Lula critica a independência do Banco Central e as atuais metas de inflação
Lula critica a independência do Banco Central e as atuais metas de inflação
Lula critica a independência do Banco Central e as atuais metas de inflação

Em entrevista no dia 18 de janeiro, o presidente Lula afirmou que “É uma bobagem achar que um presidente do Banco Central independente vai fazer mais do que fez o Banco Central quando o presidente é quem indicava. Eu duvido que esse presidente do Banco Central seja mais independente do que foi o Meirelles. Por que com um Banco Central independente e inflação está do jeito que está? E o juro está do jeito que está?”.

Esta afirmação voltou a preocupar o “mercado financeiro”, pois pode sugerir um desconhecimento do presidente sobre as regras que regem a autonomia do Banco Central, segundo a LC 179/2021. Em primeiro lugar, o presidente da República indica os nomes da diretoria do BC ao Senado e, se aprovados, terão um mandato fixo. No caso do seu presidente, o seu mandato não coincide com o do Presidente da República. Além disso, a fala denota incompreensão sobre as verdadeiras causas da alta inflação, relacionadas com os efeitos da pandemia tanto do lado da demanda, como da oferta. É um fenômeno global, que obrigou a maior parte dos bancos centrais a apertarem fortemente suas políticas de juros.

Lula também criticou a atual meta de inflação. “Você estabeleceu uma meta de inflação de 3,7%. Quando faz isso, é obrigado a arrochar mais a economia para atingir a meta. Por que precisava atingir os 3,7%? Por que não fazia 4,5% como nós fizemos?”, questionou. Alguns economistas afirmam que “não necessariamente uma meta de inflação menor exigirá um aperto monetário mais forte. Com coordenação das políticas fiscal, parafiscal e monetária, ainda mais num contexto de dissipação de choques e reformas, seria possível uma trajetória cadente da inflação e dos juros. Entre 2018 e 2019, por exemplo, a inflação anual, medida pelos seus núcleos, ficou em torno de 3,0%, os juros atingiram a marca de 4,5% e a economia crescia 1,5% ao ano”.

De todo modo, a fala de Lula reforça a expectativa de que o CMN poderá elevar as metas de inflação, o que poderá resultar num juro nominal de equilíbrio maior e no aumento do imposto inflacionário sobre os mais pobres.

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