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Ainda sobre o tema hipercentro de BH e sua ocupação por camelôs e toreiros, o prefeito Alexandre Kalil “matou a cobra e mostrou o pau”, estufou o peito e ainda disse em alto e bom tom que isso aqui não é a “casa da mãe Joana”. BH tem governo e leis que precisam ser respeitadas por todos, custe o que custar. Ponto para o Prefeito Kalil.

Nenhuma cidade do mundo prosperou através da desordem. Um passeio pela história mostra isso. Geoges-Eugène Haussmann, construtor da Paris que o mundo conhece hoje, transformou uma cidade francesa e suja, sem leis, na Cidade Luz. Uma cidade mundial, respeitada, limpa, organizada, bonita e próspera.

Isto aconteceu no final no final do século XIX, a pedido de Napoleão III, que na tarefa de soberano e visionário delegou a Haussmann a missão de acabar com a balbúrdia, a anarquia e a informalidade, dando uma nova cara para a Cidade Luz, a Paris que encanta a “gregos e troianos”. A estética e a organização foram os elementos principais de estímulo ao desenvolvimento.

Na mesma toada o prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, declarou tolerância zero ao cri-me em 1994, mandando um recado claro e objetivo para a bandidagem. Nova York agradeceu e a paz voltou a reinar na “Big Apple”. Quando as autoridades se unem acima de partidos políticos e interesses pessoais, usando inteligência, estratégia e firmeza, não há mal que dure para sempre. Cidades indianas como Mumbai e Nova Deli são provas vivas e incontestes do mal que faz a desorganização do espaço urbano, independentemente das causas e pretextos.

João Dória Junior, Prefeito de São Paulo foi criticado pela truculência que usou para desmontar a “cracolândia” no centro da Pauliceia. Antes era criticado por não a combater. Entre os críticos anteriores e o atuais existe uma pitada de inveja pela ação concretizada e que exigiu força. A eles eu pergunto: melhor antes, ou agora? Leniência e conversa mole com o crime não funciona. Mãos fortes na aplicação da lei, sim.

Com efeito, esperar que camelôs e toreiros tenham consciência do mal que fazem ao comércio do centro de BH seria ingenuidade. E de ingênuo o prefeito Kalil não tem nada. Se não bastasse o momento delicado pelo qual passa o Brasil em relação ao desemprego – pasmem -, o serviço de inteligência das forças de segurança de BH descobriu que o assunto não se reduz à crise, tem interesses políticos por trás da ocupação, com participação de “estrangeiros” vindos de várias partes do Brasil, contratados e estimulados para isso. Presa fácil de políticos inescrupulosos que só pensam em voto.

Se a ocupação das calçadas desse certo em BH daria em outras cidades brasileiras. Foi assim no passado, e dispensa dizer quais partidos patrocinam a desordem e dela se aproveitam. Os mentores do arranjo, no entanto só não sabiam que a resistência viria, rápida e firme, desarticulando a trama. A participação ativa do MP, Associações, Polícia Militar, Guarda Municipal, Serviços de Inteligência, moradores e comerciantes foram decisivas para o sucesso das operações.

Ninguém é contra o trabalho, sobretudo em períodos de crise, porém a falta de emprego não pode ser desculpa para desrespeitar a lei e colocar em risco o comércio formal que gera emprego, impostos e que está no centro há mais de 100 anos. Se eu fosse camelô minha barraca seria ao lado do “Pirulito da Praça Sete”. E a sua? Com efeito, sem ordem uma cidade não prospera. Pesquisa do CDL revela que para cada camelô no centro de BH são dois desempregados no comércio formal. Quem tem juízo não pode concordar com isso, certo?

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