MercadoComum – Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios premiou os vencedores do XXI Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – MercadoComum – 2018/2019 durante solenidade realizada no Espaço Institucional ACMinas, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Minas, em Belo Horizonte – MG, no dia 24 de outubro. Após a solenidade de premiação foi realizado coquetel de confraternização, para cerca de 300 convidados especiais.

Considerada há muito como a Festa do PIB Mineiro ou a Noite do Oscar da Economia de Minas Gerais, a premiação teve, mais uma vez, o objetivo de homenagear um conjunto de empresas que mais se destacaram em Minas Gerais durante os anos de 2018/2019, em função de suas atividades econômicas, desempenho operacional e equilíbrio econômico financeiro.

As empresas agraciadas foram definidas por meio de processo eminentemente técnico que teve, como sustentação e fundamentação, as informações e dados relativos ao estudo intitulado XXIII Ranking de Empresas Mineiras, que também foi divulgado na edição especial MercadoComum, juntamente com a cobertura fotográfica da solenidade de premiação e os descritivos das empresas agraciadas.

As empresas participantes do XXIII Ranking de Empresas Mineiras possuem sede em Minas Gerais e tiveram os seus balanços publicados ou encaminhados à Redação de MercadoComum para estudo e análise.

A escolha das empresas premiadas é definida, fundamentalmente, por sua efetiva contribuição à economia e ao desenvolvimento de Minas Gerais e considera diversos outros elementos, tais como: agregação de valor; inovação e absorção tecnológica; expansão de vendas; integração nacional e internacional; governança corporativa; competitividade e produtividade;  geração de riqueza; transparência; liquidez; geração de renda e emprego; contribuição de impostos; EBITDA; sustentabilidade; respeito ao consumidor; compliance e integração junto à sociedade da qual participa e integra; visão de futuro. Uma das principais variáveis que determinam a escolha das empresas vencedoras são: equilíbrio econômico financeiro, lucratividade e crescimento da receita operacional, governança corporativa, transparência e respeito ao consumidor.

Foram as seguintes as categorias homenageadas neste Oscar da Economia Mineira: Melhores e Maiores – Empresas Excelência de Minas Gerais, Personalidade Empresarial do Ano, Tradição e Perpetuidade e Empresa do Ano de Minas Gerais e Empresas Destaque de Minas Gerais.

A escolha do agraciado da Categoria Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais foi realizada por uma Comissão Especial, composta por todos os agraciados dos anos anteriores com o mesmo título; pelos membros do Conselho Editorial e Consultivo de MercadoComum; pelos presidentes das principais entidades de classe empresarial do Estado e por consulta, direta e seletiva, a leitores e assinantes da publicação. Nesta categoria, somente uma única pessoa física é homenageada.

Nesta 21ª edição do Prêmio Minas de Desenvolvimento Empresarial – Maiores e Melhores Empresas – MercadoComum – 2018/2019, recebeu o título de Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais o médico Roberto Santoro, presidente da Diretoria Executiva do Grupo Pardini.

Agraciados com o título Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais:

1998/1999 – José Alencar Gomes da Silva – Grupo Coteminas

1999//2000 – Eduardo Borges de Andrade – Grupo Andrade Gutierrez

2000/2001 – Antônio José Polanczky – Grupo Belgo-Mineira

2001/2002 – Djalma Bastos de Morais – Cemig-Cia. Energética de Minas Gerais

2002/2003 – Salim Mattar – Grupo Localiza

2003/2004 – Alair Martins do Nascimento – Grupo Martins

2004/2005 – Robson Braga de Andrade – FIEMG – Grupo/Orteng

2005/2006 – Roger Agnelli – Grupo Vale do Rio Doce

2006/2007 – Rinaldo Campos Soares – Grupo Usiminas

2007/2008 – Cledorvino Belini – Grupo Fiat

2008/2009 – Modesto Carvalho de Araujo Neto – Drogaria Araujo S.A.

2009/2010 – J. Murillo Valle Mendes – Grupo Mendes Jr.

2010/2011 – Wilson Nélio Brumer – Grupo Usiminas

2011/2012 – Ricardo Valadares Gontijo – Direcional Engenharia S.A.

2012/2013 – Olavo Machado Jr. – FIEMG

2013/2014 – Jacques Gontijo Álvares – CCPRMG-Itambé

2014/2015 – Rubens Menin Teixeira de Souza – Grupo MRV Engenharia

2015/2016 – Tadeu Carneiro – Presidente da CBMM – Cia. Bras. Met. Mineração

2016/2017 – Roberto Simões – Presidente da FAEMG

2017/2018 – Lindolfo Paoliello – Presidente da ACMinas e Sergio Leite de Andrade – Presidente do Grupo Usiminas

2018/2019 – Roberto Santoro – Presidente da Diretoria Executiva do Grupo Pardini

Para a definição da empresa vencedora da Categoria Empresa Destaque do Ano de Minas Gerais, adotam-se vários critérios previamente definidos em relação ao desempenho empresarial global das empresas participantes do XXIII Ranking de Empresas Mineiras. Assim, no XXI Prêmio Minas de Desenvolvimento Empresarial – Maiores e Melhores Empresas – MercadoComum – 2018/2019, recebeu o título de Empresa Destaque do Ano de Minas Gerais”o Instituto Hermes Pardini S.A.

Empresas Destaque do Ano de Minas Gerais:

1998/1999 – FIAT Automóveis S.A.

