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Carlos Alberto Teixeira de Oliveira

Economista e Administrador de Empresas. Bacharel em Ciências Contábeis, membro da Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Presidente da ASSEMG-Associação dos Economistas de Minas Gerais e do IBEF-MG – Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de Minas Gerais. Editor-Chefe/Presidente de MercadoComum

Novas projeções para a economia mundial e brasileira

O FMI – Fundo Monetário Internacional divulgou, por ocasião de sua Assembleia Anual de Governadores, em outubro último, as novas projeções para a economia mundial em 2012 e 2013, além da atualização dos dados mais recentes sobre a mesma.

A estimativa é que o PIB mundial crescerá 3,3% em 2012 e, pelo terceiro ano consecutivo, deverá registrar queda do ritmo de crescimento e somará US$ 71,277 trilhões, com os Estados Unidos mantendo a liderança e detendo 21,96% do total. Para 2013, as expectativas são um pouco mais favoráveis, havendo perspectiva de crescimento de 3,6% da economia global.

Em 2013, pela primeira vez, a produção dos países emergentes e em desenvolvidos deverá superar a dos países desenvolvidos.

A China continuará crescendo acima da média mundial e conquistará o título de maior economia global apenas em 2027, isto se mantiver uma taxa média anual de 7% e os Estados Unidos de 2,5% durante o período.

Confirmadas as previsões do FMI, a economia mundial terá crescido 52,64% no acumulado deste século XXI, com destaque para as economias consideradas emergentes e em desenvolvimento – que mais do que dobraram o PIB no período (104,14%), com destaque especial para a China, que triplicou o tamanho de sua economia, registrando uma expansão de 218,83%.

O crescimento dos países desenvolvidos ficará em torno dos 20% e o menor ritmo do crescimento será observado em relação aos países da Zona do Euro – 13% no acumulado do referido período.

A América Latina e o Brasil de 2001 a 2012 apresentam resultados medíocres quando comparados aos demais países emergentes

e em desenvolvimento, com uma taxa de expansão inferior à média mundial de crescimento econômico.

Em 2011 o Brasil passou a ocupar o 6º lugar no ranking das maiores economias, superando o Reino Unido. No entanto, esta posição poderá não mais se confirmar neste ano, devido ao fraco desempenho do seu PIB que, segundo avaliações do FMI – consideradas otimistas por muitos economistas brasileiros, terá um incremento de 1,5% no ano. Vários analistas econômicos estimam que o crescimento do Brasil em 2012 será inferior a 1% e se acentuadas ainda mais as desvalorizações do real, isso poderá conduzir nossa economia para a 10ª posição, com a Itália, Rússia e Índia galgando posições superiores.

Cabe destacar que se se confirmar a expansão do PIB brasileiro de 1% neste ano, isso significará um resultado praticamente nulo sob a ótica do PIB-Produto Interno Bruto per capita, eis que a nossa população vem crescendo em torno desse mesmo patamar.

Para 2013, as previsões do FMI apontam para um crescimento de 4% do PIB brasileiro, meta considerada viável de ser atingida, devido a vários fatores, como os estímulos fiscais e creditícios anunciados pelo governo neste final de ano. No entanto, algumas apostas têm sido feitas de que o crescimento nacional fique entre 3% a 3,5%, principalmente após a divulgação pelo IBGE dos resultados do 3º trimestre deste ano, dando conta sobre o fraco desempenho de nossa economia, que contabilizou crescimento de apenas 0,6% em relação ao trimestre anterior e 0,7% no acumulado do ano. Devemos considerar que uma taxa de crescimento de 4% para o PIB brasileiro hoje equivale, na realidade, a uma taxa de 6% quando comparada ao período do “Milagre Brasileiro”.

É que nesse período a população brasileira crescia a uma média anual de 3% e, atualmente, esse nível já é inferior a 1%.

