* Por Raimundo Couto

Lançado há pouco menos de dois anos, o compacto hatch Argo vem experimentando crescimento em suas vendas e cada vez se torna cada vez mais um “personagem” comum na fauna de automóveis que circulam em nossas ruas. Empurrando pelo motor Firefly 1.3 de 101/109 cv de potência e 13,7/14,2 kgfm de torque máximo com gasolina/etanol, conta com a transmissão automatizada, com apenas uma embreagem e funcionamento a partir de botões. São cinco marchas e há aletas atrás do volante, para trocas manuais. O preço sugerido é de R$ 58.033 e a lista de itens de série é bem competitiva. Bem equipado de série, tem itens disponíveis como ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricos, chave com telecomando, computador de bordo, volante com comandos de rádio e telefone, display TFT de 3,5 polegadas no painel de instrumentos, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, ajuste de altura do banco do motorista, cintos de segurança de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes e volante regulável em altura estão no pacote. Os retrovisores elétricos têm função tilt down e há sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis.

Bem equipado

As tecnologias chamam atenção. A começar pela central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas. Além de reconhecimento de voz, ela tem Bluetooth, Android Auto e Apple CarPlay. Opcionalmente, a tela – em alta definição – exibe imagens da câmara de ré e o estacionamento é favorecido também pela inserção de sensores de estacionamento traseiros. Controle eletrônico de estabilidade e tração também aparece. Entra na lista até controle de velocidade de cruzeiro. Mas é dirigindo o Argo que se pode notar suas qualidades. O motor de 1.3 litros em conjunto com o câmbio GSR, uma evolução do Dualogic, se movimenta com boa agilidade no ambiente urbano. Arrancadas e retomadas são feitas com eficiência graças ao bom torque de 14,2 kgfm com etanol no tanque. Ele aparece integralmente aos 3.500 giros, mas boa parte se revela ainda em baixas rotações. Em tráfego rodoviário, no entanto, o propulsor de 109 cv máximos não chega a impressionar. A transmissão automatizada por botão evoluiu bastante e pouco lembra a utilizada anteriormente pela marca.

Sem alavanca

 A suspensão não chega a privilegiar a esportividade e nem seria esse o caso, até por se tratar da motorização intermediária do compacto. O modelo encara bem trechos com curvas e conta com controle eletrônico de estabilidade como item de série na configuração. Mas é bem difícil ver o recurso em uso, já que o Argo mantém bem a aderência em situações normais de uso. De maneira geral, os carros da Fiat são extremamente funcionais. O que não significa que não carreguem uma boa dose de tecnologia também. A central multimídia, por exemplo, tem tela sensível ao toque de sete polegadas em alta definição e reconhecimento de voz. O câmbio não tem alavanca, funciona a partir de botões ou de aletas atrás do volante para trocas manuais. De forma geral, todos os comandos são bem localizados e é bem fácil entender como tudo funciona na cabine.

Suspensão

A suspensão absorve com eficácia as imperfeições do pavimento para os passageiros. Bancos têm boa ergonomia e acomodam bem o corpo. O isolamento acústico também merece elogios, já que só é possível escutar o motor quando a transmissão automatizada precisa subir rapidamente os giros para aumentar a força do veículo.  O Argo é construído sobre uma plataforma moderna, que utiliza aços especiais e tecnologia embarcada atualizada. O hatch traz recursos eletrônicos de auxílio dinâmico, como controle de tração e estabilidade, e conectividade com smartphones e tela de alta definição. A área interna é boa. Há espaço para as pernas no banco traseiro sem que isso dependa da boa vontade dos ocupantes da frente. Atrás, só mesmo as pessoas mais altas podem sentir algum aperto e, de forma geral, quatro passageiros viajam bem. O porta-malas carrega 300 litros.

Acabamento

Este é um ponto no qual a Fiat vem se destacando cada vez mais nos últimos anos. Os materiais rígidos estão ali, mas a textura e os revestimentos são agradáveis e esteticamente interessantes. Na faixa de preço em que atua, o Argo Drive está entre os melhores nesse quesito.  O desenho do Argo mistura traços que exprimem certa robustez, mas aposta também em linhas elegantes e modernas. A frente segue a assinatura digital da marca e traz grade encorpada e faróis afilados. Vincos bem marcados se destacam o perfil e a traseira. O Fiat Argo Drive 1.3 GSR pode vir equipado, ainda, com faróis de neblina, rodas de liga leve, banco traseiro bipartido, sensor de estacionamento traseiro com visualizador gráfico, câmara de ré e alarme antifurto. Na faixa de preço em que atua, é uma excelente opção em função das tecnologias que carrega. E isso sem contar com o fato de ser um projeto atual. Está explicado porque do modelo da Fiat estar em ascensão em suas vendas. (RC)

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