1999/2000 – CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

2000/2001 – CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

2001/2002 – CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

2002/2003 – CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

2003/2004 – USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

2004/2005 – USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

2005/2006 – USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

2006/2007 – FIAT Automóveis S.A.

2007/2008 – FIAT Automóveis S.A.

2008/2009 – FIAT Automóveis S.A.

2009/2010 – FIAT Automóveis S.A.

2010/2011 – FIAT Automóveis S.A.

2011/2012 – CEMIG Distribuição S.A.

2012/2013 – FIAT Automóveis S.A.

2013/2014 – FIAT Automóveis S.A.

2014/2015 – CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração

2015/2016 – Drogaria Araujo S.A.

2016/2017 – Localiza Rent a Car S.A.

2017/2018 – USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

2018/2019 – Instituto Hermes Pardini S.A.

 

 Na categoria Tradição e Perpetuidade foram agraciadas as seguintes empresas:

– 185 Anos – AngloGold Ashanti C.S.M. S.A.

–   60 Anos – Instituto Hermes Pardini S.A.

 

Na categoria Empresas – Destaque de Minas Gerais (Indicação SEBRAE-MINAS):

– Casa de Carne Ouro Branco Ltda.

– Cerrad’Ouro Biojoias – Bio Saúde e Arte Ltda.

– Mazé Doces Artesanais do Brasil Ltda.

 

Na categoria Melhores e Maiores – Empresa Excelência de Minas Gerais foram selecionadas 39 empresas:

 (Por Atividade Econômica)

– ÁGUA E SANEAMENTO

COPASA – Cia. de Saneamento de Minas Gerais

 

– ALIMENTOS

Laticínios PORTO ALEGRE Indústria e Comércio S.A.

PIF-PAF – Rio Branco Alimentos S.A.

 

– COMÉRCIO

CAFEBRAS – Comércio de Cafés Brasil S.A.

Drogaria ARAUJO S.A.

Supermercados BH Com. Alimentos Ltda.

 

– CONSTRUÇÃO E ENGENHARIA

BRZ Empreendimentos e Construções S.A.

MILPLAN Engenharia S.A.

PATRIMAR Engenharia S.A.

TELEMONT – Engenharia de Telecomunicações S.A.

 

– ENERGIA ELÉTRICA

CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

– ESPORTE E LASER

Minas Tênis Clube

 

 – FINANÇAS

Cooperativa de Crédito Livre Adm. Sudoeste M. Gerais e Nordeste SP Ltda.

POTTENCIAL Seguradora S.A.

Sicoob Central CREDIMINAS – Coop. Central de Crédito de M. Gerais Ltda.

 

– GÁS

GASMIG – Cia. de Gás de Minas Gerais

 

– METALURGIA E MINERAÇÃO

ANGLOAMERICAN Níquel Brasil Ltda.

ANGLOGOLD Ashanti C.S.M. S.A.

ARCELORMITTAL Brasil S.A. (Grupo)

CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração

Mineração CURIMBABA Ltda.

USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (Grupo)

 

– PAPEL E CELULOSE

CENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S.A.

 

– SAÚDE

Hospital MATER-DEI S.A.

Instituto HERMES PARDINI S.A.

UNIMED-BH – Cooperativa de Trabalho Médico

 

– TÊXTIL E VESTUÁRIO

Cia. de Tecidos SANTANENSE

 

– TRANSPORTES E LOGÍSTICA

Expresso NEPOMUCENO S.A.

Ferrovia Centro-Atlântica S.A.

LOCALIZA Rent a Car S.A. (Grupo)

PROSEGUR Brasil S.A.

 

– VEÍCULOS E PEÇAS

FCA – Fiat-Chrysler Automóveis Brasil Ltda.

FLAMA Automotiva S.A.

 

RELAÇÃO DAS EMPRESAS AGRACIADAS:

(Por ordem alfabética)

ANGLOAMERICAN Níquel Brasil Ltda.

ANGLOGOLD Ashanti C.S.M. S.A.

ARCELORMITTAL Brasil S.A. (Grupo)

BRZ Empreendimentos e Construções S.A.

CAFEBRAS – Comércio de Cafés Brasil S.A.

CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração

CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

CENIBRA – Celulose Nipo-Brasileira S.A.

Cia. de Tecidos SANTANENSE

Cooperativa de Crédito Livre Adm. Sudoeste M. Gerais e Nordeste SP Ltda.

COPASA – Cia. de Saneamento de Minas Gerais

Drogaria ARAUJO S.A.

Expresso NEPOMUCENO S.A.

FCA – Fiat-Chrysler Automóveis Brasil Ltda.

Ferrovia Centro-Atlântica S.A.

FLAMA Automotiva S.A.

GASMIG – Cia. de Gás de Minas Gerais

Hospital MATER-DEI S.A.

Instituto HERMES PARDINI S.A.

Laticínios PORTO ALEGRE Indústria e Comércio S.A.

LOCALIZA Rent a Car S.A. (Grupo)

MILPLAN Engenharia S.A.

Minas Tênis Clube

PATRIMAR Engenharia S.A.

PIF-PAF – Rio Branco Alimentos S.A.

PROSEGUR Brasil S.A.

POTTENCIAL Seguradora S.A.

Sicoob Central CREDIMINAS – Coop. Central de Crédito de M. Gerais Ltda.

Supermercados BH Ltda.

TELEMONT – Engenharia de Telecomunicações S.A.

