Ranking de Competitividade dos Estados em 2022 revela Minas Gerais na 8ª posição nacional
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Ranking de Competitividade dos Estados em 2022 revela Minas Gerais na 8ª posição nacional

Minas Gerais manteve o 8ª lugar no Ranking de Competitividade dos Estados, apesar de ser a 3ª maior economia nacional

O Centro de Liderança Pública (CLP) divulgou no dia 13 de setembro último a 11ª edição do Ranking de Competitividade dos Estados, estudo realizado em parceria com a Tendências Consultoria e a Startup Seall, anualmente, a partir de dados oficiais.

Na décima-primeira edição consecutiva do Ranking de Competitividade dos Estados Municípios, a avaliação das 27 unidades federativas está baseada em 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

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De acordo com o Centro de Liderança Pública – CLP, “em um ambiente onde existe a competição saudável entre pessoas, equipes e organizações, é natural que ocorram maiores incentivos para a excelência de resultados, bem como para a inovação em instrumentos e métodos que possibilitem a superação de desafios.

O setor privado é uma esfera social competitiva por natureza. Já o setor público seria, para alguns, um ambiente não competitivo. Sob essa perspectiva, justamente por não ser regido por leis de mercado, o setor público deveria ser guiado por critérios como justiça e equidade, princípios que não são objetos-fins do setor privado. Aliás, estaria aí justamente uma das principais justificativas para a atuação estatal: sendo o mercado orientado muito mais para objetivos individuais, em detrimento de objetivos coletivos, ocorreriam as chamadas “falhas de mercado”, que seriam corrigidas pela ação do Estado.

O Ranking de Competitividade dos Estados surge a partir de uma visão diferente: a competição saudável no setor público, além de possível, é desejável. A competição no setor público é um elemento complementar à promoção da justiça, equidade e desenvolvimento econômico e social.

O elemento competitivo é compatível com a ideia de uma república federativa como a brasileira. A competição saudável faz com que Estados e Municípios busquem melhorar seus serviços públicos, atraindo empresas, trabalhadores e estudantes para ali viverem e se desenvolverem social e economicamente.

Como mostra a literatura especializada, ao possibilitar uma comparação direta, entre as unidades da federação, de uma série de atributos econômicos e sociais que são comumente de difícil mensuração e avaliação, sistemas de ranking proporcionam aos cidadãos uma eficiente ferramenta de avaliação e cobrança de resultados dos gestores públicos. Desse modo, os rankings têm potencial para operar como um poderoso sistema de incentivo e de enforcement aos agentes públicos. Também funcionam como um mecanismo de accountability e promoção das melhores práticas na gestão pública.

Em suma, sistemas de rankings possuem grande potencial para alavancar a eficácia e a eficiência das políticas públicas, fornecendo um mapeamento dos fatores de competitividade e de fragilidade das políticas públicas em cada Estado.

O Ranking de Competitividade dos Estados tem como objetivo principal alcançar um entendimento mais profundo e abrangente das 27 unidades da federação, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva para pautar a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública dos seus Estados.

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Ao mesmo tempo, o Ranking de Competitividade dos Estados pode representar também uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os Estados, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.

Para definir a estrutura, composição e a metodologia de cálculo do Ranking de Competitividade dos Estados, foi empreendido um amplo estudo da literatura acadêmica especializada, bem como da experiência nacional e internacional na confecção de rankings de competitividade.

Como resultado final, foram selecionados os indicadores considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos Estados brasileiros, distribuídos em 10 pilares temáticos: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação”.

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Os Estados mais bem posicionados no Ranking de Competitividade dos Estados de 2022 estão reportados na figura acima.

Assim como nas demais edições, São Paulo segue na primeira colocação e Santa Catarina, na segunda. Nesta edição, houve troca de posição entre os terceiro e quarto colocados, com o Paraná atingindo a 3ª colocação e o Distrito Federal recuando para a 4ª.

Enquanto os Estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste concentram-se na metade superior do Ranking, os do Norte e Nordeste ocupam as últimas posições. Nesta edição, a Paraíba tornou-se o representante do Nordeste mais bem colocado (12ª posição), ultrapassando o Ceará (13ª posição), e o estado do Amazonas (16ª posição) seguiu na liderança da região Norte.

Os três últimos colocados do Ranking de Competitividade dos Estados de 2022 foram Amapá, Maranhão e Piauí.

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DESTAQUES DE 2022

Nesta edição do Ranking de Competitividade dos Estados, merecem destaque positivo Rio de Janeiro e Roraima, por terem sido os que mais ganharam posições em relação à edição de 2021.

