FIEMG apoia Programa Voluntário de Redução da Demanda de Energia
FIEMG apoia Programa Voluntário de Redução da Demanda de Energia
FIEMG apoia Programa Voluntário de Redução da Demanda de Energia

Iniciativa tem o objetivo diminuir a sobrecarga do sistema elétrico nos horários de pico.

Para enfrentar a crise hídrica que assola o país, o Ministério de Minas e Energia publicou, no dia 2 de agosto, a Consulta Pública 114/2021, que vai debater a redução voluntária de energia voltada para as indústrias que estão no mercado livre de energia. A FIEMG, por meio de sua Gerência de Energia, e a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) apoiam a iniciativa. Segundo Tânia Mara Santos, gerente de Energia da Federação mineira, qualquer pessoa, física ou jurídica, pode enviar suas contribuições, até dia 09/8. “Estamos preparando, junto com o setor produtivo, nossas contribuições para o enfrentamento desta crise”, comenta.

Apesar de ser considerada a maior crise hídrica dos últimos 91 anos, Santos pondera que a situação é menos crítica do que a de 2001, a chamada Crise do Apagão, ano que tivemos o racionamento de energia, que afetou o fornecimento e distribuição de energia elétrica em todo o país. “Atualmente temos mais linhas de transmissão de energia e também mais termoelétricas, o que ameniza o risco de desabastecimento”, explica. Entretanto, a gestora chama a atenção para o fato de que os custos da energia para o enfrentamento da crise devem permanecer elevados pelo menos até o fim deste ano.

O impacto desse alto custo pode ser percebido pelo cidadão comum por meio da conta de energia de sua residência. Um sinal de alerta é a Bandeira Vermelha 2, que sinaliza que a energia está mais cara e que a cada 100 kilowatthora a mais consumido, é cobrada uma tarifa adicional de R$9,492. Para os grandes consumidores, como as indústrias, em que os custos com energia representam mais de 20% do produto e em alguns setores específicos, os eletroitensivos (ferroligas, alumínio, gases) podem chegar a 70% no custo final do produto. O elevado custo adicional para os consumidores livres é pago via encargos de serviços de sistema. “Ou seja, todos pagam”, ressalta Santos.

Hora do rush – Normalmente, entre 17h e 20h, ocorre um aumento de consumo de energia, isso porque as pessoas estão se deslocando do trabalho para suas casas, via metrô. O grande número de televisores, chuveiros e demais eletrodomésticos ligados ao mesmo tempo, também neste período, contribuem para que ocorra um pico na utilização da energia elétrica causando sobrecarrega nos sistemas.

Uma das ações do Programa Voluntário de Redução da Demanda – PVD é a de promover a redução do consumo de energia elétrica. Ao aderir ao Programa, os grandes consumidores voluntariamente, fazem o deslocamento de suas produções, do horário de pico, para outros horários. “Uma consequência desse deslocamento de produção seria a alteração de turnos de trabalho, para a noite ou madrugada, quando o sistema elétrico é menos demandado. Nesses períodos, o consumo de energia é menor, pois é o horário de repouso da maior parte da população”, esclarece Santos.

O deslocamento de turnos irá contribuir para amenizar a sobrecarga energética causada pela crise hídrica e evitar as consequências negativas que ela pode trazer para a economia. Mas, destaca Santos, também irá gerar mais despesas para o setor, como com o transporte de funcionários e também, o pagamento de adicional noturno. Por isso, em contrapartida, o governo irá repassar bonificações para as indústrias que aderirem voluntariamente ao programa. “Tais bonificações irão cobrir parte dos custos das indústrias que optarem pela troca do horário de turno de seus funcionários”, disse.

É possível reduzir os custos com energia – Tânia Mara Santos, gerente de Energia da FIEMG, faz um alerta para o setor produtivo: é possível reduzir os custos com a energia. Para isso, a Assessoria de Energia da FIEMG oferece soluções customizadas de acordo com a demanda do cliente, entre elas, estão a Migração para o mercado livre e autoprodução, Indicação de novas modelagens na renovação e renegociação de contratos para os que já migraram para o mercado livre, Formação de grupos de consórcio de geração distribuída para consumidores de baixa e média tensão e Assessoria em eficiência energética, entre outras.

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