Inflação medida pelo IPCA acumula alta de 9,68% nos últimos doze meses. IGP-M, que corrige aluguéis atinge 31,12%
Inflação medida pelo IPCA acumula alta de 9,68% nos últimos doze meses. IGP-M, que corrige aluguéis atinge 31,12%
Inflação medida pelo IPCA acumula alta de 9,68% nos últimos doze meses. IGP-M, que corrige aluguéis atinge 31,12%

– IPCA nos últimos doze meses, até agosto de 2021, foi de 9,68% ao ano;

– IGPM nos últimos doze meses, até agosto de 2021, foi de 31,12% ao ano (inflação real do mercado, aumento dos aluguéis).

– IPP nos últimos doze meses, até julho de 2021, foi de 35,08 % ao ano (inflação dos produtores).

– Taxa de juros SELIC, em agosto de 2021, foi de 5,25% ao ano.

– Taxa de juros de longo prazo (rolagem da dívida do governo), em julho de 2021, foi de 7,64 % ao ano.

Fonte: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –IBGE – Base: Agosto de 2021

IPCA foi de 0,87% em agosto

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto foi de 0,87%, a maior variação para um mês de agosto desde 2000 (1,31%), embora 0,09 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,96% registrada em julho. No ano, o IPCA acumula alta de 5,67% e, nos últimos 12 meses, de 9,68%, acima dos 8,99% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2020, a variação mensal foi de 0,24%.

 

Período Taxa
Agosto de 2021 0,87%
Julho de 2021 0,96%
Agosto de 2020 0,24%
Acumulado no ano 5,67%
Acumulado nos últimos 12 meses 9,68%

 

Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto. A maior variação (1,46%) e o maior impacto (0,31 p.p.) vieram dos Transportes. A segunda maior contribuição (0,29 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,39%), que acelerou em relação ao mês anterior (0,60%). Na sequência, veio Habitação (0,68% e 0,11 p.p.), cujo resultado ficou abaixo do registrado em julho (3,10%). Os demais grupos ficaram entre o -0,04% de Saúde e cuidados pessoais e o 1,02% de Vestuário.

 

Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Julho Agosto Julho Agosto
Índice Geral 0,96 0,87 0,96 0,87
Alimentação e Bebidas 0,60 1,39 0,13 0,29
Habitação 3,10 0,68 0,48 0,11
Artigos de Residência 0,78 0,99 0,03 0,04
Vestuário 0,53 1,02 0,02 0,04
Transportes 1,52 1,46 0,32 0,31
Saúde e Cuidados Pessoais -0,65 -0,04 -0,09 -0,01
Despesas Pessoais 0,45 0,64 0,05 0,06
Educação 0,18 0,28 0,01 0,02
Comunicação 0,12 0,23 0,01 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 

O resultado dos Transportes (1,46%) foi influenciado pela alta dos combustíveis (2,96%), acima da registrada no mês anterior (1,24%). A gasolina subiu 2,80% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,17 p.p.). Os demais combustíveis também subiram: etanol (4,50%), gás veicular (2,06%) e óleo diesel (1,79%). 

Os veículos próprios, que haviam subido 0,96% em julho, registraram alta de 1,16% em agosto. Os automóveis usados (1,98%), os automóveis novos (1,79%) e as motocicletas (1,01%) permaneceram em alta e contribuíram conjuntamente com 0,10 p.p. no IPCA de agosto. Além disso, alguns produtos e serviços relacionados aos veículos, como o óleo lubrificante (1,74%), pneu (1,43%) e conserto de automóvel (1,09%), tiveram comportamento semelhante.

Nos transportes públicos (-1,21%), as passagens aéreas caíram 10,69% e contribuíram com -0,04 p.p. no índice geral. Por outro lado, destacam-se as altas do transporte por aplicativo (3,06%) e do ônibus intermunicipal, que subiu 0,62% em decorrência dos reajustes de 10,67% nas tarifas em Salvador (3,13%), a partir de 28 de julho, e de 5,82% nas tarifas em Belo Horizonte (0,94%), a partir de 17 de agosto. Houve ainda contribuição residual referente ao reajuste de 4,83% nas tarifas em Porto Alegre (1,87%) a partir de 1º de julho.

No grupo Alimentação e bebidas a alta de 1,39% em agosto ficou acima da registrada no mês anterior (0,60%). A alimentação no domicílio passou de 0,78% em julho para 1,63% em agosto, principalmente por conta das altas da batata-inglesa (19,91%), do café moído (7,51%), do frango em pedaços (4,47%), das frutas (3,90%) e das carnes (0,63%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-3,71%) e o arroz (-2,09%). 

alimentação fora do domicílio (0,76%) também acelerou em relação a julho (0,14%), principalmente por conta do lanche (1,33%) e da refeição (0,57%), cujos preços haviam subido 0,16% e 0,04% no mês anterior, respectivamente. 

No grupo Habitação (0,68%) o resultado foi influenciado pela alta da energia elétrica (1,10%), que desacelerou em relação ao mês anterior (7,88%). O resultado é consequência dos reajustes tarifários de 9,60% em Vitória (10,49%) e de 8,92% em Belém (6,85%), ambos a partir de 7 de agosto, além da contribuição residual referente ao reajuste tarifário de 11,38% em uma das concessionárias em São Paulo (0,43%), a partir de 4 de julho. Além disso, a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que adiciona R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos, vigorou nos meses de julho e agosto.