UNIMED-BH – Cooperativa de Trabalho Médico

USIMINAS – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (Grupo)

 

CBMM teve lucro recorde e é a empresa mais rentável de Minas Gerais

A CBMM – Cia. Brasileira de Metalurgia e Mineração – com sede em Araxá-MG., explora e industrializa o nióbio de ferro, obteve um lucro líquido de R$2.795.229 mil em 2018, considerado o maior entre todas as empresas do Estado, de acordo com o XXIII Ranking de Empresas de Minas Gerais que acaba de ser publicado. O lucro – 69% superior ao conseguido no exercício anterior, já considera os pagamentos de quase R$ 1 bilhão em royalties realizados à CODEMIG – Cia. de Desenvolvimento de Minas Gerais, de propriedade do governo mineiro. As exportações representaram 95,8% das vendas totais.

De acordo com o balanço e demonstração de resultados publicados em 23 de fevereiro, em 2018 a Receita Operacional Líquida da empresa alcançou RF$ 7.420.756 mil – superior 55% ao de 2017 e o lucro operacional antes do resultado financeiro foi de R$ 4.812.271 mil. O valor pago a título de imposto de renda foi de R$ 1,836.636 mil.

A rentabilidade da CBMM em 2018 foi de 103,4% sobre o Patrimônio Líquido e de 37,7% sobre a Receita Operacional Líquida do ano anterior – e equivale a 156,4% do valor do Imobilizado.

O governador Romeu Zema de Minas Gerais, em mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa do Estado solicitou autorização para promover a desestatização da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig).

De acordo com a mensagem, “a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) é detentora do direito de exploração de uma jazida de nióbio em Araxá, no Triângulo Mineiro. O município concentra a maior parte das reservas mundiais do minério de nióbio. O metal é utilizado principalmente em ligas de aço para torná-las mais fortes, resistentes e maleáveis.

Para explorar, processar e comercializar o nióbio, a Codemig constituiu com a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), titular de direitos de exploração de outra mina, uma sociedade (COMIPA) para a qual arrendaram seus direitos de lavra. A CBMM é responsável pelo beneficiamento, industrialização e comercialização do nióbio, repassando para a Codemig 25% do lucro líquido da operação.

A parceria entre a Codemig e a CBMM foi estabelecida em 1972 e renovada até 2032. O Estado não domina as atividades de exploração, processamento e comercialização do nióbio”.

E acrescentou, como justificativa da desestatização: “O Executivo estadual não deve exercer atividade econômica típica do setor privado, e nem tampouco correr os riscos de tal negócio. Deve, sim, concentrar esforços em atividades de relevante interesse coletivo como educação, saúde e segurança.

Para financiar suas atividades essenciais, o Estado deve utilizar suas fontes básicas de recursos, que são a tributação e os repasses. A dependência de recursos provenientes de atividade empresária de domínio privado, com complexa estrutura societária e riscos de descontinuidade, configura uma incerteza à qual o Estado, como garantidor dos serviços públicos essenciais, não deve se submeter”.

– CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais

– Crediminas

– Drogaria Araujo

– Prosegur Brasil S.A.

– Usiminas

–  Fiat

– Gasmig

– Laticínios Porto Alegre

– Minas Tênis Clube

– PIF-PAF – Rio Branco Alimentos

– Potencial Seguradora

– Supermercados BH

– Telemont – Eng. Telecomunicações

Categoria Empresas – Destaque de Minas Gerais” (Indicação SEBRAE-MINAS):

Com 16 anos de atuação, a Casa de Carnes Ouro Branco conquistou sua clientela pelo diferencial em seu atendimento e transparência nos seus processos. Com infraestrutura em constante modernização, é evidente o reflexo na fidelidade de sua clientela e ampla expansão deste público, mas nem sempre foi assim.

Localizada no bairro Paracatuzinho, considerado o mais populoso de Paracatu, a Casa de Carnes é administrada pelo seu sócio fundador, o empreendedor Enedino Reis. “Atualmente, já com 12 funcionários, as dívidas já não existem mais” relata o empresário. “Os resultados vêm sendo cada vez mais efetivos e relevantes desde que o Sebrae passou a fazer parte de nossa história”, comenta com brilho nos olhos. Passando por diversas dificuldades, inclusive o endividamento, foi o Sebrae que abriu suas portas e nos mostrou oportunidades que antes não conseguíamos enxergar.”

Sob a orientação do Sebrae, a empresa recebeu consultorias especializadas com foco em gestão (financeira, marketing, pessoas), processos (inovação/tecnologia – Sebraetec) e estratégia comercial, além da participação em feiras e seminários visando a ampliação de mercado e acompanhamento das tendências para o setor.

Os indicadores de desempenho implantados retratam a eficiência na revisão nos processos e implantação de sistema informatizado, proporcionando ao empresário uma facilidade maior na tomada de decisão. Com isso Enedino diz, com orgulho, por hoje ter nas mãos a qualquer momento, o número de atendimentos por cada colaborador, qual o volume e o ranking de vendas, permitindo controlar melhor o estoque, suas compras e a produção de itens conforme histórico da demanda.

Além dos processos, os avanços também são percebidos a partir do envolvimento da equipe nas mudanças implantadas, onde, em reuniões sistemáticas e capacitações, consegue sensibilizar e motivar seus colaboradores. A gratificação por produção foi implantada dando a cada um deles a oportunidade de aumentar seus ganhos e, consequentemente, contribuir com o crescimento da empresa.

