MST: Terrorismo e atraso brasileiro
MST: Terrorismo e atraso brasileiro
MST: Terrorismo e atraso brasileiro

Sergio Rogerio de Castro*

O MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é uma organização ilegal e terrorista. De propósito, não existe legalmente para não ser responsabilizado judicialmente. Engana pobres agricultores recrutados, engana a Justiça. São milhares os eventos que confirmam esta afirmação. Minha propriedade rural já foi invadida duas vezes por esta turba de vândalos, desordeiros, ladrões de terra. Poucos são realmente trabalhadores rurais, a maioria aproveitadores, enganados com promessas de terra, suporte agropecuário de graça, disfarçadas intenções de ganhos com transações imobiliárias de arrendamento, transferência ilegal de áreas eventualmente liberadas pelo INCRA Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para assentamentos.

No último dia 14, a sede da associação dos produtores de soja do Brasil em Brasília, APROSOJA, foi invadida, depredada, pichada por um grupo organizado de cerca de 60 terroristas do MST. Um violento ato de vandalismo, uma provocação para que houvesse uma reação igual, tudo o que desejam e tudo o que as vítimas têm evitado. O MST é braço do PT, Partido dos Trabalhadores, não luta por nada legal e justo. Na Nota Oficial da associação invadida, sua diretoria registra que a barbaridade do MST afronta o Estado Democrático de Direito, não constrói nada de bom, é o oposto do que a sociedade brasileira precisa neste momento. Somos o maior produtor de soja do mundo e este sucesso incomoda. Tudo que é sucesso no agronegócio é motivo de violência para o MST. A PMDF foi acionada e atua, com as dificuldades habituais da falta de personalidade jurídica, para autuar o MST por crime de dano e associação criminosa.

Há muitos anos minha propriedade no Estado da Bahia, foi invadida por uma multidão em torno de 2 mil pessoas, mulheres e crianças em sua maioria, massa de manobra recrutada em toda a região próxima e nem tanto. De nada valeram gestões efetuadas diretamente com a diretoria do INCRA em Brasília. Não mataram vacas com bezerrinhos na barriga, não destruíram laboratórios, não incendiaram a sede como em outras propriedades. De propósito, fixaram-se exatamente onde havia a floresta de mata atlântica mais preservada. Por precaução contra a habitual violência do MST, não dormia na fazenda, me hospedava cada dia em um diferente hotel, andava protegido por segurança e pior, fui levado a contratar pessoas armadas para defender o bem ameaçado. Uma ameaça rondava o ar: a qualquer momento podia morrer alguém de um dos lados ou dos dois…feliz e afortunadamente não aconteceu. Era Governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, político destemido e decidido. Já havíamos obtido o despacho judicial de reintegração de posse. Tivemos o apoio das associações de produtores rurais e da sociedade organizada da cidade, mas a ocupação, a tentativa de furto de terras continuava. Imediatamente após a invasão, caminhões de madeira de lei, árvores cortadas da área invadida, começaram a sair da fazenda, adquirida do MST a preços de roubo, por comerciantes inescrupulosos, cumplices do furto efetuado. Uma articulação de parlamentares capixabas e paranaenses (tinha sócios do Paraná na fazenda naquela ocasião) na Câmara Federal, presidida por Luiz Eduardo Magalhães, filho do governador baiano, foi bem-sucedida, 800 soldados da Polícia Militar se dirigiram ao município para colocar ordem na situação. Rapidamente houve um ultimato das forças militares aos ladrões de terra, seguido de cerco ao grupo de agitadores sociais malfeitores e à massa de manobra. Foram retirados para local adequado, embarcados em caminhões recrutados pela PM, com destino a seus locais de origem. Uma minoria de líderes fugiu desordenadamente e na fuga foi colocando fogo na floresta mais preservada da propriedade. Injusta e ironicamente, ainda fomos multados pelo IBAMA por esta ação de vandalismo florestal criminoso, planejado e executado pelo MST.

Alguns anos mais tarde outra tentativa aconteceu, menos ameaçadora e grave, uma ação de propaganda. Os facínoras, em número muito menor, ocuparam parte da propriedade à margem da rodovia federal que a margeia, com o objetivo puramente de agitação, incômodo, exibicionismo. Mais uma vez foram rechaçados por decisão da Justiça e ação do Executivo baiano da ocasião, felizmente democrático e respeitador do direito de propriedade. Muitos proprietários não têm esta sorte quando governantes de partidos da esquerda, conscientes de que desobedecem a lei, não se movem para executar ordens judiciais de reintegração de posse.

Nos assentamentos que conseguiram por seus métodos tortos, dirigentes do MST praticam extorsão com os assentados, os ameaçam, cobram taxas de proteção como faz a máfia italiana, exigem participação em negócios de arrendamento de áreas que agenciam, sem prévia autorização dos donos, dificultam de toda forma a regularização fundiária das terras.

Atuam assim, despudoradamente, descaradamente, ameaçando, chantageando os proprietários rurais Brasil a fora. Uma vergonha nacional a desafiar governos. Um atraso, um grande mal a ser extirpado.

*Engenheiro, empreendedor, conselheiro da Escola de Associativismo; Ex-Senador pelo Espírito Santo e ex-Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo.

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