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Diante das previsões econômicas altamente pessimistas para este ano, é preciso muita calma e paciência para enfrentar o quadro complexo de adversidades.
No mercado financeiro, o clássico comportamento conservador (baixo risco) é a saída para se tentar amenizar a corrosão da inflação anualizada acima de 7%, o peso do dólar na faixa de R$ 3,00 sobre os produtos importados e o endividamento das empresas e pessoas na moeda estrangeira, associado ao cenário de perspectiva de retração econômica ou baixíssimo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) pelo segundo ano consecutivo.
Os ativos financeiros com rentabilidade pós-fixada (que oferecem no mínimo o percentual da inflação) e os atrelados à taxa Selic (juros básicos da economia) são o caminho natural para os investidores que não querem se arriscar a perder dinheiro para a inflação.
É preciso ficar atento, em seguida, para mudar de posição na hora certa (de ativos pós-fixados para prefixados) se a inflação der sinais de recuo no segundo semestre.
Além da inflação elevadíssima, a rentabilidade dos principais ativos é afetada pelas alíquotas elevadas do Imposto de Renda – 22,5% até seis meses e 15% em 24 meses – que incidem sobre a rentabilidade nominal dos principais ativos e não sobre a rentabilidade real (juros oferecidos menos inflação) Bolsa incerta No mercado acionário, as incertezas são ainda maiores diante da crise da Petrobras, do recuo nos preços das principais commodities exportadas pelo Brasil como o minério de ferro, petróleo e soja.
Só se poder ter algum grau de certeza com a maioria das ações no curtíssimo prazo, ou a compra e venda no mesmo dia. No médio e longo prazo, torna-se cada dia mais difícil projetar as perspectivas de rentabilidade dos principais papéis emitidos pelas empresas de capital aberto.
O quadro de baixa rentabilidade na BM&F/Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) não é recente. Estudo da firma Economática junto às 151 ações mais negociadas (média diária de negócios de R$ 1 milhão) revela que nos quatro anos anteriores a 2015, somente sete ações deram retorno positivo. São elas: Cielo ON, Equatorial ON, Klabin PN, BRF AS ON, Cemig ON, Embraer ON, e Bradesco ON.
Neste ano, até o último dia seis de fevereiro, duas ações de companhias com origem em Minas Gerais foram listadas entre as maiores baixas: Copasa ON, -36,5%; e Kroton, -33,9%. Entre as maiores altas no mesmo período estavam ações de companhias muito conhecidas: Usiminas ON, 60,3%: Souza Cruz ON, 20,5%, e AMBEV ON, 10,7%.
Conter o dólar A longa estiagem desde o ano passado que colabora para reduzir o crescimento econômico na região Sudeste pode ser seguida pelos efeitos danosos do racionamento no consumo de água e energia elétrica. Os especialistas projetam retração de cerca de um ponto percentual no PIB deste ano, se houver racionamento de energia elétrica.
O primeiro boletim Focus divulgado pelo Banco Central (BC) em fevereiro passado reduziu para zero o crescimento econômico do ano, segundo aquela coleta de informações realizada junto a analistas das principais instituições financeiras.
Apesar de algumas declarações das autoridades monetárias favoráveis à relativa oscilação do câmbio, o BC poderá ter que impedir a disparada do dólar muito além dos R$ 3,00, pois esse fator provocaria pressões inflacionárias insuportáveis e tornaria ainda mais difícil a situação das empresas endividadas na moeda americana. Uma das grandes empresas mais afetadas é a Petrobras que já amarga endividamento de R$ 300 bilhões e paga a seus fornecedores com atrasos.
Estima-se que 25% do consumo interno é suprido por artigos importados.
E a substituição desses produtos importados pela indústria nacional não tem condições de ser feita a curto e médio prazo a preços competitivos.
O turista que vai para o exterior é que sofre mais. Quem estava acostumado a multiplicar por dois ou dois e meio o real para calcular suas despesas no exterior, tem que multiplicar agora (fevereiro de 2015) por mais de três. Os preços dos produtos comprados no exterior e os serviços não ficam mais tão baratos.
Em Nova York, por exemplo, a diária single de apartamentos em hotéis bem localizados de Manhattan estão acima de US$ 330,00, corresponde a duas ou três vezes os valores praticados no Brasil.
Diante das incertezas quanto ao comportamento do câmbio, o menor a fazer é fechar bem antes da viagem a compra das passagens e o pacote turístico e comprar os dólares em espécie ou no cartão de débito internacional. Os cartões de crédito internacional cujos valores das compras e pagamentos são debitados dias após as despesas podem oferecer as surpresas desagradáveis de um câmbio mais desfavorável.
Alta maior Cresce a previsão neste início de março de o Brasil terminar o ano com taxa Selic acima dos 12,5% ao ano projetada pelos analistas no início de fevereiro.
Ao puxar para cima um pouco mais do que o previsto, a Selic, a autoridade monetária estimularia o ingresso de dividas e assim conteria a escalada do dólar que pressiona a inflação.
O juro real brasileiro (taxa Selic menos inflação projetada para os próximos doze meses) já está elevadíssimo na faixa de 5,4% ao ano segundo o site Moneyou. O Brasil disputa com a Rússia o primeiro lugar em juro real. Mas com a inflação em alta, o BC não pode se descuidar. Só com a elevação da Selic é possível manter o juro real competitivo e atrair mais os investimentos estrangeiros que o País precisa para fechar suas contas externas.
Os estímulos da desvalorização do real na balança comercial não são tão expressivos. Após amargar em 2014, déficit na balança comercial de quase US$ 4 bilhões e furo de US$ 90 bilhões nas contas externas, o Brasil pode conseguir resultado de US$ 5 bilhões na balança comercial neste ano (exportações menos importações) segundo o boletim Focus.
O baixo crescimento na Europa e redução dos produtos importados pela China e a preços menores em dólar não favorecem a balança comercial brasileira, já afetada pelas compras cada vez mais reduzidas da Argentina e Venezuela.
O dólar passa por tendência de valorização em todos os países diante da possibilidade de os Estados Unidos elevarem finalmente seus juros básicos e reduzirem mais as compras de títulos públicos americanos.
Novos nomes Os títulos públicos colocados pelo governo através do Tesouro Direto são boas opções desde que o investidor possa resgatá-los nos prazos certos. São de longo prazo e ao serem resgatados antes do vencimento podem oferecer rentabilidade menor do que a prevista.
Os resgates maciços por fundos nacionais e estrangeiros reduzem o valor temporário desses títulos, quando sua rentabilidade é fixada “a valor de mercado” em determinados períodos.
Para facilitar ainda mais essa forma de aplicação financeira considerada das mais seguras porque é garantida pelo Tesouro, o governo mudou as designações deles. Cinco são os novos nomes de acordo com os dois tipos básicos de rentabilidade pós-fixada ou prefixada que oferecem: Tesouro Prefixado, Tesouro Prefixado com juros semestrais, Tesouro Selic, Tesouro IPCA, e Tesouro IPCA com juros.
Mesmo diante da facilidade de se aplicar baixas quantias nesses títulos através da internet, após o cadastramento em instituições financeiras, é aconselhável a compra deles somente com o apoio de analistas e operadores de corretoras de confiança. 
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