O Rio de Janeiro ganhou 6 posições no Ranking Geral, passando da 17ª para 11ª colocação. O Estado subiu 9 posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública, 6 posições no pilar de Segurança Pública, 3 posições no de Solidez Fiscal, e 1 posição no de Sustentabilidade Ambiental.

No pilar de Eficiência da Máquina Pública, o RJ subiu 9 posições, passando da 14ª para 5ª colocação, com melhoras relativas nos indicadores de Qualidade da Informação Contábil e Fiscal (+11 posições), Eficiência do Judiciário (+7), Oferta de Serviços Públicos Digitais (+6), e Equilíbrio de Gênero no Emprego Público Estadual (+5). No pilar de Segurança Pública, o Estado subiu 6 posições em relação à edição de 2021, passando da 26ª para 20ª colocação, com destaque para o desempenho no indicador de Presos sem Condenação (+7 posições). No pilar de Solidez Fiscal, o Rio de Janeiro subiu 3 posições, passando da última para 24ª colocação, com melhora relativa nos indicadores de Resultado Primário (+19 posições), Poupança Corrente (+18), Gasto com Pessoal (+10) e Índice de Liquidez (+6).

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Já o estado de Roraima ganhou 5 posições no Ranking Geral, passando da última para a 22ª colocação. O Estado subiu 13 posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental, 7 posições no pilar de Capital Humano, 4 posições no de Infraestrutura, 2 posições no de Inovação e 1 posição no de Eficiência da Máquina Pública.

No pilar de Sustentabilidade Ambiental, RR subiu 13 posições, passando da 25ª para 12ª colocação, com melhoras relativas nos indicadores de Emissões de CO2 (+24 posições) e Destinação do Lixo (+11). No pilar de Capital Humano, o Estado subiu 7 posições em relação à edição de 2021, passando da 10ª para 3ª colocação, com destaque para o desempenho no indicador de Custo de Mão de Obra (+4 posições). No pilar de Infraestrutura, Roraima subiu 4 posições, passando da 23ª para 19ª colocação, com melhora relativa nos indicadores de Backhaul de Fibra Óptica (+12 posições), Custo da Energia Elétrica (+9) e Custo de Combustíveis (+3).

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MINAS GERAIS COLOCAÇÃO GERAL NO BRASIL – 2022* 8º lugar

Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados- 8ª posic?a?o, a mesma do ano anterior
Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados- 8ª posic?a?o, a mesma do ano anterior

*Manteve a posição em relação a 2021

Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior

O posicionamento de Minas Gerais melhorou em educação, infraestrutura, potencial de mercado e capital humano, mas piorou em sustentabilidade ambiental, segurança pública e solidez fiscal

Minas Gerais tem, hoje, o terceiro maior Produto Interno Bruto (PIB) do país, atrás apenas de São Paulo e Rio de Janeiro. Mas a colocação de Minas no Ranking de Competitividade dos Estados, publicado no dia 13 de setembro último, não reflete a mesma posição e, em 2022, o Estado permanece em oitavo lugar. Minas caiu do sexto para o oitavo em 2019, posição da qual só melhorou em 2020, quando passou para o sétimo, porém retornou ao oitavo logo em seguida.

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Em 2022, a divulgação do ranking ganhou maior relevância, pondera o especialista Lucas Cepeda, gerente de competitividade do CLP: “A avaliação da qualidade da gestão pública ganha um significado ainda mais especial em um ano eleitoral, em que avaliamos as gestões que estão acabando agora. Não adianta olhar todos os indicadores e achar que se conseguirá melhorar todos no curto e médio prazo. É preciso identificar os gargalos mais urgentes do Estado para serem focos de trabalho”, destacou. 

Na primeira colocação do ranking, como se repete desde 2016, continua São Paulo. O Rio de Janeiro é o único Estado do Sudeste que não está entre os dez mais competitivos, grupo que deixou em 2020 — atualmente, ele é o 11º e o Espírito Santo, o décimo. 

Minas, ao mesmo tempo em que evoluiu em algumas frentes, regrediu em outras entre o ranking de 2021 e o de 2022. O maior avanço foi relativamente ao Capital Humano, que inclui questões sobre mão de obra qualificada, por exemplo. Nesse fator, Minas escalou seis posições e chegou à 14ª posição. Também houve avanço em Potencial de Mercado, que mensura pontos como a taxa de crescimento econômico. Minas também está na 14ª posição nesse pilar, após escalar cinco posições. A Educação é um destaque, e Minas ocupa a segunda posição nesse quesito, atrás somente de São Paulo. 

