Assim que a China identificou o cenário de pandemia que cercava o país, o governo chinês tomou diversas decisões restritivas para conter o avanço do vírus internamente e em território internacional. Embora o cenário ainda seja delicado, a experiência inicial dos efeitos desse novo vírus em outros países como a China e as decisões tomadas para mitigar o crescimento da pandemia foram úteis para nutrir as determinações que os países da América do Sul seguiram ou ainda seguirão diante deste evento histórico. Esse é a avaliação do sócio responsável pela prática chinesa da KPMG no Brasil e América do Sul, Davi Wu.

Segundo ele, por se tratar de um país caracterizado por um histórico de guerras e escassez em um passado não muito distante, a China sempre esteve preparada com planos de contingência.

“Rapidamente as autoridades identificaram o epicentro do surto e fecharam as fronteiras e acessos, estipulando uma quarentena total. Políticas nacionais de incentivo ou até mesmo isenção fiscal foram aprovadas com efeito imediato, visando auxiliar empresas diretamente afetadas pelo vírus e também aquelas que fornecem insumos para mitigar e combater a doença. Nesse momento de crise, o governo, a população e a comunidade de empresários da China impressionaram o mundo com a rapidez, disciplina, cooperação e otimismo, sem precedentes, com os quais estão lidando com a pandemia do novo coronavírus”, afirma.

Já na América do Sul, de acordo com o sócio, embora os efeitos do surto da Covid-19 tenham ocorrido um pouco mais tarde, a maioria dos países implementou uma série de precauções necessárias para retardar o avanço do vírus.

“Muitos países da região estão seguindo as orientações de especialistas para diminuir a curva de contágio, especialmente, com a implementação de quarentenas obrigatórias e isolamento social preventivo. Da mesma forma, para mitigar o impacto da interrupção na atividade econômica como resultado dessas medidas, os países estão buscando maneiras de aliviar a situação das empresas, principalmente, as pequenas e médias, por meio de alternativas econômicas que variam entre isenções fiscais, créditos brutos e até assistência financeira para cobrir salários”, analisa.

“Os impactos ou efeitos dessa pandemia ainda devem ser replicados pelos próximos meses, afetando decisões e alterando estratégias que, até então, eram os pilares para o desenvolvimento de diversas empresas. Ainda não se sabe exatamente o que mais irá mudar nessa crise, mas sabe-se que o mundo não será o mesmo novamente e que cada nova experiência será necessariamente um novo aprendizado para o futuro”, conclui Davi Wu.

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