Em momento de crescente demanda e abertura de novos mercados internacionais, pequenos e médios produtores e empreendedores rurais contam agora com importante ajuda para vencer a burocracia, criar novos canais e exportar seus produtos com mais facilidade e visibilidade. O Projeto AGRO.BR, iniciativa da CNA, Apex e Sistema FAEMG para o fomento à exportação foi apresentado no dia 17 de junho aos membros da Comissão Técnica de Fruticultura da FAEMG.

Segundo o analista de agronegócios do Sistema FAEMG, Caio Coimbra, o fruticultor brasileiro ainda enxerga o mercado externo como um desafio difícil de ser alcançado: “Cada mercado exige certo tipo de certificação ou protocolo, que demandam investimentos e mudanças nos processos de produção, pós-colheita e gestão da propriedade”.

 O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, atrás apenas da China e da Índia e à frente dos EUA. Mas, quando o assunto é exportação, o país cai para a 23ª posição: apenas 3% das frutas nacionais são enviadas ao exterior.

“É um mercado promissor. E em franca expansão”, garante Caio. Em 2019, o setor bateu recorde de exportações e ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão, contra R$ 980 milhões em 2018.

Crescimento de 3,83%. – De Minas para o mundo

O Projeto AGRO.BR já conta com o apoio da rede de escritórios da Apex em diversos países, atuando na promoção dos produtos agropecuários brasileiros. No escritório mineiro, coordenado pelo Sistema FAEMG | Senar Minas, os produtores contam com o apoio do Ricardo Abreu, consultor sênior do programa: “Nosso trabalho é mapear os produtores e em que estágio estão; orientando e apoiando-os a avançar em todos os passos deste processo. Capacitando os que estão no começo e promovendo os produtos dos que já estão preparados para exportar”.

MERCADO DOMÉSTICO

O panorama do mercado nacional para a fruticultura foi apresentado pelo analista da FAEMG, Caio Coimbra: “No mês de março, início da pandemia, a correria aos supermercados e sacolões levou a uma alta considerável nos preços das frutas. Na Ceasa de Contagem, por exemplo, o abacaxi, abacate e banana tiveram valorização entre 10% e 15% no Mercado Livre do Produtor (MLP).  Com o passar do tempo, e com a garantia de abastecimento dos mercados, aliados à redução da demanda, os preços pagos ao produtor caíram. A tendência, caso não haja novos fatores, é que se mantenham cotados dentro da média histórica de cada cultura nos próximos meses.

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