A inovação e diversificação do mix de produtos também teve nas consultorias SEBRATEC-PAS Carnes – a referência para avaliação e direcionamento, respeitando as exigências para o setor de alimentação, fazendo da legalidade uma aliada o que o ajudou a triplicar o faturamento.

Hoje, o negócio de vender carnes vai além. Diversificou e implantou uma linha de produtos gourmet, preparados pela própria equipe, tais como: linha de linguiças empacotadas a vácuo, cortes nobres e defumados, que reflete diretamente no aumento do faturamento, observado a partir das mudanças implantadas. A reforma da estrutura, revisão do layout e modernização do mobiliário e equipamentos são resultados da profissionalização e busca por pessoal capacitado que desenvolveu, através do Sebraetec-Merchandising Visual, uma proposta viável para a empresa.

Como empresa participante do Projeto Varejo Competitivo do Sebrae, a empresa foi premiada pela ABAD – Associação Brasileira dos Distribuidores de Minas Gerais, pelos excelentes resultados, como Destaque 2017.  Comemorando os resultados, Enedino tem grandes planos para o futuro. Planeja até mesmo um novo negócio para 2018/2019, onde pretende inaugurar uma “Boutique da Carne”.

Cerrad’Ouro Biojoias

Bio Saúde e Arte Ltda

A CerraD’ouro, microempresa mineira do segmento de biojoias, participou da Tranoi Paris, de 1º a 4 de março de 2019, no Museu do Louvre. O evento, que ocorre quatro vezes ao ano durante a Paris Fashion Week, reúne designers, marcas líderes e contemporâneas, em um misto de espaço de negócios e panorama artístico da moda.  A empresa é uma entre as seis brasileiras no seleto grupo de expositores da Tranoi. A participação delas foi viabilizada pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), com recursos da Apex Brasil, em uma negociação intermediada pelo Sebrae.

O convite para a Tranoi Paris é resultado dos trabalhos de reposicionamento competitivo que envolveu a CerraD’ouro. Segundo a empresária, o divisor de águas da CerraD’ouro foi o Projeto Identidade Joias, Bijuterias e Folhados, realizado pelo Sebrae Minas, em parceria com o Sindijoias e Ajomig, e execução do Instituto By Brasil (IBB), por meio do programa de consultoria tecnológica do Sebrae, o Sebraetec. “Nosso produto mudou, ficou mais competitivo”, afirma Cláudia.

Ela conta que as consultorias oferecidas pelo Sebrae lançaram novas possibilidades de negócio para a empresa, a partir de um produto mais sofisticado. As consultorias de branding do projeto completaram a estratégia de revitalização das marcas. “Foram três anos de trabalho focado nas necessidades de cada empresa. Criamos soluções personalizadas, fortalecendo o design e a marca para reposicionar os negócios no mercado interno e externo”, explica a analista do Sebrae Minas Kenia Cardoso.

Com as consultorias do projeto Identidade, a CerraD’Ouro passou a privilegiar os materiais naturais em toda a composição das peças. Frutos, flores, pedras e couro são alguns elementos utilizados nas criações. Cada coleção – já lançaram três e a quarta será apresentada na Tranoi –  é desenvolvida a partir de uma ampla pesquisa, o que confere ainda mais originalidade às peças. “Com a orientação que recebemos no projeto, nosso produto ficou mais delicado, com mais cara de joia”, destaca Cláudia.

Com design e marca repaginados, a CerraD’ouro investiu na divulgação das peças pelas mídias sociais. Não demorou muito para a empresa receber o contato de uma editora da Vogue Londres. “Ela me falou que eles estavam à procura de joias extraordinárias pelo mundo”, conta Cláudia Lima, orgulhosa. De meados do ano passado para cá, as biojoias da CerraD’ouro já entraram em cinco edições da revista.

Em novembro do ano passado, durante o MinasTrend, principal salão de negócios da indústria da moda mineira, os empresários deram mais um importante passo para a internacionalização da marca. Durante o evento, eles fecharam parceria com uma representante de um showroom de Milão.

Com o novo posicionamento da marca, a visibilidade da CerraD’ouro veio como consequência natural, assim como os novos clientes e contatos comerciais. “Nos últimos três anos, a sensação que tenho é que a gente tocou o impossível. Saímos de uma feira na nossa cidade, mudamos nossa forma de trabalho, aumentamos nossa produção e vendas, tudo mudou”, avalia Cláudia.

Com uma produção que gira em torno de 100 a 150 peças por mês, a empresa projeta crescer, no mínimo, 30% este ano. Hoje, 70% das vendas da CerraD’ouro estão concentradas no mercado interno. Grande parte das vendas é feita pelas redes sociais, mas a empresa também tem parcerias com lojistas do Sudeste e Sul do país, além de Portugal e Reino Unido. “Estamos preparados para atender muito mais. Daqui a quatro anos nossa expectativa é a de produzir 1.000 peças/mês”, adianta a empresária.

A CerraD’ouro foi criada há cinco anos, para abrigar um novo projeto de vida da família. Eles começavam a trabalhar com biojoias, uma decisão que se mostrou promissora depois que Claudia e Gabriela participaram do Programa Sebrae de Artesanato (PSA).  “Os consultores do Sebrae nos orientaram a trabalhar com um novo produto, que pudesse representar o Brasil no mundo”, conta Cláudia.

