O e-commerce em Minas Gerais
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O e-commerce em Minas Gerais

Pesquisa elaborada pela Fecomércio MG aponta grande oportunidade de crescimento do comércio varejista no Estado

O Núcleo de Mercado & Consumo da Fecomércio MG realizou uma pesquisa sobre o setor de comércio online (e-commerce) no Estado, para conhecer e mapear o comportamento do empresariado mineiro. O estudo avalia o quanto o empresário atua no comércio virtual, quais as plataformas são utilizadas, para onde vendem e a frequência que vendem e formas de pagamento dessas transações. Aborda também o interesse deles em implementar ou ampliar esses serviços em suas empresas. A pesquisa serve de base para que os sindicatos da categoria orientem seus empresários afiliados para promoverem seus negócios, aumentando a competitividade e melhorando o foco no mercado e no consumo.

Ao todo, 404 empresas participaram da pesquisa, sendo pelo menos 38 em cada região de planejamento (Alto Paranaíba, Central, Centro-Oeste, Jequitinhonha-Mucuri, Zona da Mata, Noroeste, Norte, Rio Doce, Sul de Minas e Triângulo). A amostra avaliada calcula uma margem de erro da ordem de 5,0%, a um intervalo de confiança de 95%.

Perfil das empresas pesquisadas:

Idade das empresas:

73,27% foram abertas há mais de 10 anos, sendo 43,81% abertas de 20 a 50 anos e 29,46% têm de 10 a 20 anos de atividade.

Número de empregados:

93,81% das empresas têm de 0 a 49 empregados, sendo que a maioria tem de 0 a 9 (72,52%) e de 10 a 49 (21,29%).

Segmento:

Supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, tecidos (27,23%), vestuários e calçados (22,77%); materiais de construção (12,87%).

Tipo de negócio:

Quase 92% das empresas do comércio são loja própria e, aproximadamente, 8% são franquias.

Presença online

55,20% têm presença online e 44,80% ainda não tem nenhuma atividade virtual. Dos 44,80% que não comercializam seus produtos de forma online, 70,72% não pretendem efetuar/implementar serviços para aparecerem de forma virtual, enquanto outros 23,75% pretendem ampliar suas vendas de forma virtual, enquanto 5,52% dos comerciantes ainda não têm opinião formada.

Das empresas que não têm presença online, 41,44% têm preferência pelo atendimento presencial. Chama a atenção da Fecomércio MG, as alegações dos empresários que ainda não fazem vendas de forma on-line por se enxergarem incapazes, (21,55% afirmam não ter presença na internet por considerar sua empresa pequena, 18,23% dos empresários alegam a falta de tempo para ampliar seus negócios, a mesma porcentagem alega falta de mão de obra especializada e 14,92% acreditam que o motivo é a falta de planejamento para iniciar seus negócios de forma online). Para o presidente da Fecomércio MG, Nadim Donato, é percebido que muitos empresários deixam de investir no e-commerce por falta de orientação ou conhecimento, “o empresariado, precisa de suporte especializado que o oriente para poder desenvolver seus negócios. Participar de sindicatos de classe é a melhor solução”, afirma.

É percebido através da pesquisa, o interesse desses empresários, 46,51% dos entrevistados acham importante algum tipo de consultoria ou treinamento para iniciar atividades de comércio eletrônico em suas empresas.

Empresas conectadas

Em todo o comércio mineiro, cerca de 55,2% estão conectadas de alguma forma com seus clientes. Entre as empresas pesquisadas, cerca de 75% trabalham com vendas on-line por meio de WhatsApp, Instagram, marketplaces e/ou por sites próprios. A pesquisa ainda revela que 58,68% encontraram o caminho das vendas on-line por demandas a partir dos consumidores. Cerca de 42,51% do empresariado decidiram atuar em vendas on-line devido a pandemia, outros 29,34%, enxergaram como tendência de mercado.

Dos 55,2% dos empresários que praticam o e-commerce, já o comercializam seus produtos de 1 a 5 anos, sendo que 42,51%, vendem de forma on-line há um período de 3 a 5 anos. Nota-se que a maioria das empresas atua em um período recente e, provavelmente, acelerado devido à pandemia.

Motivos para não trabalhar com e-commerce

A pesquisa também revela que muitas empresas, cerca de 42%, ainda não trabalham com e-commerce devido à falta de planejamento, enquanto outros 42,86%, alegam falta de tempo para implantar o serviço. A carência de profissionais especializados (9,52%), e a falta de recursos financeiros (9,52%), mostram que o mercado de comércio eletrônico pode crescer com capacitação de profissionais e a recuperação econômica do comércio.

As plataformas mais utilizadas

As empresas que possuem algum tipo de presença on-line, 90,42%, atuam também nas redes sociais. Cerca de 67,47%, promovem vendas pelo WhatsApp Business e 59,28%, preferem realizar suas vendas por outras redes sociais. O Instagram tem a preferência entre o empresariado com 66,47%, seguido pelo Facebook com 38,28%.

WhatsApp Business

A pesquisa conclui que a maioria das empresas que utilizam o WhatsApp Business, efetivam suas vendas e recebem por outro meio de pagamento e 55,75%, fecham as suas vendas e recebem pelo próprio Whatsapp Business. Cerca de 36,28% das empresas optam por direcionar seus clientes para o site. Essa atitude pode comprometer a venda, como explica o Coordenador do Núcleo de Mercado e Consumo da Fecomércio MG, Marcelo Silveira, “mesmo direcionando o cliente para finalizar suas vendas pelo site, o empresário corre o risco do cliente deixar para depois, fazer mais pesquisas ou até mesmo, abandonar o carrinho no fim do processo de compra”. Outros 7,96%, utilizam lista de transmissão e 7,08% utilizam catálogos compartilhados no WhatsApp para divulgarem seus produtos e preços.