Ainda em Habitação, os preços do gás encanado (2,70%) e do gás de botijão (2,40%) também subiram. No subitem gás encanado, houve reajustes tarifários de 10,80% em Curitiba (9,73%), e de 5,71% no Rio de Janeiro (5,14%), ambos a partir de 1º de agosto. Destaca-se também a variação da taxa de água e esgoto (-1,02%), por conta da mudança na metodologia de cobrança das tarifas em Belo Horizonte (-13,73%), a partir de 1º de agosto. Por outro lado, houve reajustes tarifários de 11,93% em Recife (3,58%), vigente desde 19 de agosto, de 9,07% em uma das concessionárias em Porto Alegre (2,31%), vigente desde 14 de agosto, e de 1,62% em Campo Grande (1,32%), ocorrido em 24 de julho.

Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em agosto. O maior foi registrado em Brasília (1,40%), influenciado pelas altas nos preços da gasolina (7,76%) e da energia elétrica (3,67%). Já o menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belo Horizonte (0,43%), por conta da queda nos preços das passagens aéreas (-20,05%) e da taxa de água e esgoto (-13,73%).

 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Brasília 4,06 0,90 1,40 5,56 8,61
Vitória 1,86 0,88 1,30 6,61 11,07
Curitiba 8,09 1,60 1,21 7,72 12,08
Goiânia 4,17 0,92 1,05 5,69 10,54
São Paulo 32,28 0,98 1,04 5,41 9,12
Campo Grande 1,57 0,79 0,89 6,34 11,26
São Luís 1,62 0,94 0,82 5,56 11,25
Belém 3,94 0,90 0,75 5,35 9,76
Porto Alegre 8,61 1,23 0,71 6,17 10,42
Salvador 5,99 0,75 0,70 5,64 8,59
Recife 3,92 0,97 0,66 5,84 9,65
Rio de Janeiro 9,43 0,63 0,66 4,38 8,09
Aracaju 1,03 0,53 0,65 5,67 8,79
Rio Branco 0,51 0,66 0,54 6,50 11,97
Fortaleza 3,23 0,92 0,43 6,54 11,20
Belo Horizonte 9,69 0,71 0,43 5,06 9,67
Brasil 100,00 0,96 0,87 5,67 9,68
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preço

 

Para o cálculo do IPCA de agosto, foram comparados os preços coletados no período de 29 de julho a 27 de agosto de 2021 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de junho a 28 de julho de 2021 (base).

Em virtude do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março de 2020, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail. A partir do início de julho de 2021, o IBGE iniciou a retomada gradual da coleta presencial de preços em alguns estabelecimentos, conforme descrito na Portaria nº 207/2021 da Presidência do IBGE. 

INPC tem alta de 0,88% em agosto

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,88% em agosto, 0,14 p.p. abaixo do resultado de julho (1,02%). No ano, o indicador acumula alta de 5,94% e, em 12 meses, de 10,42%, acima dos 9,85% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2020, a taxa foi de 0,36%. 

Os produtos alimentícios subiram 1,29% em agosto, ficando acima do resultado de julho (0,66%). Já os não alimentícios tiveram alta de 0,75%, enquanto em julho haviam registrado 1,13%.

Entre as regiões, todas as áreas registraram alta em agosto. Brasília teve a maior variação (1,60%), influenciada pela gasolina (7,76%) e pela energia elétrica (3,67%). Já o menor índice ficou com Fortaleza (0,43%), onde pesaram as quedas nos preços do arroz (-2,81%), das carnes (-2,09%) e dos itens de higiene pessoal (-1,39%).

 

Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação
Acumulada (%)
Julho Agosto Ano 12 meses
Brasília 1,97 1,07 1,60 6,16 9,75
Vitória 1,91 0,95 1,55 6,80 11,81
Curitiba 7,37 1,82 1,13 8,04 12,92
São Paulo 24,60 1,17 1,13 6,11 10,55
Goiânia 4,43 0,90 1,08 5,12 10,34
Campo Grande 1,73 0,87 0,87 6,43 12,08
Porto Alegre 7,15 1,31 0,84 6,73 11,34
Belém 6,95 0,78 0,82 5,16 8,70
São Luís 3,47 0,91 0,78 5,31 10,90
Salvador 7,92 0,75 0,76 5,89 9,14
Recife 5,60 0,97 0,73 6,05 10,28
Rio de Janeiro 9,38 0,77 0,63 4,60 9,05
Aracaju 1,29 0,65 0,58 5,68 8,84
Belo Horizonte 10,35 0,77 0,53 5,16 10,11
Rio Branco 0,72 0,61 0,49 6,49 12,21
Fortaleza 5,16 0,96 0,43 6,66 11,65
Brasil 100,00 1,02 0,88 5,94 10,42
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 

Para o cálculo do INPC de agosto, foram comparados os preços coletados entre 29 de julho e 27 de agosto de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 29 de junho e 28 de julho de 2021 (base). O indicador é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Fonte: Ricardo Bergamini

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