Ranking de Competitividade dos Estados de 2021
Ranking de Competitividade dos Estados de 2021
Ranking de Competitividade dos Estados de 2021

Minas Gerais e Rio de Janeiro perdem posições

Os estados da região Sudeste seguem entre os mais competitivos do país, de acordo com a edição de 2021 do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública em parceria com a Tendências Consultoria. Desde 2015, o Estado de São Paulo segue em primeiro lugar geral no ranking. Apesar do bom desempenho da região no Ranking Geral, dois dos quatro Estados do Sudeste perderam posições neste ano: Minas Gerais, que caiu de 7º para o 8º lugar, e Rio de Janeiro, que foi o que mais perdeu posições neste ano, saindo do 11º para o 17º lugar do ranking.

Na décima edição consecutiva do Ranking de Competitividade dos Estados, a avaliação das 27 unidades federativas foi ampliada de 73 para 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

Pilares do Ranking de Competitividade dos Estados de 2021
Pilares do Ranking de Competitividade dos Estados de 2021

Além disso, o levantamento deste ano conta com novas camadas adaptadas aos parâmetros ESG e ODS, e também com dados dos países membros da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Desta forma, se mede o tamanho do desafio dos estados sob a ótica internacional buscando-se também boas práticas que possam ser aplicadas ao Brasil.

 

O desempenho dos estados da Região Sudeste:

São Paulo

O Estado mais rico do país se manteve como o mais competitivo, e conseguiu ainda subir duas posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública, passando a ser o terceiro melhor Estado neste pilar. Além disso, o Estado foi o mais bem colocado nos pilares de Infraestrutura e Educação e ficou em segundo lugar nos pilares de Inovação, Sustentabilidade Ambiental e Segurança Pública.

 

Na outra ponta, o Estado caiu sete posições no pilar de Capital Humano, ficando na 11ª posição neste pilar. Também no pilar de Solidez Fiscal, o estado teve queda de 6 posições, passando a ocupar a 18ª posição, sendo este último o pilar no qual São Paulo possui seu maior desafio.

 

Espírito Santo

Depois de São Paulo, é o Estado da região mais bem avaliado e se manteve como o quinto mais competitivo do país, mesma posição do ano passado. Em relação ao ano passado, o Estado melhorou duas posições no pilar de Eficiência da Máquina Pública alcançando a 1ª posição nesse pilar. O Estado também se manteve em primeiro lugar no pilar de Solidez Fiscal e subiu uma posição no pilar de Segurança Pública (14ª colocação).

 

No pilar Infraestrutura, o Espírito Santo também subiu uma colocação em relação ao ano passado, passando a figurar na quarta posição. Por outro lado, o Estado caiu uma posição no pilar Educação, passando a ser o oitavo neste quesito. Também caiu quatro posições no pilar de Capital Humano (18ª colocação). Por fim, ocupa a última posição no pilar de Potencial de Mercado, tendo caído quatro posições no comparativo das edições de 2020 e 2021.

 

Minas Gerais

Presença constante entre os dez mais competitivos desde o início do Ranking, Minas Gerais caiu uma posição neste ano e passou a ser o oitavo mais competitivo do país. Contribuiu para a piora do Estado a queda de quatro posições no pilar de Capital Humano (20ª colocação), de uma posição no pilar de Segurança Pública (8ª colocação) e de uma posição no pilar de Eficiência da Máquina Pública (7ª colocação). Por outro lado, o estado teve bom desempenho em pilares como Educação (3ª posição), Sustentabilidade Ambiental (5ª posição), Inovação (6ª posição) e Sustentabilidade Social (6ª posição).

Por outro lado, o estado possui desafios em pilares como Infraestrutura (17ª colocação), Potencial de Mercado (19ª colocação), Capital Humano (20ª colocação) e Solidez Fiscal (24ª colocação).

Posic?ao no ranking geral 8
Posic?ao no ranking geral 8

Rio de Janeiro

Único estado da região que não está entre os dez mais competitivos do país, o Rio de Janeiro caiu seis posições no ranking em comparação com o ano passado e ficou no 17º lugar. Pesou para a piora o fato de o Estado ter perdido cinco posições em Eficiência da Máquina Pública e cinco em Infraestrutura passando a ser o 14º do país nestes dois pilares. O Estado também caiu uma posição no pilar de Solidez Fiscal, e agora é o pior avaliado do país neste pilar.

Também caiu três posições no pilar de Segurança Pública, e passou a figurar como o penúltimo Estado do país neste pilar, ficando à frente apenas de Roraima. Apesar da piora em determinados pilares, o Estado conseguiu melhorar quatro posições no pilar de Potencial de Mercado e agora é o 18º colocado neste lugar. De modo geral, o estado destaca-se nos pilares de Capital Humano (2º colocado), Inovação (8º colocado) e Sustentabilidade Ambiental (8º colocado).