Até então, ela e a filha faziam e vendiam, em uma feira em Lagoa Santa, bijuterias e adornos feitos com feltro.  No PSA, os artesãos foram incitados a pensar em produtos que pudessem ter um valor agregado pela identidade com a cultura e a história local. “Quando eu era adolescente ganhei uma biojoia, que perdi, mas nunca me esqueci dela. Resgatei essa história nas capacitações do PSA e fomos atrás dos elementos para apresentar nossa proposta ao Sebrae”, lembra.

Cláudia conta que houve muitos tropeços até conseguirem êxito na produção das biojoias. Depois de vários testes, Euler conseguiu encontrar o “ponto” certo da máquina e, daí em diante, “se encantou com a produção”. Ele fez um curso de biólogo e entrou de corpo e alma na parceria. Hoje, a empresa conta, inclusive, com o selo de sustentabilidade dos produtos e tem processos certificados para exportação.

Mazé Doces Artesanais do Brasil Ltda

Carmópolis de Minas-MG

Aos 44 anos, Maria José de Lima Freitas, a Mazé, é mais uma das mulheres empreendedoras que mudou sua história. Perdeu o emprego de faxineira em um banco e ficou mais de um ano em busca de trabalho. Como não conseguiu nada, resolveu vender doces. Fez um de amendoim, colocou para vender e ganhou R$ 20.

Ali começava a Mazé Doces. O início foi difícil. Mas, nas palavras dela, “tinha dívidas para pagar, dois filhos para sustentar e um sonho para realizar”.

Depois de muitas dificuldades, como passar quatro anos endividada, a empreendedora conseguiu colocar as contas em dia. Depois, participou do programa de capacitação do Sebrae, o Empretec.

Mazé oficializou a empresa em 2005, com a ajuda do marido e dos filhos. E construiu a primeira fábrica no ano seguinte. O processo artesanal e o carinho dedicado à produção trouxeram resultados.

Os clientes começaram a surgir e, em 2007, Mazé investiu na primeira loja. O sucesso foi tanto que virou ponto turístico de Carmópolis.

A fama dos doces e das frutas cristalizadas ultrapassou as fronteiras da pequena cidade. E, hoje, a Mazé Doces está presente em quase 70 pontos de venda no Brasil.

Sua fábrica emprega 25 funcionários e produz toneladas de doces, faturando R$ 1 milhão por ano.

ASSISTA O VÍDEO COMPLETO DA SOLENIDADE DE PREMIAÇÃO

Leia na íntegra o discurso do economista e presidente e editor-geral de MercadoComum, na abertura da solenidade das premiações de MercadoComum.

“Se não voltarmos a crescer, as nossas dificuldades só vão se agravar e as soluções, para os nossos principais problemas, estarão cada vez mais distantes”.

Discurso de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira:
Economista, Administrador e Bacharel em Ciências Contábeis, com vários cursos de pós-graduação, no país e exterior. Ex-Diretor-Geral da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte. Presidente da ASSEMG – Associação dos Economistas de Minas Gerais. Ex-Presidente do BDMG-Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. e ex-Secretário de Planejamento e Coordenação de Minas Gerais. Vice-Presidente da ACMinas – Associação Comercial e Empresarial de Minas e Editor Geral de MercadoComum.

“Sejam bem-vindos a esta já tradicional noite de entrega do Oscar da Economia de Minas Gerais.

Cumprimento e parabenizo os agraciados do XI Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico ASSEMG/MercadoComum – em especial o economista Paulo Brant – vice governador e contemplado, nesta premiação, com o título de Desenvolvimentista do Ano. Cumprimento e parabenizo também os agraciados do XXI Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores – MercadoComum – 2019 e, com prazer, destaco o nome de Roberto Santoro – escolhido para receber o troféu Personalidade Empresarial de Minas Gerais, desta premiação.

A Empresa Destaque deste XXI Prêmio Minas – Desempenho Empresarial é o Instituto Hermes Pardini – uma sociedade anônima de capital aberto que acabou de completar 60 anos de fundação. Cumprimento e parabenizo todos os seus acionistas, dirigentes e colaboradores aqui presentes e, em especial, o seu presidente Roberto Santoro. Em nome deles, cumprimento todos os demais agraciados com este título de premiações anteriores e presentes.

Agradecimentos relevantes fazemos a todos os que nos dedicam o apoio especial na realização destes eventos e, nesta oportunidade, destacamos a CEMIG – Cia. Energética de Minas Gerais, a Localiza, a SIAMIG e a Unimed-BH – bem como, agradecemos os apoios institucionais concedidos pelo IBEF-MG, o Fórum JK de Desenvolvimento, a LCA – Consultores Econômicos, a MinasPart Desenvolvimento Econômico e Empresarial e a Rosenberg & Associados. Também nossos agradecimentos especiais se destinam àqueles que estão veiculando as suas publicidades na edição desta premiação de MercadoComum.

MercadoComum – Publicação Nacional de Economia, Finanças e Negócios completou, em setembro de 2019, o seu 26º ano de circulação. Constituindo-se numa das mais antigas publicações brasileiras especializadas em economia e finanças, e com alcance nacional, MC conta com um público leitor de mais de cem mil pessoas que recebem – via e-mail e whatsapp, quinzenalmente, as suas edições eletrônicas – cabendo destacar tratar-se este de um público eminentemente formador de opinião.

Com esta 21ª edição, o Prêmio Minas Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas – atinge a sua maturidade e se transforma numa das mais antigas premiações de Minas Gerais, contando com quase mil empresas agraciadas e homenageadas desde o seu início.

