Olavo Romano
Já faz um tempo que a Renault pretende vender o Captur no Brasil, mas o modelo seria importado da França e teria uma limitação de unidades de acordo com a regra do programa Inovar-Auto. E foi justamente este o empecilho para que a vida do Captur não iniciasse mais cedo no Brasil. A restrição imposta pela cota da montadora desmotivou os executivos franceses de trazerem o S.U.V. Em princípio a ideia era mostrar o carro e ver as potencialidades no mercado brasileiro, para depois, aí sim, viabilizar a produção no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, no Paraná.
Iniciar a produção de um novo produto é algo complexo que demanda, além de investimento, tempo. E mesmo com as clinicas favoráveis pela aprovação do modelo, a Renault recuou e optou por aguardar a hora certa. Pareceu ser arriscado importar pequeno volume e acabar “queimando” a imagem do esportivo utilitário. Ainda que pese o fato do evidente crescimento pela procura deste tipo de veículo pelo consumidor brasileiro, o melhor foi mesmo recuar e aguardar para produzir e comercializar o Captur sem nenhum impedimento de volume. E chegou a hora. No dia 14 de março, em São Paulo, um grande evento marcou a chegada do Captur ao Brasil, que desembarca por aqui nas versões Zen, com motor 1.6 de 120 cavalos, câmbio manual e Intense, 2.0, 148 cavalos e câmbio automático. Os preços vão de tanto a tanto.
APOSTA ALTA É NO DESIGN
Desde que teve início a industrialização de automóveis no Brasil nenhum segmento experimentou tanto crescimento, em tão pouco tempo, como o que estamos convivendo hoje, assistindo com a proliferação de ofertas dos SUVs. Praticamente todos os fabricantes estão já na disputa, uns com maior ou com menor representatividade, mas a grande maioria está no jogo e a Renault não ficariam de fora. É grande a aposta no Captur como um dos representantes nesta seara, o outro será o Koleos, um S.U.V grande e luxuoso que fica mais para o fim do ano.
Fugir das linhas convencionais ou mais tradicionais que alguns de seus concorrentes, principalmente os japoneses e coreanos, apresentam é parte da estratégia francesa. Tanto que a Renault destaca, além da maior altura do solo e posição mais elevada entre seus pares, o design de seu modelo com grande ênfase. A assinatura do projeto é do Technocentre da Renault, na França, em parceria com o Renault Design América Latina (RDAL), que está localizado em São Paulo. Assim como no primo Kicks, da Nissan, também no Captur o teto pode ser de uma cor diferente do restante do veículo. Para o desenvolvimento das novas suspensões, carroceria e arquitetura eletrônica, o novo modelo rodou um milhão de quilômetros apenas no Brasil.
Curiosamente, na Rússia, este modelo é grifado com K, na letra inicial, herança da Dacia, romena, que pertence a Renault. Na Europa um outro Captur, de dimensões pouco menores, mas com C, produzido na Espanha e se baseia no atual Clio europeu.
MARCA REGISTRADA
O S.U.V da Renault adota a nova identidade visual da marca e traz o grande logotipo da Renault sobre a grade frontal. Na frente luzes diurnas em LED, no formato de “C” ao redor dos faróis de neblina. Os faróis se estendem pelo capô, com dois vincos bem marcados e seu estilo, como dito acima, o diferencia de muitos de seus concorrentes. Atrás também destaque para lanternas em LED, ponteira do escapamento cromada e um friso cromado abaixo do porta-malas que percorre quase toda a extensão do para-choque. Na lateral, um grafismo cromado na parte inferior das portas, acompanhando a linha de cintura elevada. As rodas de 17’’ estão disponíveis em dois desenhos. Um novo quadro de instrumentos faz estreia no modelo nacional e associa o velocímetro digital com os displays em formato de meia-lua. Logo acima o computador de bordo.
De acordo com a versão o interior pode ter o acabamento em dois diferentes tons. Um diferencial do Captur é a possibilidade de personalização da pintura. São oferecidas 13 combinações de cores, incluindo 9 combinações em biton. O teto pode ser preto ou marfim. A carroceria pode ser preta, branca, marrom, laranja, marfim, vermelha, prata ou cinza.
DIMENSÕES
Se tamanho é documento as medidas do novo francês não desapontam. Em cumprimento ele mede 4,33m e seu entre-eixo é de 2,67m, segundo a Renault estes são os maiores do segmento onde está inserido. Além disso, como dito acima, a posição de direção (ponto H) é a mais elevada entre os SUVs concorrentes. Com 427 litros de capacidade o porta-malas segue a mesma tática e também representa o de maior volume, assim como os ângulos de entrada, com 23º e o de saída, com 31º. Exigência cada vez mais consolidada do consumidor, a conectividade hoje é um ponto que chega ate a decidir pela compra e deum em detrimento a outro veículo, por este oferecer mais neste quesito.
CONECTIVIDADE
As duas versões do Captur oferecem o Media Nav, que, de simples navegação e de forma intuitiva, com no máximo 4 cliques, permite o acesso e a configuração da central multimídia, através da tela touchscreen de 7”, que possui: GPS integrado, Bluetooth®, câmera de ré, eco-scoring e eco-coaching. Todas estas funções podem ser controladas no volante, através do comando satélite.Também no Captur é utilizado o cartão para poder acionar a ignição. Toda a gama inclui de série o controle de velocidade de cruzeiro (cruise control), que atua conjuntamente com o limitador de velocidade. Sensor crepuscular que capta a luminosidade do ambiente e acende as luzes automaticamente, sensor de chuva que ativa o limpador de para-brisas, direção eletro-hidráulica com esforço variável de acordo com a velocidade, retrovisores laterais rebatíveis eletricamente, são itens de conveniência presentes no Captur.
TRAÇÃO E ESTABILIDADE
De série em ambas as versões o controle eletrônico de estabilidade (ESP), que corrige movimentos que podem fazer o veículo sair da trajetória normal. Há ainda o controle eletrônico de tração (ASR), para maior aderência em diferentes tipos de superfícies. O SUV oferece quatro airbags de série (dois frontais e dois laterais). Sistema de fixação ISOFIX para duas cadeirinhas infantis no banco traseiro garante a segurança no transporte de crianças. A assistência para arrancadas em ladeiras é acionada quando o carro se encontra em uma inclinação superior a 3°.
Este sistema freia o carro por até 2 segundos. Novidade entre os itens de segurança, as luzes de conversão chamadas de Cornering Lights são integradas aos faróis de neblina dianteiros. Estas são acionadas automaticamente ao girar o volante, permitindo melhor visibilidade em áreas de menor luminosidade e fazendo com que as manobras de estacionamento e esterçamento sejam mais seguras durante a noite. Também câmera de ré e os sensores de estacionamento traseiros fazem parte do pacote do segurança.
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