O desempenho dos estados do Sudeste desde 2018:

O desempenho dos estados do Sudeste desde 2018
O desempenho dos estados do Sudeste desde 2018

Resultados ESG e ODS

Lançado pela primeira vez pelo CLP e pela Seall, startup de gestão estratégica de impacto socioambiental e econômico, o Ranking de Sustentabilidade dos Estados é uma adaptação do Ranking de Competitividade dos Estados a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas (ONU, 2015), bem como critérios ESG (environmental, social and governance) chancelados pela União Europeia (EU, 2020) para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos Estados.

Na camada ESG, os 86 indicadores de competitividade foram reclassificados segundo os três pilares ESG: Ambiental, Social e Governança. Por se tratar de uma análise multidimensional, a soma do número de indicadores pertencentes a cada eixo é maior que 86, já que cada indicador pode ser contemplado em mais de uma perspectiva ESG.

O estado de São Paulo se destaca em relação às outras unidades federativas, recebendo a nota 100,0 no ranking geral ESG em função de sua liderança nos três eixos avaliados (E, S, G); Minas Gerais com a nota 60,8 e Espírito Santo com 60,4, aparecem na 5ª e 6ª colocação, respectivamente. O Rio de Janeiro ocupa o 11º lugar com a nota 40,4.

Na camada ODS, há um forte apelo para que ações sejam desenvolvidas por todos os países – desenvolvidos e em desenvolvimento. Para Tadeu Barros, diretor geral do CLP, “Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são globais, mas a realização de cada um deles depende da nossa capacidade de torná-los realidade no país, na região, no estado ou até mesmo no município em que vivemos”.

São Paulo se destaca como o estado com maior pontuação média em ODS (89,3), os demais estados da região sudeste ficam em: 5º Espírito Santo (69,2), 7º Minas Gerais (61,7) e 12º Rio de Janeiro (46,5). Os dois rankings de sustentabilidade – ODS e ESG – são independentes entre si. Cada um deles traz uma abordagem e, por consequência, uma contribuição diferente para os governos e organizações.

A competitividade de um Estado está diretamente ligada à capacidade de ação dos seus líderes públicos. O ranking veio oferecer as bases para a construção do legado de competitividade para aqueles governos que assim desejam fazer.

O Ranking de Competitividade dos Estados tem como objetivo principal alcançar um entendimento mais profundo e abrangente das 27 unidades da federação, trazendo para o público uma ferramenta simples e objetiva para pautar a atuação dos líderes públicos brasileiros na melhoria da competitividade e da gestão pública dos seus Estados.

Ao mesmo tempo, o Ranking de Competitividade dos Estados pode representar também uma ferramenta bastante útil para o setor privado balizar decisões de investimentos produtivos, ao estabelecer critérios de atratividade em bases relativas entre os Estados, de acordo com as especificidades de cada projeto de investimento.

Para definir a estrutura, composição e a metodologia de cálculo do Ranking de Competitividade dos Estados, foi empreendido um amplo estudo da literatura acadêmica especializada, bem como da experiência nacional e internacional na confecção de rankings de competitividade.

Ranking de Competitividade dos Estados
Ranking de Competitividade dos Estados

DESTAQUES DE 2021

Nesta edição do Ranking de Competitividade dos Estados, merecem destaque positivo Piauí e Amazonas, por terem sido os que mais ganharam posições em relação à edição de 2020.

O Piauí ganhou 6 posições no Ranking Geral, passando da 26ª para 20ª colocação. O Estado subiu 14 posições no pilar de Solidez Fiscal, 10 posições no de Capital Humano e 6 no de Potencial de Mercado. Houve, ainda, ganho de 3 colocações no pilar de Sustentabilidade Social, e 1 posição nos de Segurança Pública, Educação e Sustentabilidade Ambiental.

No pilar de Solidez Fiscal, o PI subiu 14 posições, passando da 23ª para 9ª colocação, com melhoras relativas nos indicadores de Resultado Primário (+25 posições), Gasto com Pessoal (+22), Poupança Corrente (+20), Solvência Fiscal (+5), Índice de Liquidez (+2) e Taxa de Investimentos (+1). No pilar de Capital Humano, o Estado subiu 10 posições em relação à edição de 2020, passando da 24ª para 14ª colocação, com destaque para o desempenho no indicador de Produtividade do Trabalho (+4 posições). No pilar de Potencial de Mercado, o Piauí subiu 6 posições, passando da 21ª para 15ª colocação, com melhora relativa no indicador de Taxa de Crescimento (+2 posições).

