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Por: Paulo Queiroga

 

As confusões com a infraestrutura urbana e falhas recorrentes do esquema de segurança durante a vista do Papa Francisco ao Rio fragilizam a imagem do Brasil e põem em risco o sucesso da Copa de 2014.

Infelizmente, a um ano da Copa do Mundo, a Cidade Maravilhosa, cartão postal do Brasil, mostra estar longe de poder sediar um evento de grande porte. A JMJ escancarou para o mundo o nosso amadorismo.

Tumulto, multidão, engarrafamentos no trânsito, alagamento da área que seria a sede do evento, transferência de última hora do local para realizar as atividades, insuficiência de banheiros e todo tipo de improvisos marcaram a semana da Jornada Mundial da Juventude JMJ 2013 no mês de julho.

 

Empresa recebe de presenteada infraestrutura para loteamento

Outras podridões também vieram à tona pela imprensa, com a inundação do chamado Campo da Fé, em Guaratiba e a transferência, às pressas, do evento para Copacabana. O Conselho Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura do Rio, em ata da reunião do dia 17 de abril, teria alertado sobre a fragilidade do terreno onde foi instalado o Campo da Fé. Esmo assim, o Comitê Organizador Local – COL, teria investido cerca de R$ 22 milhões em terraplanagem e a Prefeitura do Rio entrou com um aporte de R$ 6 milhões.

Com isso, a empresa construtora, proprietária da área de mangue em Guaratiba e empreendedora do loteamento Vila Mar, no local, ganhou de presente toda a infraestrurura para seu empreendimento.

 

Oportunismos

Por sua vez, o bairro Copacabana não dispunha de nenhuma infraesturura para receber, de repente, milhões de visitantes com um mínimo de conforto. Não deu outra: Peregrinos caminhando longas distâncias, filas quilométricas nas estações, metrô com circulação interrompida por falha técnica, ônibus super lotados, taxis e vans cobrando tarifas que queriam, sem o menor critério, comerciantes aproveitadores que cobravam R$ 5,00 para o uso de banheiros; isso, sem contar as manifestações que ocorreram em paralelo, com vandalismo, quebra-quebra de lojas, agências bancárias e de carros de emissora de TV.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, tentando amenizar o caos instalado na cidade, afirmou que “Não há infraestrutura no mundo que receba 1,5 milhão de pessoas que não tenha fila, multidão. Isso é inviável e impossível”, disse o prefeito a jornalistas. Apesar dos problemas e transtornos da cidade durante a JMJ, o prefeito ainda acha que a cidade foi aprovada.”Não vou dar nota para a nossa atuação porque só gosto de dar nota 10, mas acho que a gente não merece o 10”, reconheceu Paes. “A cidade foi aprovada…. se perguntar ao papa e aos peregrinos, eles vão dizer que gostaram. Tivemos falhas na organização e vamos trabalhar para resolver”, disse.

 

Fifa se revela claramente preocupada

As manifestações do povo, em junho, antes da JMJ fizeram com que a Fifa realizasse uma reunião com o governo brasileiro após o fim da Copa das Confederações. “Todos sabem que a Copa do Mundo não pode sofrer com distúrbios”, afirmou o presidente da FIFA, Joseph Blatter, que se encontrará com a presidente Dilma, em setembro, para discutir o assunto.

Se após os protestos do povo em junho, Blatter já havia admitido que a escolha do Brasil para sediar a Copa de 2014, poderia ter sido um erro, imagine agora, após o caos durante a JMJ?

A situação é, de fato, preocupante. Tanto o governo federal quanto os estaduais e municipais perderam inteiramente o controle das massas em todo o país. Para nossa tristeza, as autoridades ainda insistem no desgastado discurso amenizador da opinião publica, que além de não ter mais eficácia, só serve para escancarar incompetência, oportunismo e abrir ainda mais a ferida da corrupção, esse câncer social em metástase, que acomete quem detém o poder de governar.

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