Tecnologia denominada como sensoriamento remoto se torna uma ferramenta importante no cenário atual

 A  pandemia  causada  pelo  novo  coronavírus  pode  provocar  grandes  danos  não  só  no  sistema  de saúde, mas também afetar mercados econômicos por todo o mundo. Assim como cientistas de toda parte  correm  contra  o  tempo  para  produzirem  um  remédio  para  tratar  a  Covid-19,  diferentes setores  sociais  se  mobilizam  para  missão. Uma  vez  que  o  processo  para  que  um  tratamento  seja declarado  eficaz  é  grande  e  passa  por  diferentes  etapas,  inúmeras  ferramentas  tecnológicas  se apresentam  como  solução  para  amenizar  a  situação.  É  o  caso,  por  exemplo,  do  sensoriamento remoto.

As imagens de satélites não podem ajudar diretamente no combate a doença, porém, podem ajudar autoridades  em  ações  para  evitar  a  expansão  do  vírus.  “Com  esse  tipo  de  tecnologia  é  possível acompanhar  a  movimentação,  o  que  está  acontecendo  no  terreno  observado, e  assim  saber  se  as novas regras de convívio social estão sendo respeitadas”, explica Leonardo Barros, diretor-executivo da Hex, empresa de tecnologia geoespacial que ajudou a PF a chegar ao suspeito do vazamento de petróleo que atingiu a costa marítima do país em 2019.

Além de fazer esse monitoramento quanto às regras de isolamento social, com o sensoriamento remoto é possível acompanhar ações de montagem e construção de estruturas voltadas para o combate das doenças, como hospitais, barreiras nas estradas. “Pode parecer um detalhe esta geração de dados, mas quando projetamos isto ao longo de todo o território nacional, municípios remotos, o geolocalização dos dados possibilita a visualização das informações de forma correta no mapa e, ainda, possibilita checar pelas imagens de satélite a realidade de campo”, destaca  Leonardo.

Diferencial

A geração de informação devidamente geolocalizada somada ao rastreamento e visualização de movimentações contraindicadas para o momento, como aglomerações, podem indicar situações de risco ou emergências a serem verificadas pelas autoridades competentes.

Por um lado, o geoprocessamento atribui aos dados, localizações geográficas e a partir disso possibilita o estabelecimento de correlações, indicando padrões e/ou anomalias de comportamento em determinada região. Por outro, o sensoriamento remoto por meio das imagens de satélite disponibiliza os acontecimentos, os detalhes dessas regiões apontadas.

“O sensoriamento remoto fornece aos gestores visualização rápida de determinadas áreas, de forma ágil, e isso em um momento onde todos os recursos estão escassos. Essa tecnologia pode ser um auxílio importante nesse momento delicado para todo mundo”, aponta o diretor.

A geolocalização precisa dos dados (geoprocessamento), como por exemplo, incidência de novos infectados pelo vírus, aponta nos mapas as “manchas de calor” – pontos que mostram a intensidade da incidência da ocorrência e a tendência da propagação. E então, a partir da associação das imagens de satélites a estes mapas, pode-se verificar as condições de acesso, logística, de forma rápida, sendo informações importantes para guiar a tomada de decisões.

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