O Brasil é o terceiro maior gerador de energia renovável do mundo, segundo um estudo realizado pela IEA (Agência Internacional de Energia), e desponta como a nação com o maior potencial de produção bioenergética. No ranking, que considera a capacidade instalada em GW, o país fica atrás da China e dos Estados Unidos.

Segundo a IEA, o Brasil tem o mix energético mais ecológico e com a maior participação de renováveis entre os grandes consumidores de energia do mundo, com quase 45% do consumo total de energia final em 2023.

A EPE (Empresa de Pesquisa Energética), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), aponta que entre as vantagens competitivas da matriz energética brasileira se destacam a abundância de biodiversidade e de recursos naturais, potencial de energia renovável não aproveitado e setores com alta competitividade como o agropecuário e a indústria de insumos básicos.

O levantamento da EPE aponta ainda, que a matriz energética brasileira utiliza 43,5% de biomassa, enquanto a média mundial é de apenas 14%, e que o sistema de cogeração, a partir da biomassa, é responsável por 8,2% da energia elétrica consumida no Brasil. Em escala mundial, a média é de 2,3%.

O tema é um dos principais focos de debate da 27ª Fenasucro & Agrocana, que ocorre de 20 a 23 de agosto, em Sertãozinho (SP). “Inúmeras empresas querem se relacionar e desenvolver produtos para esse setor e teremos uma agenda diversificada para atualização dos profissionais da cadeia bioenergética”, diz Paulo Montabone, diretor da Feira.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, 2020 será um ano crucial para as políticas de biocombustíveis com a presença do RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis). A expectativa é que o programa fortaleça a economia da produção de biocombustível, acelerando o investimento em nova capacidade. “A bioenergia é uma grande oportunidade para o Brasil. A nossa eficiência em relação à energia de biomassa é a melhor do mundo”, diz Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas Energia.

Fonte: InfraRoi

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