Presença nas redes sociais

Cerca de 90,42% dos empresários pesquisados têm presença nas redes sociais. As redes sociais mais utilizadas são Instagram com 55,85%, seguidos do Facebook com 40,75%, YouTube com 2,64%, Messenger com 0,38% e Twitter com 0,38%. As empresas que utilizam as redes sociais as utilizam principalmente reforçar a imagem da marca. A maioria das empresas, 78,67%, estão nas redes sociais para divulgar as ações das lojas físicas, enquanto 79,33 preferem divulgar seus produtos, 34,23% preferem apresentar o conceito da empresa enquanto 18,24% preferem educar o consumidor.

Venda por meio das redes sociais

Cerca de 89,22% dos comerciantes atendem por meio de aplicativos, incluindo WhatsApp e marketplaces. Dos entrevistados, mais de 60% recebem feedback dos clientes em até um mês.

Das empresas que comercializam seus produtos de forma on-line, 60,51% os fazem pelo Instagram e 38,85% vendem pelo Facebook.

Marketplace x Sites próprios

A pesquisa revela que 13,77% das empresas mineiras consultadas com presença on-line, estão em marketplaces. Para estas, 43,48% utilizam como ferramenta de e-commerce, a plataforma Mercado Livre, 34,78% utilizam a Magazine Luiza e 21,74% estão presentes na Shopee. Porém, o percentual de empresas que possuem site próprio, 32,73%, é um pouco maior quando comparado às que estão em marketplaces. Aproximadamente 66,07% vendem em seus sites, enquanto 10,71% tem interesse em iniciar as fazer vendas nos próximos 12 meses. Ainda 10,71% não tem interesse em realizar vendas em seus sites. É percebido que percentual de comerciantes que utilizam marketplace é muito inferior aos que tem site próprio. Das empresas com site próprio, praticamente 2/3 comercializam seus produtos através dele. “Percebemos que o empresário está perdendo a oportunidade de maximizar suas vendas a partir dos marketplaces, plataformas que multiplicam sua visibilidade no mundo online e que conectam o seu negócio para muitos clientes”, afirma Silveira.

Integração entre loja física e on-line

As vendas online continuam crescendo e gerando novas oportunidades para os empreendedores. Se antes havia certa desconfiança nas compras online, hoje esse método é o preferido do país e já conquistou milhões de consumidores. O comércio eletrônico está se fortalecendo e as empresas que buscam ter presença virtual e comércio on-line, podem se destacar no mercado. Para a maioria dos lojistas, 56,97%, as vendas on-line correspondem até 20% das vendas totais, sendo que para 39,39%, estas vendas não chegam a 10% de suas vendas totais. Um dado surpreendente, é que a maioria dos que vendem de forma online, permitem a integração da loja física com a loja online, proporcionando um melhor relacionamento com seus clientes em seu ponto físico.

Formas de pagamento no e-commerce

Ao contrário das lojas físicas, onde as vendas são pagas de forma direta e imediata, as lojas online oferecem diversas formas de pagamento, o que requer um suporte de segurança da informação mais avançado e confiável. Entre a maioria dos comerciantes pesquisados, 91,02% aceitam como forma de pagamento o Pix. Na atualidade, este método de pagamento se tornou popular e ultrapassa o pagamento com cartão de crédito com 76,65%, débito com 56,29%, a transferência bancária com 24,55%, o boleto bancário com 21,56% e outras formas de pagamento.

Vendas on-line para outros lugares

O comércio eletrônico oferece diversas vantagens para varejistas e consumidores. No entanto, essa é uma excelente alternativa para as empresas que desejam ganhar visibilidade, realizar vendas além dos seus limites físicos, reduzindo gastos e aumentando as vendas. Dos estabelecimentos que praticam e-commerce, a pesquisa revelou que 62,87% realizam vendas para fora da cidade e 37,13% só praticam suas vendas em seus municípios. As vendas no comércio virtual no Estado de Minas Gerais somam 64,67% enquanto 34,73% dos empresários dizem realizar vendas para fora do estado mineiro. A surpresa é descobrir que 9,58% dos comerciantes realizam vendas virtuais para fora do país.

A pesquisa demonstrou que o empresariado mineiro já está inserido no mercado on-line, e a pandemia foi o grande motor propulsor da entrada nesse tipo de negócio. A maior parte desses empresários que atuam de forma on-line, utilizam o WhatsApp Business como ferramenta de venda. A maioria dos empresários que atuam de forma on-line, estão presentes nas redes sociais. Destes, a maioria que vendem por meio dessas redes sociais, utilizam primordialmente Instagram e em seguida, o Facebook. A maior parte dos empresários, visando aumentar a sua rentabilidade, utilizam o Pix como uma nova forma de pagamento, seguidos do cartão de crédito, débito e boleto bancário.

O presidente da Fecomércio MG, percebeu na pesquisa uma grande oportunidade de crescimento do comércio varejista no estado, “o empresariado já descobriu que existem outras formas de aumentar seu faturamento através da incorporação do comércio eletrônico aos seus negócios já estabelecidos”, finaliza Nadim Donato.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 568 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sesc, Senac e Sindicatos Empresariais, a Fecomércio MG atua junto às esferas públicas e privadas para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo, a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.

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