Se a Crise Financeira Internacional não se agravar ou algum fato novo extremamente relevante e negativo não venha a ocorrer, pode até ser possível que a taxa de crescimento do PIB brasileiro em 2012 ultrapasse os 4%, por vários motivos. Em primeiro lugar, porque os indicadores já apontam um reaquecimento da economia nacional, com o aumento de pedidos de financiamento Finame. A taxa de ocupação está em nível recorde, indicando pleno emprego. O crédito bancário continua farto, com custo real de juros e encargos dos mais baixos de nossa história. Os estados acabaram de ser aquinhoados com novo limite de endividamento, o que significa mais investimentos em obras de infraestrutura. Há a desoneração fiscal para importantes segmentos do setor industrial e o incentivo ao consumo das famílias permanece. Tudo indica que se caminha para uma mudança no conceito adotado pelo setor público federal para a concessão de portos, aeroportos, estradas etc, visando um patamar mais realista e presença maior de participação do setor privado. De outro lado, não se pode ignorar os efeitos positivos decorrentes do Pré-Sal, Copa do Mundo e Olimpíadas. E, por fim, que a desvalorização efetiva do real – em torno de 15% neste ano em relação às principais moedas (foi a que mais se desvalorizou no ano) acarreta benefícios diretos – mesmo que relativamente discretos – nas exportações de produtos brasileiros.

REFORMAS JÁ!

Conforme vários alertas anteriores desta publicação, se o governo Dilma Rousseff não iniciar imediatas mudanças de rumo da política econômica e implementar o quanto antes um conjunto de reformas institucionais e estruturais, estará correndo o sério risco de transformar o seu governo detentor de um dos piores desempenhos do PIB – Produto Interno Bruto da história de todos os governantes brasileiros. O biênio 2011/2012 já está desperdiçado: a expansão da economia brasileira situou-se próxima à metade da média verificada para a América Latina e inferior a quase todos os seus países. Ficará muito menor do que a média mundial e alcançará somente cerca de 1/3 da média de crescimento dos países emergentes e em desenvolvimento. Em relação aos países BRIC’s a diferença do ritmo de crescimento da economia brasileira parece simplesmente exponencial e a distância, cada vez maior.

UM SISTEMA DE METAS DE CRESCIMENTO ECONÔMICO VIGOROSO E CONTÍNUO

É preciso urgentemente desarmar a perversa combinação de fatores que vem penalizando e que se torna absolutamente incompatível com um crescimento econômico brasileiro vigoroso e contínuo. Na verdade, trata-se de uma armadilha que se impôs ao País, formada pela conjugação de juros estratosféricos, carga tributária excessiva e câmbio absurdamente valorizado.Urge ao Brasil buscar a sua transformação em país desenvolvido, como foi o Chile declarado recentemente. Assim como vem funcionando o “Sistema de Metas de Inflação”, o Brasil deveria criar outro modelo similar, com a implantação de um “Sistema de Metas de Crescimento Econômico Vigoroso e Contínuo”, resgatando-se, de outro, as perspectivas do planejamento de longo prazo.O crescimento econômico vigoroso deve deixar de ser apenas uma casualidade, uma questão episódica, uma efemeridade, um acontecimento meramente fortuito, para se transformar, efetivamente, na grande meta econômica nacional, permeando a convolação do País em uma economia madura e desenvolvida. Tivemos vários exemplos bem sucedidos implementados no passado, como foi o caso do Plano de Metas, durante o Governo JK”.

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De acordo com o IBGE, em relação ao segundo trimestre de 2012, o PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre cresceu 0,6% na série com ajuste sazonal. O maior destaque foi a agropecuária, que cresceu 2,5%, seguida da indústria (1,1%). Os serviços tiveram variação nula. Na comparação com o terceiro trimestre de 2011, o PIB cresceu 0,9% e, dentre as atividades econômicas, destacaram-se o aumento da agropecuária (3,6%) e o dos serviços (1,4%). A indústria caiu 0,9%. No acumulado nos quatro trimestres terminados em setembro de 2012, o crescimento foi de 0,9% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores, enquanto que no acumulado dos três primeiros trimestres de 2012, o PIB cresceu 0,7% em relação à igual período de 2011. O PIB em valores correntes alcançou R$ 1.098,3 bilhões.

