Paris além de Paris. A Surpreendente Cidade dos Museus
Paris além de Paris. A Surpreendente Cidade dos Museus
Paris além de Paris. A Surpreendente Cidade dos Museus

Paulo Queiroga*

Por mais viajado que você seja, visitar Paris guarda sempre boas surpresas.

É comum brasileiros viajantes costumeiros incluírem uma escala na capital francesa, mesmo que esteja fora de seu roteiro. Nada surpreendente. Aliás, não é tão difícil conciliar isso, já que a Cidade Luz é ponto de intercessão para a maior parte dos destinos no mundo, inclusive para o Hemisfério sul.

O fato é que, até o parisiense nativo, que, via de regra, não é o que poderíamos classificar como um anfitrião simpático, se surpreende permanentemente em sua própria cidade.

O melhor roteiro de Paris para quem já conhece os principais atrativos é se deixar perder pela cidade. A incrível malha de metrô atua como um trem mágico que sempre leva você a desembarcar em algum lugar sempre interessante. Poucos prazeres se comparam a subir a escada de uma estação de metrô, olhar para os lados e se deliciar com aquele bairro ou região que não foi possível conhecer na viagem anterior.

Os monumentos, o ambiente, ao mesmo tempo charmoso e cosmopolita, lojas fenomenais, jardins, estátuas e fontes, a organização da cidade, a singular comida francesa, a elegância das mulheres nas ruas, as culturas imigrantes, são muitos os apelos para todos os tipos de gosto.

Um dos mais surpreendentes apelos é a cultura parisiense exalando em cada ponto da cidade. Entre tantos outros títulos, Paris pode, seguramente, ser chamada de cidade dos museus. São tantos que, uma viagem temática apenas para visitar museus de Paris, certamente, lhe custará um bom tempo de permanência.

É até difícil fazer uma conta exata da quantidade de museus e galerias. A capital francesa oferece, pelo menos, 170 museus de todos os tipos, em sua maioria dedicados à arte. O Louvre é um caso à parte. Ele é, sem dúvida, o mais importante no mundo e certamente o mais visitado. Com 35.000 obras de arte, o Louvre recebe mais de seis milhões de visitantes por ano.

O Museu de Orsay, ocupando o espaço que pertencia a uma antiga estação ferroviária, contém uma imensa exposição de arte. O foco são os impressionistas do século XIX, como Manet, Degas, Renoir, Cézanne e Monet.

Mas há muitos mais: o Centro Pompidou, o Museu Rodin, a Orangerie, o Museu de Arte Moderna, a Pinacoteca de Paris. Entre todas essas exposições, se destacam as no Grand Palais, no Centro Pompidou, o Museu Picasso, o Museu do Quai Branly Jacques Chirac, no Musée Du Louvre, o Museu Jacquemart André, no palácio de Versailles e o Musée Marmottan Monet. Nesses lugares excepcionais estão o melhor de Claude Monet, Camille Pissarro, Pablo Picasso, Cy Twombly, Johannes Vermeer, Auguste Rodin e muitos outros artistas. As celebrações da morte de Auguste Rodin oferecem diversos cenários à espera dos visitantes. O Museu Marmottan Monet, Montmartre, Auvers-sur -Oise, Barbizon e vários outros estão no centro das atenções.

Os roteiros podem ser feitos seguindo as pegadas dos impressionistas ao longo do Sena, agora abertas aos visitantes, como a Maison Van Gogh, ou oficina casa Daubigny em Auvers-sur-Oise, a propriedade Caillebotte em Yerres, a oficina de Jean-François Millet descoberto Barbizon.

Paris Ile-de-France é o lugar onde você pode viajar nos passos dos impressionistas e contemplar suas obras em museus excepcionais. O Musée d’Orsay reúne a maior coleção do mundo de obras impressionistas. O Orangerie nos Jardins das Tulherias abriga o grande mural de Nenúfares, oito composições feitas em dois painéis ovais, 22 quartos com luz natural através do telhado de vidro, o Marmottan Monet Museum, onde o ícone é Impression, Levant soleil e outros 100 painéis de pinturas do impressionismo.

Se você acha que conhece Paris, experimente se perder por lá ou faça um roteiro exclusivo nos museus. Certamente, você verá que a capital francesa ainda é uma desconhecida até mesmo por você, que tem cadeira exclusiva neste ou naquele bistrô ou escolhe o mesmo quarto do mesmo hotel há tento tempo.

*Com a preciosa colaboração de Paulo Roberto Pereira, velho companheiro de viagens e de jornalismo de turismo.

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