recuperação de milhares de pacientes fora da rede pública.
Ainda no campo da assistência médico-hospitalar, destaca-se o SEGURO DE VIAGEM oferecendo cobertura para os brasileiros que se encontram no exterior.
O seguro de FIANÇA LOCATÍCIA amparou os locadores de imóveis frente à inadimplência forçada dos locatários com a redução da atividade econômica e perda de empregos. Igualmente, o SEGURO GARANTIA amparou o descumprimento das obrigações contratuais objeto dos contratos de seguro.
De forma especial, cabe destacar a importância do SEGURO DE VIDA. Neste segmento de seguro, o mercado segurador foi exemplar. Além da proteção individual, o seguro de vida tem como objetivo proteger um patrimônio e a família, em caso de uma ausência. Protege também o segurado em vida, com coberturas que ele pode usufruir, por exemplo, numa situação de tratamento de doenças graves, internação hospitalar ou acidentes que causem invalidez (total ou parcial).
Em situações de pandemia, como o Covid-19, os contratos de seguros excluem a cobertura de riscos nestas condições. Dessa forma, os contratos de seguro de vida não cobriam mortes em casos de pandemia. A maioria das seguradoras mudou essa decisão, anunciando o pagamento de sinistros decorrentes do novo coronavírus, flexibilizando possíveis restrições previstas em contrato. O setor mostrou resiliência em cobrir as mortes decorrentes da Covid e amparar os beneficiários.
De concreto temos que a pandemia trouxe mais reflexões e consciência não só sobre a importância dos cuidados com a saúde, mas também sobre a necessidade da proteção do seguro.

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