Os desafios da cadeia de abastecimento da indústria de bebidas alcoólicas
Os desafios da cadeia de abastecimento da indústria de bebidas alcoólicas
Os desafios da cadeia de abastecimento da indústria de bebidas alcoólicas

Principal preocupação do setor é com relação à escassez de vasilhames de vidro; fornecedores planejam investir na produção para suprir a demanda e acompanhar o crescimento da indústria, estimando um aumento de 22,5% na produção até 2025
 

A pandemia de Covid-19 desafiou diversos segmentos econômicos. Para o setor de bebidas alcoólicas não foi diferente. Nos primeiros meses pandêmicos, houve uma queda de cerca de 70% no volume de vendas das bebidas alcoólicas no Brasil. Passado o pior período da pandemia, iniciou-se a Guerra na Ucrânia, trazendo implicações de uma economia globalizada, como crise de logística e efeitos climáticos, pressionando os custos, indisponibilizando insumos e impactando a oferta de matéria-prima, água e energia.
 

Diante desse cenário, a Associação Brasileira de Bebidas — ABRABE, em conjunto com a KPMG, realizou um estudo setorial sobre os desafios da cadeia de abastecimento do setor de bebidas alcoólicas. A escassez de vasilhames de vidro, o aumento de custos de insumos agrícolas e o prazo de entregas de equipamentos foram apontados por vários players do setor como desafios a serem superados nos próximos anos. O estudo intitulado Desafios da Cadeia de Abastecimentos da Indústria de Bebidas Alcoólicas destaca a grande dependência do setor de insumos e maquinário importado e trouxe para os holofotes a complexidade logística internacional combinada com a burocracia nos processos aduaneiros.


“Os indicadores inéditos que trazemos junto com a KPMG mostram questões importantes e podem servir como um ponto de partida para que empresas e instituições do setor encontrem soluções inovadoras e eficazes para enfrentar os desafios atuais e futuros”, pontua Cristiane Foja, presidente-executiva da ABRABE.


O levantamento realizado pela KPMG foi feito a partir da compilação e análise de dados disponibilizados pelas principais empresas do mercado, associadas à ABRABE. Para a sócia de estratégia da KPMG, Thais Balbi, “por um lado, o mercado de bebidas alcoólicas cresce mundialmente e está em plena transformação nos hábitos de consumo, e por outro, a indústria encontra desafios complexos como a falta de insumos e vasilhames, inflação alta, crises climáticas e aumentos expressivos de estoques e custos logísticos. O planejamento em longo prazo e o pensamento inovador e tecnológico são requisitos essenciais para o setor continuar crescendo de maneira sustentável”.


Setor de bebidas alcoólicas se movimenta para superar principal desafio

Responsável por 29% do volume comercializado no país e uma receita bruta de R$ 37,7 bilhões, as empresas nacionais e multinacionais associadas à ABRABE produzem diferentes categorias de bebidas, além de apresentarem tamanho e modelos de negócios distintos. Dentre essas empresas representantes de vinhos, cervejas, cachaças e destilados, a escassez de vasilhames de vidro figura como uma preocupação comum. Isto porque o vidro é o principal insumo para o setor, representando mais de 90% das embalagens para cada uma das categorias.


Apesar do crescimento de 12% no volume de vendas de bebidas alcoólicas nos anos de 2020 e 2021, a produção de vasilhames caiu 5% em 2020, de acordo com o IBGE, saindo de 7.708 milhões, em 2019, para 7.311 milhões de garrafas de vidro produzidas no Brasil, em 2020. O setor se viu, então, pressionado pelo desabastecimento no país. 


Para os próximos três anos, os fornecedores pretendem investir na produção a fim de suprir a demanda e acompanhar o crescimento da indústria de bebidas. A estimativa é de que, em 2025, a produção brasileira de vasilhames chegue a quase 9.500 milhões, um crescimento de 22,5% quando comparado a 2019. Porém, a ABRABE e a KPMG alertam para a possibilidade da falta de vasilhame após o ano de 2025. 


“A superação de desafios na cadeia de suprimentos requer uma abordagem estratégica e proativa, com a adoção de medidas preventivas e o uso de tecnologias para melhorar a eficiência e a resiliência da cadeia de abastecimento. Por isso, em conjunto com todas as nossas 36 associadas, trabalhamos para melhorar a reutilização de insumos e minimizar os riscos de um desabastecimento”, finaliza Foja. 


Fundada em 1974, a Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE atua pelos interesses setoriais de fabricantes e importadores de bebidas no Brasil, sendo a única entidade que representa exclusivamente bebidas alcoólicas em todas as suas categorias. Atualmente, são 36 associadas, contemplando empresas nacionais e multinacionais, que, juntas, representam um mercado bastante diversificado de bebidas alcoólicas no Brasil. A ABRABE atua com base em cinco propósitos estratégicos: desenvolvimento econômico do setor; sustentabilidade na cadeia de valor; relação responsável entre bebidas alcoólicas e sociedade; ambiente saudável de concorrência; e oportunidades de aprimoramento do mercado.

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