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SETOR DE SERVIÇOS RESPONDE POR 2/3 DO PIB BRASILEIRO

O Setor de Serviços foi responsável por 2/3 do PIB-Produto Interno Bruto brasileiro em 2010, segundo dados do IBGE- -Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A indústria contabilizou 28,1% e a agropecuária, 5,3%.

Entre os subsetores as participações mais expressivas são da indústria da transformação e da administração, saúde e educação públicas e seguridade social, ambos com 16,2%.

É expressiva a perda de participação da indústria de transformação, que passou de 18,1% do total em 2005, para 16,2% em 2010.

Em Minas Gerais o Setor de Serviços contabiliza 60,4% da produção econômica estadual, a indústria 31,6% e agropecuária 8,0%.

Em 2011, de acordo com cálculos da MinasPart Desenvolvimento, o PIB de Minas Gerais alcançou R$ 360,517 bilhões, correspondendo a US$ 230,429 bilhões e a 9,31% do PIB brasileiro.

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RAZÕES PARA SE ACREDITAR QUE OS FUNDAMENTOS DA ECONOMIA BRASILEIRA CONTINUAM BONS E PODEM SER MELHORADOS

Os investimentos diretos estrangeiros, no acumulado do ano até outubro, totalizaram US$ 66 bilhões – evidenciando um excelente nível de atratividade da economia brasileira, mesmo em se tratando de um ano marcado pelo recrudescimento da crise financeira internacional.

O Brasil manterá, ao final deste exercício, os níveis positivos em relação à sua balança comercial, apesar de apresentar pior desempenho e alta concentração na exportação de commodities.

As reservas cambiais fecharam o ano batendo novo recorde histórico, alcançando um montante próximo a US$ 380 bilhões e, com isso, manteve o país sua posição de credor líquido internacional, com um saldo positivo superior a US$ 70 bilhões de crédito em relação ao resto do mundo. Em síntese, isso significa que os créditos internacionais brasileiros superam todo o seu estoque de dívida internacional.

O crédito bancário total deverá atingir 52,9% do PIB ao final de 2012, mais do dobro de 2003 – de 24,6%. Está, porém, muito mais barato e com prazo amplificado, devido à queda da Selic e da taxa real de juros – em torno de 3,10% ao ano – considerado o menor nível desde 1990. Como consequência mais imediata, também o país reduziu as despesas e encargos com a sua dívida pública interna, sobrando mais recursos para novos investimentos. O crédito bancário brasileiro em relação ao PIB ainda se encontra bastante distante e inferior de boa parte dos outros países e, em particular, dos desenvolvidos.

Mesmo verificando aumento expressivo durante os últimos anos, o crédito imobiliário é insipiente quando comparado a outros países e poderá ter um papel relevante na alavancagem da nova fase de crescimento econômico.

A Dívida Pública Líquida Interna, com tendência declinante, ficará em torno de 35,2% do PIB-Produto Interno Bruto – relação essa considerada das mais baixas quando comparada a outros países, em especial, com os desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, esta relação está, atualmente, em torno de 107%.

Não se pode ignorar, por fim, que um importante, expressivo e novo contingente foi incorporado ao mercado consumidor brasileiro, constituindo-se num destaque especial que passa a nos diferenciar positivamente em relação às políticas econômicas engendradas no passado. Não se trata este, no meu entendimento, de um processo concluído. Ao contrário, o seu aperfeiçoamento e melhoria devem ser buscados, de forma permanente. E uma das formas mais eficazes à sua ampliação será a redução da carga tributária brasileira, tarefa ainda bastante distante de ser conquistada .

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