Lembro-me, com detalhes, daquela noite do dia 10 de agosto de 1999 quando ocorreu, na Serraria Souza Pinto, a sua primeira realização – com a escolha de José Alencar Gomes da Silva como a 1ª Personalidade Empresarial. Depois, a solenidade passou a ser feita no Palácio das Artes e, posteriormente, no MinasCentro, no Automóvel Clube de Minas Gerais e, nos últimos três anos, neste distinto espaço da ACMinas.

O maior objetivo destas duas premiações de hoje é o de valorizar a iniciativa privada e os empreendedores de nosso Estado, além de promover o reconhecimento daqueles que estejam diretamente envolvidos no grande esforço que se constitui a construção de Minas e de um Brasil, melhores e mais justos, para os mineiros e os brasileiros.

É, exatamente na concepção de Minas síntese do Brasil e no valor de nossa gente, da nossa sociedade, da nossa economia, das nossas empresas e empresários que surgiu esta decisão inédita de se render uma homenagem, a todos os que participam da consolidação do desenvolvimento e se envolvem, direta ou indiretamente, no engrandecimento da nossa economia.

Por isso, não vejo nenhuma redundância em afirmar aqui e mais uma vez que, neste momento, encontramo-nos reunidos para festejar a entrega do Oscar da Economia Mineira àquelas pessoas e empresas que mais se destacaram, em diferentes setores e atividades, por seus desempenhos significativos e resultados positivos à nossa economia e sociedade.

Neste ano, são 32 empresas premiadas na categoria intitulada Melhores e Maiores – Empresas Excelência de Minas. E trazemos, ainda, uma inovação – ao premiar três pequenas empresas, do interior de Minas, como Empresas Destaque – numa iniciativa em conjunto com o Sebrae-Minas.

Por meio de rigoroso processo técnico, todas as empresas premiadas foram definidas como Empresas Excelência de Minas Gerais e outra, como Empresa Destaque do Ano. Uma única pessoa física é premiada, com a titulação de Personalidade Empresarial do Ano de Minas Gerais.

A escolha de todos os agraciados, a exemplo das vezes anteriores, conforme já mencionado, obedeceu a critérios rigorosos e estritamente técnicos, dispondo como fundamento essencial a análise dos balanços, das demonstrações de resultado e dos relatórios de administração divulgados pelas empresas, com base no exercício de 2018.

O mais relevante elemento que subsidiou de forma substantiva no levantamento e inventário de todas as informações e utilizado como alicerce principal deste estudo foi o XXIII Ranking de Empresas Mineiras, nele considerados os seus principais índices e indicadores de desempenho das respectivas empresas analisadas.

O Ranking das Empresas Mineiras vem sendo considerado uma das pesquisas mais relevantes e amplas sobre a atuação e performance das empresas com sede no Estado. Presentemente, contemplou a análise de mais de três mil empresas que publicaram os seus balanços ou que os remeteram à redação de MC – até o dia 31 de agosto, para integrar a base do referido estudo. Desse total, 520 empresas se habilitaram a participar deste XXIII Ranking.

De outro lado, constitui este estudo uma peça importante na análise da evolução da economia mineira – incluindo em suas estatísticas e comparações, os dados de muitas empresas que não possuem os seus números contemplados em estudos similares em nível nacional. A equipe responsável por sua realização é liderada pela MinasPart – Desempenho Empresarial e Econômico, Ltda., que se encarrega pelo levantamento e inventário das informações, a sua análise e conclusões, desde o início desta iniciativa, há vinte e três anos.

De acordo com estudos da MinasPart Desenvolvimento, em 2018 o PIB-Produto Interno Bruto de Minas Gerais alcançou R$ 598,5 bilhões, equivalentes a US$ 161,9 bilhões e correspondem a cerca de 8,7% do PIB nacional. Naquele ano, enquanto a economia brasileira registrou expansão de 1,12% – conforme dados divulgados pelo IBGE, a de Minas Gerais cresceu 1,20% de – de acordo com estimativas preliminares da Fundação João Pinheiro – estando tais dados sujeitos a futuras revisões e confirmação por parte do IBGE, o que deverá somente ocorrer em novembro de 2020.

Considerada a Receita Operacional Líquida das 520 empresas habilitadas a participar do XXIII Ranking de Empresas de Minas Gerais, o total analisado por este estudo atingiu R$ 341,07 bilhões, o que corresponde, assim, a 57% do PIB mineiro. Portanto, esta amostra é bastante representativa – o que confere um alto grau de acerto e confiabilidade ao estudo ora apresentado e divulgado a nossos leitores.

A maior Receita Operacional Líquida (ROL) registrada, de R$ 31.983 bilhões em 2018 pertence à FCA-Fiat Chrysler Aut. Bras. S.A. – que é seguida pela ROL ArcelorMittal Brasil – com R$ 25,425 bilhões e Cemig Distribuição, com R$ 13,757 bilhões.

O maior Lucro Líquido apurado – de R$ 2,795 bilhões (superior em 69% ao apurado no ano anterior, de R$ 1,653 bilhão) foi da CBMM-Cia. Brasileira de Mineração e Metalurgia.

A ArcelorMittal Brasil deteve o maior volume de Ativos Totais: R$ 35,628 bilhões e o maior Patrimônio Líquido apurado – de R$ 14,265 milhões é da Usiminas – Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A.