Cepeda ressalta a Infraestrutura, que teve um avanço de quatro posições, o que deixou o Estado em 13º lugar. “Minas conseguiu ter melhora no indicador de Acessibilidade do Serviço de Telecomunicações e ganhará um prêmio com o programa Minas Comunica II”, pontua. O projeto, originado em 2014, forneceu à população de localidades rurais à internet por meio de telefonia móvel e, agora, recebeu o Prêmio Excelência em Competitividade, na categoria Boas Práticas.

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Solidez Fiscal é o pior pilar de Minas, penúltimo Estado do ranking nesse quesito

Entre os dez pilares do Ranking de Competitividade dos Estados, a Solidez Fiscal é o pior. Em meio aos debates sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), Minas é o penúltimo Estado na listagem, à frente apenas do Rio Grande do Norte. Em uma escala de zero a cem, a pontuação de Minas nesse pilar é 6,03. Ele caiu duas posições em relação à lista de 2021. Entre os indicadores que compõem esse pilar, só no quesito de Sucesso do Planejamento Orçamentário o Estado caiu cinco posições. “Minas vai mal em quatro dos nove indicadores de Solidez Fiscal. Ela é a base para todas as demais políticas”, avalia Cepeda.

De um ano para o outro, Minas caiu, ainda, três posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental e, agora, ocupa a oitava posição. Também houve uma queda de três posições nos quesitos Segurança Pública e Sustentabilidade Ambiental, em que ela ocupa o 11º e o oitavo lugares, respectivamente.

Posição de Minas em cada pilar do Ranking de Competitividades dos Estados

  • Sustentabilidade Ambiental: 8º
  • Capital Humano: 14º
  • Educação: 2º
  • Eficiência da Máquina Pública: 7º
  • Infraestrutura: 13º
  • Inovação: 6º
  • Potencial de Mercado: 14º
  • Solidez Fiscal: 26º
  • Segurança Pública: 11º
  • Sustentabilidade Social: 6º

Minas é o sexto Estado em Ranking de Sustentabilidade

O Centro de Liderança Pública (CLP) também calcula o Ranking de Sustentabilidade dos Estados. Ele avalia os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e as 169 metas estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU), além de critérios de ESG (governança ambiental, social e corporativa) validados pela União Europeia. Nesse ranking, Minas ocupa a sexta posição, com 64,7 de cem pontos. O primeiro colocado, São Paulo, alcançou pontuação de 99,7.

Outro ranking organizado pelo CLP é o de Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU. Minas também aparece em sexto lugar nessa lista, com 68,3 pontos.

Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior Minas Gerais e o Ranking de Competitividade dos Estados: 8ª posição, a mesma do ano anterior

Centro de Liderança Pública – CLP

Fundado em 2008, o Centro de Liderança Pública – CLP desenvolve líderes públicos empenhados em promover transformações sociais por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas.

A necessidade de mais líderes no setor público é notável em todas as hierarquias. A difícil mobilidade do setor público, mergulhado em burocracias, exige ações enérgicas que, por sua vez, só podem ser tomadas por verdadeiros líderes públicos.

As marcas dessa crise de liderança se fazem presentes na falta de uma agenda nacional de desenvolvimento, em ciclos de paralisia decisória e nos projetos sem fim, que tanto marcam a política de infraestrutura nacional.

A atuação contínua de líderes públicos é o passo inicial para destravar as agruras da gestão pública nacional. Pessoas com poder de tomar decisões e que consigam mobilizar a sociedade em prol de uma agenda positiva para o País.

O Ranking de Competitividade dos Estados foi concebido pelo CLP em 2011, com o desenvolvimento técnico a cargo da Economist Intelligence Unit, com o intuito de gerar diagnósticos e direcionamentos para a atuação dos líderes públicos estaduais. Em 2015, em sua quarta edição, o trabalho passou a contar também com a contribuição técnica da Tendências Consultoria Integrada. A partir da edição de 2021, o Ranking passou a ser concebido apenas pela Tendências.

Em sua concepção atual, o ranking possibilita identificar, dentro de cada um de seus 10 pilares temáticos, quais são os pontos fortes e fracos que influenciaram a classificação final do Estado em cada um dos indicadores contemplados.

Aliado à vontade política, o Ranking de Competitividade dos Estados é uma poderosa ferramenta para balizar as ações dos governos estaduais e apoiar a elaboração de políticas baseadas em evidências. Com ele, o desafio da construção de um Estado com elevados padrões socioeconômicos se torna mais factível.

A competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos. O ranking veio oferecer as bases para a construção do legado de competitividade para aqueles governos que assim desejam fazer. (Fonte: CLP/O Tempo e outros).

 

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