Se pessoas privilegiadas, que podem escolher o lugar onde morar no mundo, como Charles Chaplin, Feddie Mercury e outros, optaram por morar na pacata cidade de Montreux, então, vale a pena conhecer este lugar.

Com uma expectativa desta, a gente fica mais exigente para avaliar o que pode existir de tão diferente em Montreux. Não houve decepção. O clima ameno na região já faz uma tremenda diferença. A comuna, chamada de “Capital da Riviera do Cantão Vau”, é um pequeno paraíso de montanha, um grande lago e os Alpes como horizonte. Rodeada de vinhedos e com mais de 50% do território com área verde, Montreux está à beira do Lac Leman, ou lago de Genebra.

Paisagem fotográfica por excelência é o Chateau Du Chillon. Um castelo medieval gigantesco à beira do lago. No século XII, era residência da poderosa família Sabóia. Na torre, subir a escadaria causa certa aflição. As escadas vão se afunilando na medida em que subimos. Mas, vale o esforço da claustrofobia pela recompensa da paisagem lá de cima.

Contemplar o lago de Genebra com todos os tons e ter como pano de fundo os Alpes, já nos faz concordar com Chaplin e Freddie Mercury e entender que, em matéria de cenário, eles não brincavam. Tem até estátua de Freddie Mercury. Mas, por quê estátua de Freddie Mercury em Montreux? Após o diagnóstico de AIDS, O artista, decidiu passar ali os últimos anos de sua vida, onde gravou vários álbuns com a banda Queen, inclusive o seu último, Made in Heaven.

O nome, Lac Léman vem lá dos Celtas e significa lago grande. E é grande mesmo, o maior e com maior quantidade de água da Europa Central. Nos 13 km em torno do lago se concentram as grandes atrações da cidade.

Compõem também o cenário, os românticos barcos a vapor estilo Belle Epoque, com rodas de pás, as balsas e pequenos ferryboats circulando de uma margem à outra do lago. Cada visão, um cenário fotográfico.

Com os Alpes como moldura, é fácil conhecer os fascinantes vilarejos, como Chateau d’Oex e Gruyere, onde se produz o famoso queijo, do qual falamos aqui em edições anteriores. Também, próximo dali, está uma das mais famosas estações de esqui da Europa, a Glacier 3000, onde se assiste a um verdadeiro desfile de milionários, com seus helicópteros e jatos executivos.

Montreux é a cidade da música. Para quem curte o bom e tradicional rock’n in roll, o Museu Queen The Studio Experience mostra o lado contemporâneo de Montreux.

Um calçadão, decorado com flores, colore o caminho que liga Montreux a Vevey, a partir do Castelo de Chillon, entre palácios, como o Fairmont Montreux Palace e o famoso Montreux Music and Convention Centre.

Lavrau, na parte alta, entre Montreux e Lausanne, Patrimônio Cultural da Unesco, é uma região de terraços, que se estende 30 Km sobre o lago e maior produtora de vinhos da Suíça. Ali se produz o famoso vinho branco, que pode ser degustado pelos visitantes durante o passeio.

Vevey, uma cidadezinha linda, distante 7 km, faz parte da região de Montreux e merece uma visita. É a cidade onde nasceu a Nestlé e sua sede permanece até hoje. Vevey foi também a cidade que Charles Chaplin escolheu para viver os últimos 25 anos de sua vida, num verdadeiro palácio, cenário de diversos filmes do autor e diretor. A estátua em sua homenagem fica à beira do lago.

O Festival de Jazz assegurou uma personalidade especial a Montreux. O palco exibiu grandes personalidades internacionais da música contemporânea. Passaram por lá, Led Zeppelin, Pink Floyd Frank Zappa, Deep Purple, Prince, Eric Clapton, B.B King e a nossa Elis Regina.

Um macete de transporte na Suiça é o Swiss Travel Pass, um passe que dá direito a usar todos os tipos de transporte, inclusive trens e barcos.
Montreux vale sua fama de um dos destinos mais badalados da Europa Central. Destino, de fato, inesquecível.

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