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Em primeiro lugar cumprimento o Exmo. Sr. Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e agra-deço, em nome do Fórum JK de Desenvolvimento Econômico, por ter aceito o nosso convite e por estar aqui conosco nesta noite nos honrando com a con-ferência intitulada “Brasil – DesafiosPolíticos e Eco-nômicos”.

Cumprimento  todos os dirigentes de classe empresarial e profissionalque aqui se encontram também reunidas, destacando a presença do Olavo Machado Jr., presidente do Grupo Brasil em Debate e da FIEMG.

A máquina de crescimento da economia brasi-leira está enferrujada e quebrada. Para voltar a fun-cionar será preciso, consertar ou trocá-la, por outra. O Brasil carece de um mal que intitulo de síndrome do raquitismo econômico. Não cresce e, quando isso ocorre, cresce pouco e abaixo da média mundial. País que não cresce é país condenado!

Carlos Alberto Teixeira de Oliveira em seu discurso de saudação ao governador Geraldo Alckmin

enho destacado, ao longo das últimas três décadas que:

– A instabilidade e a crise brasileira têm levado a política econômica a uma postura eminentemente imediatista, onde a busca da estabilização ofusca to-dos os problemas de médio e longo prazos. A obses-são pelas questões conjunturais retira da economia qualquer referencial, qualquer norte. A maior parte da energia social esgota-se na persecução do equilíbrio das contas públicas e da redução dos índices da in-flação

A economia brasileira não cresce e, em decor-rência, a arrecadação real também não se expande. De outro lado, os juros exorbitantes consomem boa parte das receitas provocando, ainda, um déficitor-çamentário nominal expressivo e que, neste ano, de-verá situar-se em torno de 8% do PIB. 

O desfecho só pode ser um: a dívida pública cada vez maior – o que vai sempre exigir mais e mais recursos para financiá-la.O que estamos promoven-do é como usar querosene para se tentar apagar fogueiras.

Um alerta: se o Brasil não voltar a crescer as dificuldadessó vão se agravar e as soluções, para os principais problemas estarão cada vez mais distan-tes. Mesmo já detendo, por exemplo, a mais elevada carga tributária de nossa história, ela continuará a se expandir, assim como a dívida pública que poderá nos direcionar a uma situação explosiva. E os recur-sos para investimentos em geral ficarão,também, sempre mais escassos

Um dos objetivos do Fórum JK de Desen-volvimento Econômico é de buscar resgatar o debate sobre o desenvolvimento nacional para que o Brasil possa se reconciliar com o crescimento econômico vigoroso, consistente, contínuo e sustentável.

E, nesse sentido, gostaria de realçar algu-mas frases e pensamentos do saudoso presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira:

-“Devemos, é verdade, arrumar a nossa casa, mas incorreremos em desordem maior ainda se en-travarmos o ritmo da nossa produção.

Cabe ao governo praticar todos os atos que conduzem ao equilíbrio orçamentário. Importa com-bater o empreguismo no serviço público e, com isso, reduzir os gastos da administração. 

É o que tenho feito, na medida de minhas possibilidades. Só eu mesmo sei o quanto me tem custado contrariar a expansão de inúmeros fatores negativos da vida brasileira e reagir contra eles, sem provocar atropelos.

O que, porém, (…) pretendo tornar bem claro é que, na luta contra a inflação,se inclui, como um dos elementos mais importantes, o aumento da produção nacional.

Mais de um milhão de consumidores se in-corpora todos os anos à nossa população, seja dos que aqui nascem, seja dos que adotam o nosso país como segunda pátria. Creio na capacidade de traba-lho e de recuperação do Brasil. Creio na indústria de meu país e sei o quanto lhe devemos todos.

Não haverá nada que me convença da conve-niência de corrermos o risco de desestimular a pro-dução, quando o crescimento do número de consu-midores é contínuo e intenso.