O Amazonas ganhou 3 posições, passando da 14ª para 11ª colocação. O Estado subiu 7 posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental, e 3 posições nos de Eficiência da Máquina Pública e Potencial de Mercado. Houve, ainda, ganho de 1 colocação no pilar de Inovação.

No pilar de Sustentabilidade Ambiental, o AM subiu 7 posições, passando da 19ª para 12ª colocação, com melhoras relativas nos indicadores de Emissões de CO2 (+2 posições) e Tratamento de Esgoto (+1). No pilar de Eficiência da Máquina Pública, o Estado subiu 3 posições em relação à edição de 2020, passando da 8ª para 5ª colocação, com destaque para o desempenho nos indicadores de Custo do Executivo/PIB e Oferta de Serviços Públicos Digitais (+4 posições cada), Custo do Legislativo/PIB (+2), e Custo do Judiciário/PIB e Índice de Transparência (+1 cada). No pilar de Potencial de Mercado, o Amazonas também subiu 3 posições, passando da 4ª para 1ª colocação, com melhora relativa no indicador de Taxa de Crescimento (+4 posições).

São Paulo segue líder no Ranking Geral, ocupando a 1ª colocação nos pilares de Infraestrutura e Educação, bem como a 2ª posição nos de Segurança Pública, Sustentabilidade Ambiental e Inovação. Nesta edição, o Estado exibiu melhora relativa no pilar de Eficiência da Máquina Pública (+2 posições). Contudo, houve piora nos pilares de Sustentabilidade Social e Inovação (-1 posição cada), Solidez Fiscal (-6), Capital Humano (-7) e Potencial de Mercado (-2).

Desempenhos das UFs em cada pilar
Desempenhos das UFs em cada pilar
Desempenhos das UFs em cada pilar II
Desempenhos das UFs em cada pilar II

Santa Catarina permanece na 2ª posição do Ranking Geral, ocupando a 1ª colocação nos pilares de Sustentabilidade Social e Segurança Pública, bem como a 2ª colocação nos de Educação e Eficiência da Máquina Pública. O Estado ganhou posições no pilar de Sustentabilidade Ambiental (+4), porém perdeu colocações nos pilares de Infraestrutura e Eficiência da Máquina Pública (-1 posição cada), Solidez Fiscal (-3), Capital Humano (-10) e Potencial de Mercado (-2).

O Distrito Federal segue na 3ª colocação do Ranking Geral, ocupando a 1ª posição no pilar de Capital Humano, e a 2ª nos de Infraestrutura e Sustentabilidade Social. O DF exibiu melhora relativa nos pilares de Infraestrutura e Sustentabilidade Social (+1 posição cada), e Solidez Fiscal (+3). Todavia, houve piora nos pilares de 17

Eficiência da Máquina Pública (-3), Sustentabilidade Ambiental (-2), Potencial de Mercado (-4) e Inovação (-1).

Na extremidade oposta, Roraima atingiu a última colocação do Ranking Geral, ao reduzir 2 posições em comparação à edição de 2020. O Estado exibiu piora relativa nos pilares de Infraestrutura, Solidez Fiscal, Capital Humano e Inovação (-2 posições cada), Educação e Potencial de Mercado (-1 cada), e Sustentabilidade Ambiental (-13). Contudo, houve melhora no pilar de Sustentabilidade Social (+3 posições).

O Acre saiu da última colocação no Ranking de 2020 para a penúltima colocação nesta edição, após três anos consecutivos na 27ª posição. O Estado perdeu colocações nos pilares de Sustentabilidade Social e Educação (-2 posições), Solidez Fiscal (-6) e Potencial de Mercado (-3). Entretanto, o Acre ganhou colocações nos pilares de Segurança Pública (+9), Capital Humano (+1), Eficiência da Máquina Pública, Sustentabilidade Ambiental e Inovação (+2 cada).

O Pará caiu da 24ª colocação no Ranking de 2020 para a 25ª colocação nesta edição. O Estado exibiu piora relativa nos pilares de Segurança Pública e Eficiência da Máquina Pública (-2 posições cada). Todavia, houve melhora nos pilares de Educação (+1), e Sustentabilidade Ambiental e Potencial de Mercado (+3 cada).

O Ranking de Competitividades dos Estados é realizado há dez anos pelo CLP (Centro de Liderança Pública). Na edição 2021, as 27 unidades federativas foram avaliadas a partir de 86 indicadores, distribuídos em dez pilares temáticos considerados fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública dos estados brasileiros: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

O CLP (Centro de Liderança Pública) é uma organização suprapartidária que busca engajar a sociedade e desenvolver líderes públicos para enfrentar os problemas mais urgentes do Brasil. Há 12 anos, defende um Estado Democrático de Direito eficiente no uso de seus recursos e constituído sobre princípios republicanos.

 

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