JK: POR QUE ENERGIA E TRANSPORTES – EM VEZ DE EDUCAÇÃO E SAÚDE?
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O remédio salvador era, como não podia deixar de ser, a industrialização de Minas, e já pensávamos assim antes de nossa candidatura ao governo do Estado.

Proporcionar a Minas os recursos para transformar e valorizar sua produção era a única diretriz a seguir, em bem dos mineiros e em bem do Brasil. E estaríamos faltando às mais sagradas imposições da consciência caso uma vez no governo, como nos achamos agora, relegássemos a segundo plano essas preocupações e, mediocremente, nos empenhássemos numa obra de pura exterioridade, que nos desse nome e popularidade fáceis.

Estamos despendendo mais de um bilhão de cruzeiros com o plano de eletrificação – com menos da metade disso poderíamos construir quinhentos novos grupos escolares, de que Minas tanto necessita e passado à história como grande amigo da instrução, ainda que, dentro de dez anos, os nossos sucessores se vissem na contingência de fechá-los, por não poderem manter o professorado.

Com um único contrato de construção de estradas estamos despendendo quinhentos milhões de cruzeiros – e a metade disso serviria a que erguêssemos duzentos novos fóruns suntuosos pelos municípios mineiros, o que nos consagraria como o governo da justiça, ainda que nossos sucessores se encontrassem em terríveis dificuldades para remunerar os juízes.

Vamos agora inverter perto de duzentos milhões no primeiro grande frigorífico para Minas – e com isso poderíamos equipar dezenas de novos hospitais, ganhando a aura de propugnador da saúde do povo, ainda que, dentro de cinco anos, eles não pudessem prestar serviços, por falta de remédios, de médicos e de enfermeiros.

A decisão a tomar, meus senhores, era árdua portanto. Cumpria-nos a iniciativa de uma obra de vulto, absorvente e tentacular, que nos consumiria todas as forças, sem, porém, esquecermos nunca os demais setores da administração. Industrializar o Estado era o nosso pensamento central. Tínhamos pela frente uma obra nova a atacar, sem podermos paralisar o trabalho nos demais setores, pois a vida normal do Estado não pode e não deve parar.

(Texto extraído da Coletânea de livros “Juscelino Kubitschek: Profeta do Desenvolvimento”, de autoria de Carlos Alberto Teixeira de Oliveira.) – 09.08.22

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