A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e da Fundação Municipal de Cultura, realizou na última semana de setembro, no Teatro Francisco Nunes (avenida Afonso Pena, s/n, Centro), a abertura oficial do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte – FLI-BH. A cerimônia foi conduzida pelo secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, pela presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin e pelas curadoras do Festival, Marilda Castanha e Nívea Sabino.

As atividades do Festival iniciaram logo após a solenidade, às 19h, com a intervenção poética da educadora e poeta Júlia Elisa, a partir da leitura do livro “A cor da pele” de Adão Ventura, homenageado desta edição do FLI-BH. Em seguida houve a performance artística “Os ruídos vinham do Sul de nossos Cérebros” com Ricardo Aleixo. O poeta, artista visual e sonoro realizou uma vocalização de poemas de Adão escritos em diversas fases de sua trajetória.

Para fechar a programação do dia, às 20h, houve a mesa “Homenagem a Adão Ventura – Depois de deduzir o azul: a fortuna crítica de Adão Ventura e outras memórias” com o doutorando em Estudos da Linguagem/Leitura do Texto Literário e Ensino (UFRN), Gustavo Tanus (RN), e Ricardo Aleixo (BH). A mesa foi mediada pela professora, educadora e escritora Jussara Santos. Todas as atividades do primeiro dia do Festival Literário ocorreram no Teatro Francisco Nunes.

Sobre o FLI-BH

Abordando a temática “Do Livro à Voz: Narrativas Vivas” e com curadoria da poeta Nívea Sabino e da ilustradora Marilda Castanha, o Festival Literário Internacional de Belo Horizonte apresentou ao público mineiro cinco dias de programação gratuita e diversificada. Até domingo, dia 29, foram ofertadas mais de 50 atrações, divididas entre palestras, rodas de conversa, oficinas, saraus, narrações de histórias, exposições, espaço literário, lançamentos de livros e sessões de autógrafos com escritores e escritoras independentes, mostra de cinema e literatura, biblioteca e intervenções urbanas.

Um destaque do Festival foi a presença de grandes escritores, ilustradores, críticos e especialistas nacionais e internacionais. Do Brasil, participaram, por exemplo, o escritor e historiador que é referência mundial sobre a história da escravidão no século XlX, João José Reis (BA), o poeta e artista visual Ricardo Aleixo (BH); a contadora de histórias Édina Calegaro (SC); o ilustrador Edson Ikê (SP); o poeta e agitador cultural Sérgio Vaz (SP); o escritor, roteirista e dramaturgo Marcelo Rubens Paiva (SP) e o autor de mais de cem livros infanto-juvenis, Ivan Zigg (RJ).

Do exterior a programação contou com a argentina Anabella López, ilustradora e escritora; Cláudia Magnani (Itália), antropóloga e professora de Literatura Italiana na Fundação Torino; a artista Cláudia Manzo (Chile); e com Silvia Castrillón (Colômbia), referência internacional em políticas públicas de leitura.

Nessa edição, o FLI-BH prestou homenagem ao poeta Adão Ventura (1939-2004), mineiro nascido em Santo Antônio do Itambé, e autor do clássico “A cor da pele” –  importante conjunto de poemas sobre o tema da negritude e do racismo. E fez menção honrosa a dois renomados escritores: a carioca radicada em Minas Gerais, Leda Maria Martins, e o mineiro do Vale do Rio Doce, Ailton Krenak.

As atividades principais concentraram-se no Parque Municipal Américo Renné Giannetti (avenida Afonso Pena, 1377, Centro). As oficinas ocorreram no Parque e no Centro de Referência da Juventude (Praça da Estação, s/n, Centro) e a Mostra de Cinema, no MIS Cine Santa Tereza (rua Estrela do Sul, 89, Santa Tereza).

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