O setor do agronegócio é de grande importância para a economia brasileira e representa cerca de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em 2019, o PIB do agronegócio brasileiro cresceu 3,81%. Mas, apesar da expansão, ainda é um setor carente de novas tecnologias. Além disso, a covid-19 desencadeou uma crise em toda a economia e o mercado do agronegócio tem sofrido enormes movimentações.

Nesse cenário, surge o NovoAgro Ventures, um fundo de investimentos baseado no modelo Venture Builder do setor de agronegócios – é o primeiro do Brasil, que seleciona inovações aplicadas e startups, além de investir em empreendedores que tenham paixão pelo propósito do negócio com foco na geração de valor para o mercado.

A iniciativa é uma parceria entre o Sistema FAEMG (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais), que possui mais de 400 mil produtores associados, e a FCJ Venture Builder, maior rede de Venture Builder da América Latina.

ENGAJAMENTO

“Nosso objetivo é incentivar startups que busquem soluções para o setor. Precisamos de ideias inovadoras e empreendedores engajados para fazer com que o agronegócio cresça ainda mais e de forma saudável”, explica Léo Dias, CEO do NovoAgro Ventures. “A revolução começa com uma pequena semente.”

Ele conta que o Sistema FAEMG já mapeou várias necessidades do agro. “Agora, nosso foco é investir em empresas que têm soluções tecnológicas que resolvam essas questões de forma escalável, pois muitas das necessidades são comuns à maioria dos produtores”, diz.

Vale lembrar que, ainda mais nesse período de crise, a produção agropecuária não pode parar. “Os setores da agropecuária e da logística são parte dos que mantêm os supermercados abastecidos e seguram a falta de suprimentos na pandemia. Assim, as tecnologias e a inovação são essenciais no que se refere à busca de soluções para o momento”, afirma.

O projeto procura soluções como softwares para o setor; iniciativas voltadas para a criação de alternativas energéticas; aproveitamento de resíduos; controle ambiental; monitoramento e comercialização; biotecnologia e sementes.

FACILIDADES

Para as startups selecionadas serão oferecidas: conexão entre os diferentes parceiros e entidades do agronegócio para potencializar a entrada no mercado (go-to-market); conexão com fundos de investimento; rodadas de negócios; mentorias; campanhas de marketing com força de vendas; facilidade para entrada em programas de incentivo e ampla exposição de mídia.

Paulo Justino, fundador da FCJ Venture Builider, explica que esse modelo de licenciamento tem como objetivo ser uma alternativa de aproximação das grandes empresas com as startups, complementando os modelos tradicionais de incubação e aceleração e preparando as startups para o investimento dos fundos de venture capital. Para isso, serão desenvolvidos alguns pontos-chaves: planejamento e visão de curto, médio e longo prazo; portfólio gerenciado; modelo de governança corporativa de uma holding.

Segundo Roberto Simões, presidente do Sistema FAEMG, “essa foi a melhor solução encontrada para dar agilidade aos projetos de inovação que tragam resultados efetivos para o produtor rural e para toda a cadeia do agronegócio. A Corporate Venture Builder nos proporciona uma grande oportunidade para buscarmos soluções eficientes, com mais agilidade, e para ingressarmos definitivamente nesse novo universo, que é a inovação tecnológica, a fim de melhorarmos os processos desde o plantio até a mesa do consumidor”.

 

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