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*Por João Miranda
 
A partir de uma série de iniciativas do setor financeiro e da própria autoridade monetária brasileira, 2018 foi o ano em que o segmento de meios de pagamento avançou de maneira significativa. Com uma série de aberturas de capital de empresas do setor e medidas estratégicas promovidas pelo Banco Central, com foco em desregulamentar a entrada de novos players, é esperado que o ano de 2019 consolide os ganhos com o surgimento de novas soluções.
 
Resultado disso foi a própria evolução das fintechs, empresas especializadas em tecnologia para o setor financeira. Do universo total desse perfil de empresas contabilizadas no País (404), 26% atuam no mercado de meios de pagamentos, segundo levantamento feito pelo Radar Fintechlab. Duas delas deram o que falar, especialmente por trazer à tona o poder que elas podem ter em comparação com os tradicionais players do setor.
O PagSeguro e a Stone, que disputam mercado de maquininhas de cartão com as gigantes Cielo e Rede, realizaram em 2018 suas ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no mercado norte-americano, levando a um movimento de empresas brasileiras de tecnologia em abrir capital fora do Brasil. O PagSeguro arrecadou na sua oferta um total de US$ 2,6 bilhões, levando na oportunidade o seu valor a registrar cerca de US$ 9 bilhões. A Stone, por sua vez, captou US$ 1,5 bilhão.
 
É nessa toada que muitas empresas de tecnologia financeira devem buscar seus espaços de atuação. O mercado está cada vez mais competitivo. As fintechs estão gerando muito interesse de investidores, e elas estão mais capitalizadas. Esse movimento, junto com iniciativas do Banco Central, geram um mercado mais justo e com maior competição. 
Uma série de discussões estão sendo realizadas pela autoridade monetária com o objetivo de fortalecer o ambiente de inovação oferecidas por essas fintechs. A partir de uma iniciativa conhecida como Agenda BC+, o órgão vem estipulando um conjunto de medidas para aumentar a eficiência do sistema financeiro. O então presidente da instituição, Ilan Goldfajn, afirmou no início de dezembro que há uma fila de fintechs interessadas em pedir autorização para operar no Brasil.
 
A visão de empreendedores é que a centralização de soluções em torno de poucos players empobrece a qualidade de ofertas dentro desse meio. " qualidade do serviço prestado ainda está muito aquém do que poderia ser. Ainda é pouco tecnológico, muito caro e muito burocrático. A descentralização ajuda a resolver essa questão em diversas camadas e relacionamentos diferentes. Antes enxergávamos a descentralização como a abertura das bandeiras para novas adquirentes. Hoje, já temos pessoas fazendo transação financeira sem um banco e realizando empréstimo sem a necessidade de um intermediador.
 
Esse é um outro ponto que está reforçando a atuação das fintechs: a forma como os próprios consumidores enxergam a relação com instituições tradicionais. Uma pesquisa realizada pelo Google, com 800 consumidores online de serviços financeiros, mostrou que 46% dos usuários ainda usam instituições financeiras tradicionais como principal provedor, mas a diferença de satisfação quando comparado com serviços promovidos por fintechs. Segundo o levantamento, 71% dos clientes das fintechs dizem estar satisfeitos, contra 42% dos clientes das instituições financeiras tradicionais.
 
O momento de prova das fintechs diante dos usuários já passou. Agora é esperado que haja uma consolidação por parte dessas novas companhias. É o ponto de educação como em toda tecnologia. Passamos por uma primeira onda, em que as fintechs brigavam pelos seus primeiros usuários – aqueles que estavam mais dispostos a arriscar. Hoje, uma grande parte das pessoas já não têm mais medo de usar um serviço novo, uma vez que esses lhes trazem vantagens tangíveis que o método tradicional não traria.
 
*João Miranda é empreendedor e fundador da fintech Hash, especializada em infraestrutura e tecnologia focada em meios de pagamento
 
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