Nenhuma política econômica será bastan-te convincente para mim, ou conveniente para meu país, se não considerar a realidade positiva de que é necessário alimentar, vestir e amparar novos con-tingentes humanos que vêm ampliar nossa superfície demográfica

Aos que, de boa-fé, nos aconselham medidas de contenção indiscriminadas, peço que recordem as condições em que se operou o desenvolvimento de grandes nações e julguem se lhes foi possível vencer os obstáculos com que se defrontavam sem criar riqueza. 

Aos que pensam que o Brasil deve parar a fi de pôr a casa em ordem, respondo que nosso país deve arrumar a casa produzindo, trabalhando, exi-gindo de seus filhosum esforço mais racional e um maior rendimento de produção. 

Constituiu sempre uma das preocupações centrais de meu governo coordenar as medidas ten-dentes ao mesmo tempo a salvar a nossa moeda, es-tabilizar a vida econômica, encorajar o aumento da produção, jugular o surto inflacionário”

Uma outra expressão de JK:

-“Estamos avançados no sentido de nosso desenvolvimento material, mas somos forçados a re-conhecer-nos ainda muito atrasados, principalmente em relação aos países de alto grau de industrializa-ção. Uma análise comparativa de nossa marcha com a das nações desenvolvidas resultará em algo de in-quietude. Devemos ter a ambição de não nos con-tentar com o que já fizemos,e o orgulho de não nos resignarmos a continuar em posição secundária. Na verdade, não se trata sequer de ambição ou orgulho. Creio que já existe, na consciência coletiva brasileira, a noção de que o nosso desenvolvimento é um im-perativo de segurança nacional. Temos de acelerar o passo, integrando-nos num ritmo de crescimento mais rápido. Cumpre-nos procurar, a todo o transe, o socorro da técnica moderna. Temos de ocupar, nos mapas econômicos e políticos, uma posição corres-pondente à nossa importância territorial e demográf-ca. A grande tese do nacionalismo brasileiro, a meta dos verdadeiros patriotas consiste em diminuir a mar-gem imensa que nos separa dos povos que se eleva-ram à prosperidade. Esse ideal constitui, por outro lado, um objetivo de prudência neste mundo de dura competição”. – (Discurso proferido ao finaldo 3º ano de governo – 31 de janeiro de 1959).

Destaco, ainda, a seguinte frase de JK:

-“Impõe-se, portanto, a conclusão de que, num país como o nosso, não somente as peculiarida-des geográficase humanas, mas também os dados acerca da evolução econômica indicam o desenvolvi-mento acelerado como o único caminho de salvação.

Nenhuma política será legítima, se não objetivar, com caráter prioritário, o desenvolvimento. É esta uma di-retriz que já nenhum governo poderá abandonar no Brasil”. (Conferência proferida no Clube Militar, sobre a política de desenvolvimento seu governo – Rio de Janeiro, 21 de julho de 1959).

E, para concluir, gostaria de acrescentar mais esta frase de JK:

“Não sou pessimista, não só porque não está na minha feição sê-lo, mas também porque, na rea-lidade, é imperdoável falta de realismo desdenhar as possibilidades que o Brasil oferece.

Por maiores que sejam os obstáculos e dif-culdades a enfrentar, por mais ásperos que sejam os caminhos que estamos percorrendo neste momento, não devemos esquecer o valor patrimonial existente em nossa terra, com as suas riquezas ainda longe de serem avaliadas na sua maior parte, com as suas possibilidades praticamente desconhecidas e apenas entrevistas.

Como aceitar a tese do pessimismo, do ne-gativismo, se não há ainda um inventário dos bens nacionais, se não sabemos sequer o que possuímos para fazer face à crise que nos aflige?

Discurso proferido por Carlos Alberto Teixeira de Oliveira, Coordenador-Geral do Fórum JK de Desenvolvi-mento Econômico, durante palestra proferida pelo governa-dor de São Paulo Geraldo Alckmin, na sede do Sicepot-MG, em 18 de setembro, em Belo Horizonte.

 

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