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Por: Inimá Rodrigues Souza

 

O ano de 2008 já vai longe, mas, o fantasma do Lehman Brothers continua assustando o vinho da Europa.

Percorrendo algumas regiões vinícolas no continente constata-se que os estragos causados pela falência do quarto maior banco americano, ainda, hoje, sacode o corpo do vinho europeu; sem trocadilho.

O consumo – que em algumas longitudes, bem antes da crise, já apresentava números para baixo -, caiu e fez baixar os preços; tudo no bojo da redução do poder aquisitivo da população. De modo geral, o consumidor passou a beber vinhos mais baratos, e o produtor, sensível ao fenômeno, vem produzindo a preços mais baixos, tanto para atender o mercado interno como para as exportações.

E exportar virou uma ação obsessiva fazendo com que todos estejam – como se diz em Portugal, a rodar mundo para vender vinhos; especialmente, para esse mundo chamado China e Brasil. O país asiático é um eldorado que, a cada dia, bebe mais vinho e, logo, importa miríade de garrafas a cada ano, não obstante ser um grande produtor.

No Brasil, onde patinamos em menos de 2 litros per capita, o vinho europeu, para ampliar o seu mercado tem de suar a camisa. Afinal, não é fácil, mesmo com preços mais baixos lá na Europa, enfrentar, aqui, uma carga tributária capaz de corar a mais despudorada marafona; e, ainda, competir com o produto argentino e chileno que chega sem taxa de importação.

Na Itália, as exportações em 2012, ficaram quase no mesmo nível de 2008, e, agora com os ventos de uma estabilização econômica soprando pelo continente, mesmo que timidamente, acredita-se que as vendas externas possibilitarão resultados mais musculosos para toda a cadeia.

A França, entre os anos de 2009 e 2010, manteve estabilizado o seu consumo, que ressentiu-se da crise em 2011 e 2012, inclusive nas exportações, que, em toda a Europa caiu para além de 13%, no período. A venda de alguns vinhedos a investidores estrangeiros, particularmente os chineses, foi mais um reflexo da crise no país.

Portugal vem procurando incrementar as suas exportações através de ações que vão além do marketing, para compensar a queda no consumo interno. Os vinhos portugueses estão sendo degustados pelo mundo afora, com preços mais atrativos, e o produtor sabe que precisa vender mais e agora. O Brasil, seu 4º mercado consumidor, continuará sendo foco especial de vendas para alcançar ou até suplantar o crescimento de, aproximadamente, 80% verificado no último ano.

Enfim, o vinho europeu não desceu do seu pedestal, mas, teve de se curvar, arejando-se n’algumas práticas para encarar o fantasma.

 

SAFRA HISTÓRICA

Segundo informes, a safra deste ano é histórica para os espumantes e vinhos brancos brasileiros. Isto, porque no inícioda safra o Estado do Rio Grande do Sul teve uma condição excepcional, como há muito tempo não se via. As variedades brancas e as precoces, como a Pinot Noir, muito utilizada em espumantes, alcançaram níveis de excelência.

Na Serra Gaúcha os espumantes gerados na última colheita atingiram níveis históricos de qualidade, com alto frescor, aromas finos, ótima acidez e potencial de guarda.

As variedades, Chardonnay, Riesling Itálico e Pinot Noir foram colhidas em um período de pouca precipitação, sendo, portanto, beneficiadas.

Também, foram beneficiados os tintos de ciclo curto, como Merlot, Tannat, Pinotage, Barbera e Marselan.

Tim, tim.

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