O vencedor do Prêmio Nobel de Economia, Paul Romer, é o convidado de honra do Prêmio CBMM de Ciência e Tecnologia, criado com o objetivo de reconhecer o legado de pesquisadores que contribuem significativamente para o desenvolvimento do Brasil.

A categoria Ciência premiará pesquisadores que contribuíram para colocar o Brasil em destaque no cenário científico mundial e a categoria Tecnologia reconhecerá profissionais cujos trabalhos tenham gerado impacto econômico, social e ambiental relevante para o Brasil, ao desenvolver aplicações práticas. Os pesquisadores que concorrem ao prêmio se inscreveram voluntariamente ou foram indicados por personalidades renomadas nas áreas de Ciências Exatas e Engenharias. Na primeira edição foram inscritos 83 pesquisadores de todo o País e os vencedores em cada categoria receberão um prêmio de R$ 500 mil. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 21 de agosto, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

Paul Romer, que fará uma palestra na cerimônia de premiação, recebeu o Prêmio Nobel em 2018, por sua Teoria do Crescimento Endógeno, que integra inovação tecnológica ao desenvolvimento de um país ao defender que investimentos em capital humano, inovação e conhecimento contribuem de forma expressiva para o crescimento econômico. Romer também é responsável pelo conceito de Cidades Estatutárias, além de ter sido economista líder do Banco Mundial.

Segundo a CBMM, a criação do prêmio reforça seu compromisso de deixar um legado para o Brasil além do desenvolvimento mundial do mercado de nióbio, que a empresa ajudou a impulsionar e no qual ocupa posição de liderança. Desde sua origem a CBMM investe em pesquisa e desenvolvimento de aplicações para o nióbio e graças aos seus esforços o mercado mundial cresceu de forma exponencial, passando de 1.000 toneladas/ano, na década de 1960, para 120 mil toneladas, volume registrado em 2018.

CBMM investirá em expansão

A CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) deverá expandir sua capacidade de produção de ferronióbio para 150 mil toneladas até 2020, o que significaria um aumento de 50% em relação à produção obtida em 2018, que foi da ordem de 100 mil toneladas. Já em 2019 a previsão é que a produção chegue a 120 mil toneladas.

O programa de expansão da capacidade prevê investimentos de cerca de US$ 200 milhões, incluindo aumento da capacidade das instalações industriais e ações de marketing e vendas para expandir o mercado de nióbio.

Dentre as ações que visam à expansão de mercado está a aliança firmada com a Toshiba e Sojitz Corporation para desenvolvimento de baterias de lítio com anodos mistos de nióbio e titânio. Estão previstos investimentos de US$ 7,2 milhões para a construção de uma linha piloto de produção para uma nova geração de baterias que se caracterizam pela alta densidade energética e recarga rápida.

Lítio

CBMM e Toshiba vão produzir baterias em conjunto

 A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a Toshiba Infrastructure Systems & Solutions Corporation e a Sojitz Corporation firmaram parceria para desenvolver baterias de lítio com anodos de óxidos mistos de nióbio e titânio (ONT). O contrato assinado entre CBMM e Toshiba prevê investimento de U$ 7,2 milhões para a construção de uma linha de produção piloto para uma nova geração de baterias que se caracterizam pela alta densidade energética e recarga ultrarápida, duas demandas atuais da indústria automotiva diante da procura crescente por veículos elétricos que usam baterias recarregáveis.

A presença do nióbio nas baterias de lítio dá maior segurança e durabilidade, pois a bateria poderá estocar o dobro do volume de lítio em relação às baterias convencionais que utilizam ânodos com grafite. A CBMM tem como principal objetivo aproveitar todas as potencialidades do nióbio para expandir seu mercado mundial. Além de fomentar e incentivar o mercado, a empresa quer transformar um recurso natural em soluções para os desafios da engenharia sempre com a adoção das melhores práticas ambientais.

A parceria entre as três partes inicia a produção das novas baterias em pequena escala, sendo esta a última etapa do desenvolvimento tecnológico antes da produção em escala industrial. Neste projeto, a Toshiba também tem a intenção de estabelecer uma rede de suprimento de materiais e iniciar a comercialização dessa nova geração de baterias no começo do ano de 2020.

Fonte: Revista Brasil Mineral

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