Outro dado relevante revela o quanto a economia mineira é concentrada:

Em termos de Receita Operacional Líquida, o resultado comprova a grande concentração da produção mineira nas grandes corporações empresariais, conforme a seguir:

Há de se destacar que no total da produção, aqui mencionado, não estão incluídos os impostos, o que elevaria ainda mais a participação em termos do PIB estadual.

O detalhamento completo deste estudo intitulado XXIII Ranking de Empresas Mineiras será publicado na edição de MercadoComum que circulará no início de novembro.

Gostaria de retomar alguns trechos do meu discurso proferido em 2011, na realização da solenidade do XI Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico, ocorrida no Automóvel Clube e que contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior da época: “Faço um alerta: se não voltarmos a crescer, as nossas dificuldades só vão se agravar e as soluções, para os nossos principais problemas, estarão cada vez mais distantes. Mesmo já detendo, por exemplo, a mais elevada carga tributária de nossa história, ela continuará se expandindo, assim como a dívida pública, que poderá nos direcionar a uma situação explosiva. E os recursos para investimentos em geral ficarão, também, sempre mais escassos. Repito e insisto no tema: precisamos nos reconciliar com o desenvolvimento e retomar o crescimento econômico vigoroso. Temos de buscar nos transformar em país desenvolvido. Considero o desenvolvimento a trilha natural do Brasil rumo ao futuro, como já afirmava Juscelino Kubitschek há mais de 50 anos. A busca de um futuro melhor para o Brasil passa, inexoravelmente, pela urgente decisão de deixarmos de ser emergentes para nos convolar em país desenvolvido.

Reafirmo, com convicção que, assim como existe o Sistema de Metas de Inflação, o Brasil deveria criar outro modelo similar e a ser considerado a prioridade nacional número um. A proposta nesse sentido é a implantação de um Sistema de Metas de Crescimento Econômico Vigoroso, Consistente, Contínuo e Sustentável, resgatando-se o planejamento para que se possa captar o futuro promissor e iniciar já a sua transformação em realizações efetivas.

O crescimento econômico vigoroso deve deixar de ser apenas uma casualidade, uma questão episódica, uma efemeridade, um acontecimento meramente fortuito para se transformar, efetivamente, na grande meta econômica nacional, permeando a convolação do país em uma economia madura e desenvolvida. Nesta direção já tivemos, antes, vários exemplos bem sucedidos e que poderiam nos servir de inspiração, como foi o caso do Plano de Metas, durante o Governo JK”.

Na verdade, neste século o Brasil vem sendo vítima de uma doença que intitulo de síndrome do raquitismo econômico e fica evidenciado, simplesmente, que não consegue acompanhar o crescimento da economia mundial. A marcha do crescimento econômico nacional parece enferrujada, emperrada e não consegue engatar qualquer ritmo que a possa levar avante e, ao contrário, tem se mostrado nesta década como uma autêntica marcha à ré, um verdadeiro andar para trás, como um rabo de cavalo.

País que não cresce a sua economia é país condenado ao atraso, à miséria e ao subdesenvolvimento, considerados os maiores inimigos da democracia. O Brasil não pode prescindir do crescimento econômico: o estoque de problemas sociais acumulados, eleva-se exponencialmente, apesar da desaceleração da taxa de crescimento da população. Entendo que só a expansão da economia preencherá as condições necessária para o enfrentamento e atenuação dos mesmos.

A superação dos diversos impasses atuais e o ingresso do país em uma nova etapa de expansão econômica, contínua e segura exigirão coragem e firme determinação por parte da sociedade brasileira e de seus dirigentes. A saída não é simples nem trivial e demandará enfoques criativos e destituídos de preconceitos e de várias antigas verdades.

É verdade que há uma grave crise financeira do setor público brasileiro, em todos os seus níveis e, em grande parte, ela é provocada pelo não crescimento real das receitas públicas em decorrência do pouco dinamismo da economia nacional e, mesmo assim, apesar da des-carga tributária asfixiante. É absolutamente indispensável que se promova o resgate do crescimento da economia e se busque a resolução dos problemas financeiros que o impedem de exercer o seu imprescindível papel dinamizador.

É mister, porém, que não se caia aqui no privatismo radical e absoluto. A privatização de empresas estatais não pode ser vista como a panaceia que irá resolver todos os problemas ou males da administração pública brasileira. É certo que a superação da crise financeira do Estado brasileiro exigirá um reposicionamento e um redimensionamento do mesmo no contexto da economia nacional. No entanto, a presença do Estado na economia ainda continua essencial e insubstituível, ainda mais quando se trata de um país com dimensões continentais como é o caso do Brasil, com alta concentração de renda e ainda por se desenvolver.

Neste sentido, o equacionamento e a solução da problemática financeira do setor público devem se efetivar no bojo de um projeto global de redefinição de seu papel na economia do país, e não a partir de medidas tópicas, superficiais e indiscriminadas que fariam agravar ainda mais a questão. Sem a superação desses entraves, a economia brasileira continuará patinando, imersa no conjunturalismo predominante e vigorante em várias das décadas anteriores e ainda persistente nos dias atuais. Desatar esses nós é pré-condição para o seu lançamento em um novo ciclo de expansão.

Entendo ser fundamental que as decisões governamentais nacionais consideram a urgente necessidade da transformação do país em uma nação desenvolvida, justa e próspera. Para que isso ocorra, torna-se imprescindível que estas decisões, insubstituíveis e inadiáveis por mais tempo, elejam “o desenvolvimento em primeiro lugar”.

