Edição Especial do estudo “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras” analisa tendências de expansão, dispersão geográfica e oportunidades de avanço e competitividade, entre outros dados.

Destaques:

  • 149 empresas participaram ao longo dos últimos 14 anos.
  • 11 fusões foram realizadas no período.
  • 6 empresas foram adquiridas por estrangeiros.
  • Pouco mais de 500 empresas brasileiras são internacionalizadas, o que representa somente 0,01% total de empresas registradas no país.
  • Entre os setores econômicos, 50% das empresas internacionalizadas são de manufatura e 43% são de serviços e varejo, sendo que os subsetores mais internacionalizados são: construção civil e indústria química, com grau médio de internacionalização de 0,38 e 0,34 respectivamente.
  • Um aumento de 100% do índice de internacionalização leva a um aumento de 14,01% no EBITDA.

Ao longo dos últimos 14 anos, muitas empresas brasileiras iniciaram seu processo de internacionalização e grande parte das que já eram multinacionais aumentaram seus investimentos no mercado internacional, passando de um grau médio de internacionalização de 12,9% em 2006 para 21,6% em 2018. A tendência é de aumento gradual de 1,0% no grau de internacionalização a cada ano. A conclusão está no estudo “Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras”, publicado pela Fundação Dom Cabral com a coordenação da Professora Lívia Barakat. O estudo conta com o patrocínio do Bexs Banco.

Outro fator que impulsiona esta expansão fora do país é que, quanto maior o grau de internacionalização, melhor o desempenho das companhias no exterior já que elas se tornam mais conhecidas e adquirem competências para atuar no mercado global. Com relação à dispersão geográfica, estas empresas estão presentes em 89 países com subsidiárias próprias ou franquias, o que representa 40,8% dos países do mundo.

“Compreender o processo de internacionalização das empresas brasileiras é fundamental para ajudar a impulsionar o mercado. A Trajetórias FDC de Internacionalização das Empresas Brasileiras há mais de uma década ajuda a identificar caminhos para a competitividade global”, afirma a Professora Lívia Barakat, responsável pelo estudo.

Ao todo, pouco mais de 500 empresas brasileiras são internacionalizadas (operações físicas no exterior, para além de exportações), o que representa somente 0,01% total de empresas registradas no país. O setor de manufatura é o que mais possui empresas internacionalizadas, com 50% do total. Em seguida, vêm serviços e varejo, com 43%, e recursos naturais, com 7%. Os subsetores mais internacionalizados são: construção civil e indústria química, com grau médio de internacionalização de 0,38 e 0,34, respectivamente.

“Apoiamos o estudo da FDC justamente por acreditar que a pesquisa sobre o tema internacionalização é fundamental para compreendermos os obstáculos que enfrentamos para acelerar a inserção da economia brasileira nas cadeias globais. Somos a 9ª maior economia do mundo, e apenas 25ª e 26ª posições no ranking de exportação e importação global. Precisamos reagir enquanto nação. Parabéns à FDC por qualificar esse debate.” comenta Luis Henrique Didier Jr, CEO do Bexs Banco.

O processo de internacionalização das empresas brasileiras, que teve início em
1941 com o Banco do Brasil, intensificou-se nos anos de 1990 e 2000. A América do Sul é a região que mais recebeu empresas brasileiras na última década, com a entrada de 63 empresas, mas também foi a que mais contabilizou saída de empresas, 37 saídas. A América Central e Caribe foi a região que apresentou menos perdas de empresas em relação às que entraram, com saldo líquido de 33 novas empresas brasileiras.

O grau de internacionalização tem impacto na satisfação das empresas com seu desempenho financeiro, operacional e relativo a metas e concorrência. As mais internacionalizadas estão mais satisfeitas com o desempenho no mercado internacional e em geral menos satisfeitas com a performance no mercado doméstico. Um aumento de 100% do índice de internacionalização leva a um aumento de 14,01% no EBITDA.

Cases

  • Desde seu primeiro ano de participação (2015), a Fitesa lidera o ranking pelo grau de internacionalização.
  • A Gerdau é a empresa brasileira que mais esteve presente nas três primeiras colocações do ranking pelo grau de internacionalização – totalizando nove pódios. No ranking pelo índice funcionários, a empresa foi a que mais esteve presente nas três primeiras colocações, com um total de seis pódios.
  • A JBS é a empresa que mais esteve nas três primeiras posições do ranking pelo índice de receitas, totalizando 11 posições.
  • A Stefanini é a empresa que mais esteve presente nas três primeiras colocações do ranking pelo índice ativos, com oito pódios ao todo.
  • Stefanini, Vale e WEG são as empresas que mais estiveram presentes em uma das três posições de liderança do ranking pelo número de países, com seis pódios ao todo, cada.
  • A Minerva Foods foi a empresa que mais esteve na primeira posição do ranking pelo índice de ativos, com 4 primeiros lugares ao longo dos anos.
  • A Localiza foi a empresa que mais esteve presente nas posições de liderança do ranking pelo grau de internacionalização de franquias, com 7 posições de pódio.
  • A CZM é a empresa que mais esteve presente nas posições de liderança do ranking das empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão, com 4 posições de pódio.
  • A Metalfrio é a empresa que mais esteve em primeiro lugar no ranking das empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão, com 3 primeiros lugares.

A Fundação Dom Cabral é uma escola de negócios brasileira que há mais de 40 anos tem a missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade, por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos.
Em 2020 a instituição ficou em 9º lugar no ranking de educação executiva do jornal britânico Financial Times. Desta forma, consolidou sua posição como a melhor escola de negócios da América Latina e a mais bem colocada do Brasil.

Somente em 2019 passaram pela FDC mais de 20 mil profissionais entre executivos, empresários e gestores públicos.

No campo social, a FDC desenvolve iniciativas de desenvolvimento, capacitação e consolidação de projetos, líderes e organizações sociais, contribuindo para o fortalecimento e o alcance de resultados pretendidos por estas entidades. Diante do agravamento da desigualdade social no Brasil, em razão dos impactos socioeconômicos provocados pela Covid-19, a FDC iniciou o Movimento Pra>Frente. Trata-se de uma iniciativa para, ao lado de empresas, organizações sociais e poder público, articular uma grande rede pela prosperidade ao promover o empreendedorismo como propulsor do desenvolvimento econômico e social do país.

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