Quero reafirmar que aposto no desenvolvimento de Minas Gerais e na possibilidade de o Brasil conciliar-se com o crescimento vigoroso e a modernização da economia, com a justiça social e a democracia.

Ao contrário de todas as vezes anteriores destas premiações, nesta oportunidade vou deixar de tecer quaisquer comentários sobre a economia e a situação das contas públicas de Minas Gerais. Não por considerá-los irrelevantes ou desnecessários, mas porque acabei de divulgar um longo estudo intitulado “Uma abordagem sobre a insolvência de Minas Gerais, o Regime de Recuperação Fiscal – RRF e a privatização de empresas do Estado” que já foi acessado em nosso site por milhares de leitores e já se encontra em discussão em vários canais de relacionamento na internet.

Reitero nossos cumprimentos, parabenizo o médico Roberto Santoro, o Instituto Hermes Pardini e todas as empresas agraciadas nesta premiação, desejando-lhes muito sucesso e que todos os senhores continuem repetindo, com bastante êxito, essa trajetória positiva que muito dignifica Minas e engrandece o Brasil.

Para finalizar, gostaria ainda de deixar mais uma vez consignado o meu abraço afetuoso a todos os agraciados do XI Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico, parabenizando-os pela merecida escolha. Agradeço, também, aos meus pares de Diretoria da ASSEMG pela confiança depositada para que, juntos, possamos colaborar para o engrandecimento da nossa profissão e o desenvolvimento econômico e social, de Minas e do Brasil.

Discurso proferido no dia 24 de outubro, no Espaço Institucional da ACMinas – durante a solenidade de premiação do XI Prêmio Minas Gerais de Desenvolvimento Econômico e do XXI Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores Empresas  – MercadoComum – 2019″

DISCURSO ROBERTO SANTORO*

Agradeço imensamente, em meu nome, e em nome dos mais de seis mil colaboradores do Grupo Pardini, a homenagem da revista MercadoComum e de seus parceiros. Foi aqui em Belo Horizonte que, há 60 anos, um médico empreendedor deu os primeiros passos para o que, hoje, chamamos de O Futuro dos Laboratórios.

O sonho do Dr. Hermes Pardini elevou a Medicina Diagnóstica a um outro patamar dentro da cadeia de saúde. Para isso, ele investiu em maquinário, participou de inúmeros testes e estudos, fez seu negócio prosperar.  O seu nome se transformou no nosso. Hoje, o Grupo Pardini é referência nacional quando se fala em Medicina Diagnóstica. São 12 empresas, referências em suas áreas de atuação – desde os exames de rotina até o estudo de doenças raras. São mais de oito mil tipos de testes disponíveis, seguramente o maior portfólio do Brasil.

Diariamente, atendemos mais de 16 mil pacientes em nossas 120 unidades de atendimento direto, em Minas Gerais, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, estamos presentes em todos os estados brasileiros, por meio de mais de seis mil laboratórios parceiros. Com muito orgulho, levamos o que há de mais moderno em diagnóstico, não só para as grandes metrópoles, como em Belo Horizonte e em São Paulo, mas também para tribos indígenas no interior do Amazonas. Diariamente, percorremos mais de 88 mil quilômetros para transportar amostras biológicas com agilidade e a máxima segurança.

Aqui, próximo ao aeroporto de Confins, há nove anos, o Grupo Pardini conta com o maior centro de automação de exames do mundo. São mais de 90 milhões de testes realizados, por ano. Neste mesmo local, está sendo finalizada a implantação de uma nova tecnologia que irá aumentar nossa capacidade instalada para 160 milhões de exames, anualmente. Antes mesmo de ser inaugurado, esse projeto já vem sendo acompanhado de perto pelos maiores players de diagnóstico do mundo.

Aqui em Minas, Hermes Pardini é Top of Mind – Marcas de Sucesso – MercadoComum; sinônimo de presença, de comodidade, de praticidade. Isso muito nos orgulha, mas queremos mais.

Somos benchmark nacional em transformação digital e inovação. Para o Grupo Pardini, Medicina Diagnóstica vai muito além do tradicional exame de rotina que fazemos periodicamente. Estamos acompanhando as grandes evoluções da genética e genômica, investindo fortemente na Medicina Personalizada e contribuindo, de maneira efetiva, para o desenvolvimento de toda a cadeia de saúde.

Não podemos nos esquecer que, por trás do exame de um paciente, estão o médico, a operadora de saúde, os hospitais, o poder público, os órgãos reguladores, os investidores, a sociedade em geral. Hoje, até 70% das decisões clínicas são tomadas a partir de exames da Medicina Diagnóstica. Sabemos do grande potencial da saúde e estamos atentos aos desafios econômicos e sociais do país. Por isso a evolução da cadeia é tão importante.

Para terminar, reforço um compromisso com as senhoras e os senhores aqui presentes: estamos trabalhando, muito, para ser o laboratório mais inovador do Brasil.

*Presidente da Diretoria Executiva do Grupo Pardini. Discurso proferido ao receber o Troféu Personalidade Empresarial do Ano durante solenidade do XXI Prêmio Minas – Desempenho Empresarial – Melhores e Maiores – MercadoComum 2019 – ocorrida no Espaço Institucional da ACMinas, dia 24 de outubro, em Belo Horizonte – MG.

*Fotos Davi Martins

Diplomação XXI PRÊMIO

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